sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O JUÍZO É REAL

Escrito em 02/07/2012

“Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Eclesiastes 12:14)

O rei Salomão, como seu pai Davi, deixou um precioso legado sacro literário à humanidade. Parte dele é o livro de Eclesiastes, que ele escreveu após descobrir que os prazeres da vida, quando divorciados do temor de Deus, só têm poder destrutivo. Ele conclui esse livro com a mensagem do Juízo constante no verso de hoje.

O pensamento anterior, do vers. 13 ajuda a esclarecer: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”.

Eu tenho um amigo que tinha verdadeiro pavor do juízo, antes de compreender a doutrina da justificação pela fé e sua aplicação a si próprio. Fique claro, no entanto, que esta doutrina não elimina a do juízo, como pretendem algumas denominações cristãs. Existem na Bíblia várias passagens que o confirmam. Numa delas, o apóstolo João, em Apocalipse 14:7, ecoa Salomão: “... Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."

O juízo de que tratam tais versículos é o investigativo, aquele que já está acontecendo no Santuário Celestial, desde 22 de outubro de 1844, conforme entendem os Adventistas do Sétimo Dia, no contexto da Profecia das 2300 tardes e manhãs de Daniel 8:14, em conexão com a Profecia das 70 semanas de Daniel 9:24-27 e Hebreus cap. 7 a 10. (Sugiro estudar os textos bíblicos e visitar o site “Novo Concerto”, para melhor compreensão).

Fonte: www.alphafm.com.br 

No juízo investigativo, nossa vida é examinada a partir dos registros em livros existentes no céu. Como disse Salomão, tanto as boas quanto as más obras estão sendo avaliadas; por isto ele aconselha que vivamos debaixo do temor de Deus, obedecendo aos Seus mandamentos, que visam a nos colocar em harmonia com a Sua Lei, entendendo esta como uma transcrição do caráter de Deus, como produto do Seu Amor ao homem, com o propósito de nos dar oportunidade de reconciliação com Ele, por meio da aceitação do sacrifício de Jesus. Temor de Deus não é medo, é respeito, é obediência por amor.

Jesus é o Sumo Sacerdote que está ministrando em nosso favor no Santuário Celestial; é também nosso advogado junto ao Pai; está intercedendo por nós nesta hora do juízo. Jesus nos comprou pelo preço do Seu sangue; Ele é quem nos justifica; não temos mérito algum diante de Deus, mas pela fé em Jesus, podemos ser considerados justos e assim termos uma sentença favorável ao término do juízo. 

Agora é o tempo da oportunidade, de seguir o conselho de Salomão e de João, pois o juízo é real. Agora é o tempo de colocar a nossa vida em dia com Deus, em harmonia com Ele e com nossos semelhantes.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O PODER DA ORAÇÃO

Escrito em 01/07/2012

“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a terra." (2Crônicas 7:14)

O rei Salomão concluíra a edificação do templo em Jerusalém, fizera a Deus, diante de toda a congregação de Israel, uma oração de dedicação e ao mesmo tempo, de petição a Deus do Seu favor e misericórdia, para si e para toda a nação (2 Crônicas: cap.6).

Lendo com atenção, visualizamos o emocionante quadro, através do qual podemos aprender muito “como orar”. Mas o melhor veio depois: à noite, o Senhor aparece a Salomão e lhe diz que havia ouvido a sua oração e abre diante dele um leque de promessas positivas, para o caso de obediência, mas também das consequências negativas, em caso de idolatria e de afastamento dos ensinamentos de Deus, conforme cap. 7:11-22.

O versículo de hoje está no contexto das promessas positivas, que, no entanto, estão condicionadas a algumas atitudes por parte do povo. Encabeçando a fala de Deus há um “Se”. Vejamos as condições:
  •  se humilhar – Deus requer uma postura de humildade diante dEle, não que Ele seja um Deus vaidoso, mas porque Ele sabe da natureza humana tendente à exaltação própria, a “se achar”, como diz o jovem moderno. Humilhar-se significa no contexto, reconhecer a real condição de criatura, inteiramente dependente, diante do Poderoso Criador, estar contrito por causa dos pecados cometidos, sentir tristeza, vergonha e arrependimento, diante de um Deus santo.
  • e orar – “a oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo” (Ellen G. White). Na oração, derramamos a nossa alma perante Ele, seja em função de uma bênção de que necessitamos ou em intercessão por outra(s) pessoa(s). “A oração pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16, u.p.). A posição de joelhos é a que mais demonstra nossa humildade, mas há vários tipos de oração e circunstâncias que envolvem aquele que pede, podendo ser feita em pé, sentado, deitado, num lugar especial ou até no tumulto da cidade grande... O importante é a conexão estabelecida entre aquele que ora e Deus, associada à primeira atitude – a de humildade e sentimento de dependência.
  • me buscar – é dirigir-se a Deus com o forte desejo de ter um encontro com Ele; é procurá-Lo; é querer estar junto dEle; é clamar com vontade de ser ouvido; é empenhar-se, perseverar convicto da legitimidade do pedido, aproveitar todas as oportunidades para oração, buscando poder do Alto.
  • se converter dos seus maus caminhos – esta atitude revela a coerência daquele que pede com o que pede, sua disposição em seguir e servir a Deus, em redirecionar a sua vida, tornando-a mais de acordo com a vontade dEle. 
Fonte: lh3.googleusercontent.com 
Cumpridas as condições, Deus promete ouvir, perdoar e sarar a Terra.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A PALAVRA DE DEUS É LUZ

Escrito em 29/06/2012

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos.” (Salmos 119:105)

Há pouco tempo, me levantei durante a madrugada, o ambiente estava muito escuro, pois faltara energia e eu havia fechado a porta do quarto e me esquecera disto, me dirigi à porta e dei aquela trombada; quase caí. Só não me machuquei, porque ainda estava devagar, ainda meio dormindo. Senti então o que é a falta de luz no meu caminho.

O Salmo 119, o maior deles, é uma jóia da literatura bíblica e fala da excelência da Lei de Deus e, logo de início, denomina “bem-aventurados” aqueles que andam na Lei do Senhor e O buscam de todo o coração. O versículo de hoje está neste contexto.

Fonte: perlbal.hi-pi.com/blog-images

O salmista utiliza a figura da lâmpada e da luz para destacar a importância da Palavra de Deus. O que ele ressalta é: a palavra de Deus ilumina o nosso caminho; viver sem a orientação da Palavra de Deus é como andar numa noite escura, num local ermo, onde não se vê onde se pisa e a qualquer momento, podemos enfiar o pé num buraco, sermos picados por um animal peçonhento, até mesmo cair, machucar, às vezes até morrer. Não é exagero.

Eu tive um colega de trabalho, um homem experiente em segurança patrimonial e pessoal, que dava treinamento de segurança na empresa onde trabalhávamos, acostumado a salvar pessoas na água e no fogo, e que numa madrugada, voltando de carro, sozinho do trabalho noturno, numa estrada escura, derrapou numa poça de água, capotou, bateu a cabeça, perdeu os sentidos, e ficou ali afogado numa poça dágua, e não tendo socorro imediato, foi encontrado morto. Foi uma tragédia acontecida basicamente por falta de luz.

Assim na nossa vida real, ignorar a Palavra de Deus pode nos levar à morte, talvez não aconteça no que concerne a esta vida, mas com certeza, estamos sujeitos à morte eterna.

A Palavra de Deus é luz que irradia salvação através da pessoa de Jesus. Ela aclara o nosso entendimento, nos tira das trevas do pecado, da ignorância deste mundo dominado pelo Senhor das Trevas e nos conduz para a Luz do Sol da Justiça, que é Jesus.

Fonte: t3.gstatic.com
A Palavra de Deus revela o Seu amor por nós, evidencia o sacrifício feito por Jesus para nos salvar, enche de luz o nosso viver, de modo que possamos enxergar com nitidez o caminho da salvação e também indicá-lo a outros.

Jesus nos delegou a função de iluminar o mundo: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14). Como a lua reflete a luz que recebe do Sol, nós também podemos refletir a luz de Jesus que em nós incide.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

FÉ É A VITÓRIA

Escrito em 28/06/2012

“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (João 5:4)

Este versículo é de uma riqueza ímpar no que concerne ao estímulo para a luta diante das dificuldades que enfrentamos na vida, em todos os aspectos.

O mundo é um campo de batalha, onde a cada instante nos deparamos com as forças inimigas, que temos de combater. Não quero passar aqui uma ideia pessimista de constante guerra, mas observando pelo aspecto espiritual, se pararmos para pensar direito, travamos uma verdadeira e contínua batalha para não pecar, seja contra Deus, contra o nosso semelhante e até contra nós mesmos. Às vezes, nós somos nossos piores inimigos.

Aí então é que João nos ilumina com a mensagem de que para vencer o mundo é necessário “ser nascido de Deus”. Aprendemos esta verdade quando nos convertemos e vamos aprimorando à medida que mantemos uma maior e melhor comunhão com Deus. E como se dá tal processo? É fácil e é difícil.

Fonte: 4.bp.blogspot.com
É fácil, se nos apoiarmos nas forças divinas, buscarmos a direção do Espírito Santo em todas as decisões, desde as mais simples até as mais complexas. Por exemplo, ao comprar uma roupa, devo pensar: o que eu quero - chamar a atenção para mim, me exibir? Ou quero conforto, qualidade? Vou dar um bom ou um mal testemunho trajando essa roupa? Da mesma forma, ao procurar emprego: poderei guardar o sábado? É um serviço digno? Vou servir a Deus, a mim e ao meu semelhante? Assim, o que é nascido de Deus, mesmo perdendo uma oportunidade que pareça boa sob a ótica humana, mas impeditiva de servir a Deus, terá a fé que Ele proverá um emprego melhor. Muitas vezes, uma situação de “aparente perda” é uma oportunidade de testemunho.

É difícil, se confiarmos somente em nossas próprias forças, conhecimento e experiência, porque diante das dificuldades, nossa tendência é desanimar, achar que tudo é impossível, aceitar a perda, sem buscar a intervenção de Deus, para abrir portas.

Aqui vai um exemplo do meu marido. Ia perder um excelente trabalho de tradutor e intérprete juramentado na Língua Inglesa, porque as provas do concurso seriam num sábado. Eu disse: vamos tentar! Com fé em Deus, escrevemos uma carta fundamentando pela Bíblia a importância da guarda do sábado e pedindo que ele fizesse as provas após o por do sol. Ele foi chamado para uma entrevista e obteve parecer favorável. Fez as provas em muito menor tempo que os demais concorrentes e ainda assim foi aprovado. Vencemos pela fé.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A GUARDA DOS MANDAMENTOS DE DEUS

Escrito em 27/06/2012

“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.”
(João 5:3)

Fonte: www.robertohenrique.com.br

Este é um assunto delicado para se tratar com pessoas de outras denominações religiosas que não consideram como vigente o 4º mandamento original da Lei de Deus, pelo qual devemos reservar o 7º Dia da Semana, para adoração ao Deus Criador e para o descanso humano.

A posição dos Adventistas do Sétimo Dia é que todos os mandamentos continuam válidos. Assim como não é permitido desonrar os pais, matar alguém, roubar, furtar ou transgredir qualquer outro mandamento, também não devemos utilizar o Sábado, o Sétimo Dia da Semana, para a realização de atividades seculares. Devemos sim dedicá-lo à adoração a Deus, de forma especial e descansarmos das tarefas cotidianas.

Não há um versículo sequer na Bíblia que nos libere da guarda do sábado; em contrapartida, há vários que mostram Jesus e os discípulos guardando o Sábado. É fato que Jesus procurou restaurar o verdadeiro significado e objetivo do mandamento, pois os judeus o haviam tornado um dia penoso, dando-lhe uma dimensão totalmente desvirtuada do propósito divino.

O início do verso de hoje destaca que no cerne da guarda dos mandamentos está o amor de Deus. Interessante analisar por este ângulo, porque se observarmos os quatro primeiros mandamentos, nós manteremos uma melhor relação de comunhão com Deus e se obedecermos os outros seis, nós manteremos um melhor relacionamento com o nosso semelhante. Por isto, Jesus, quando interrogado pelos escribas sobre os mandamentos, resumiu-os em “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Fonte: profeciaonline.zip.net
Assim sendo, se estivermos em harmonia com Deus e com o próximo, é porque o Amor de Deus está em nós. Por isto é que João diz que os mandamentos de Deus não são penosos, ou seja, deve ser natural para nós o guardar os mandamentos de Deus, assim como “amar” é do natural de Deus.

João diz que “Deus é Amor”.

Guardar os mandamentos de Deus é praticar o Amor.


Embora tenhamos consciência de que a obediência aos mandamentos, a realização de boas obras não têm poder aquisitivo para comprar o Reino dos Céus, Paulo exorta às obras “feitas em Deus”.

Assim, se professamos amar a Deus, devemos também obedecer a Ele, guardando os Seus mandamentos, de forma alegre e prazerosa, porque nisto está o amor de Deus.

domingo, 26 de agosto de 2012

JESUS NA POSIÇÃO DE SERVO

Escrito em 26/06/2012

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou por usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e; reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8)

Vimos na publicação anterior que “Jesus é o nosso redentor” e hoje verificaremos como Ele Se sacrificou para efetivar o Plano da Redenção do homem. No texto acima, o apóstolo Paulo nos incentiva a imitar Jesus no caráter e na personalidade.

Embora a tradução use a palavra “sentimento”, o original grego dá mais ideia de “disposição mental direcionada para determinado foco; determinação”.

Assim, Paulo sugere focarmos na verdadeira disposição mental de Jesus, que, embora sendo Deus, abriu mão de Sua majestade, de Sua condição divina e assumiu a posição de servo, dando exemplo de humildade, de total disposição para servir e de perfeita obediência ao Pai, com o intuito de redimir a raça humana, que deixara de obedecer a Deus, para seguir os ditames de Satanás.

Jesus subsistia em forma de Deus, ou seja, Jesus é Deus, tão divino e eterno quanto Deus Pai e o Espírito Santo. Embora na própria Bíblia Ele seja algumas vezes denominado Filho de Deus e Filho do Homem, entendo que foi para tornar mais fácil a Sua relação com o ser humano. Para a nossa mente finita, a ideia de paternidade traz uma concretude mais compreensível de Deus. Ele é Emanuel - Deus conosco.

Na concepção de Jesus em forma humana, dois importantes elementos, o divino e o humano se encontraram, pois ele foi concebido pelo Espírito Santo, utilizando o corpo de Maria, uma mulher virgem, pura e digna, escolhida por Deus, para ser a Sua mãe na Terra. Assim, Ele é, ao mesmo tempo, o Filho de Deus e o Filho do Homem.

Ser Deus era inerente a Jesus, não uma usurpação, ou seja, não se tratava de um “apoderamento insólito, em proveito próprio, por meio de força, fraude ou outro artifício, de uma coisa, de um título, de um direito, ou de uma dignidade pertencente a outrem” (Dicionário Michaelis,1998).

Mesmo sendo Deus, Jesus se esvaziou; em outras palavras, deixou de lado todo o Seu poder, Sua majestade, Sua realeza, que ficaram latentes em Sua pessoa, enquanto executava a parte prática do Plano da Redenção, aqui na Terra. Jamais utilizou Seu poder em benefício próprio.

Fonte: 2.bp.blogspot.com    
Jesus assumiu a forma de Servo, em figura humana; espontaneamente Se humilhou e obedeceu até a morte. Várias vezes no Seu ministério terrestre, Ele se colocava na posição de servo, de escravo, por exemplo no “Lava pés”. 

Naquela época, os viajantes chegavam ao destino com os pés empoeirados, cansados e os escravos do anfitrião lavavam os pés dos visitantes. Isto era uma demonstração de boa receptividade.

Poucas são as pessoas que gostam de servir; a maioria gosta de mandar, administrar ou ser servida. No entanto, Jesus não apenas falou que devemos servir, mas toda Sua vida foi exemplo de perfeito serviço.

domingo, 12 de agosto de 2012

JESUS É O NOSSO REDENTOR


Escrito em 25/06/2012

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)

Dissemos há alguns dias que as principais bênçãos são a criação, a manutenção e a redenção. Nos dois dias subsequentes, desenvolvemos sobre a criação e a manutenção. Hoje vamos conversar um pouco sobre a redenção.

Desde que o pecado foi cometido por nossos primeiros pais Adão e Eva, Deus lhes fez a maior de todas as promessas – a de um Redentor (Gn 3:15).

Esta esperança aqueceu o coração deles por anos a fio; cada bebê que nascia, desde Caim, eles achavam que aquele poderia ser o Redentor prometido, mas séculos passariam até que Deus O enviasse. E chegando a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei (Gl 4:4).

Jesus Cristo veio para nos resgatar do pecado; Ele veio e, em forma humana, fez o que o ser humano deixou de fazer – viver sem pecado, cumpriu perfeitamente a Lei de Deus. A Sua morte na cruz do calvário efetiva a vitória sobre o pecado e livra da morte eterna o pecador arrependido, humilde e contrito, que aceita pela fé, o sacrifício expiatório de Cristo, que é totalmente eficaz para nos justificar, ou seja, para nos tornar justos perante os olhos de Deus. Daí, a expressão: pela graça sois salvos mediante a fé. A Sua justiça é imputada, creditada a nós.

O apóstolo Paulo no verso de hoje esclarece que isto é dom de Deus, quer dizer, é um presente do Pai Celeste. Que a salvação não é por obras, para que ninguém se glorie. Não há obras que façamos que nos traga a salvação. Porém, o fato de não sermos salvos pelas obras não nos exime de praticar boas obras, porque fomos criados em Jesus Cristo para fazê-las. Diríamos também recriados em Jesus Cristo, quando de forma consciente, convicta, O aceitamos como nosso Salvador pessoal e passamos a andar em novidade de vida, praticando as boas obras, como Ele. Assim podemos afirmar que a Sua justiça nos é comunicada, pela atuação do Espírito Santo em nós.

Finalmente, “a graça é um dom imerecido”, mas quem realmente o recebe, torna-se uma fonte a jorrar para a vida eterna, como o próprio Jesus disse à mulher samaritana junto ao poço de Jacó, em Sicar (Jo 4:14); torna-se um imitador de Jesus, tem a vida transformada, passando a ser um praticante de boas obras, não para ser salvo, mas por ser salvo pela graça, mediante a fé em Jesus. Aceitemos ou renovemos a nossa aceitação da Sua graça.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O SENHOR É MANTENEDOR

Escrito em 23/06/2012

“Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão. [...] Todos esperam de ti que lhes dês de comer a seu tempo.” (Salmos 104:13,14 e 27)

O Salmo 104, além de ressaltar o poder criador de Deus, evidencia o Seu poder mantenedor. Por ele enxergamos os animais, as aves, as plantas, os seres humanos, enfim, todos os seres vivos na dependência de Deus para a sua sobrevivência. Salienta ainda que se Ele corta a nossa respiração, morremos e voltamos para o pó da terra.

Uma vez, viajei à noite de Vitória para Minas e cheguei de madrugada ao sítio onde estava meu marido, achava-me sozinha, a pé, um tanto temerosa; a lua e as estrelas iluminavam o caminho deserto naquela área rural, mas fui confiante na proteção divina.

No caminho, encontrei um boi preto, enorme, deitado atravessado justamente no lugar onde eu deveria passar. Então, juntei algumas pedras, com o intuito de jogar perto dele, para acordá-lo e fazê-lo sair do caminho; mas nem tive que usá-las, porque ele percebeu a minha aproximação, levantou-se lentamente, dirigiu-se para a beira da estrada e eu passei também devagar, embora com um pouco de medo.

Chegando, uma surpresa desagradável: chamei, chamei, e nada... meu esposo não estava lá. Então pensei: vou ficar aqui aguardando o dia amanhecer, para voltar para a estrada, cerca de 45 minutos de caminhada, para pegar outro ônibus, para ir até a cidade próxima, onde mora minha mãe. Aí me veio o medo de cobra, porque havia uma mata bem ao lado. Tive uma idéia: é melhor subir no trator agrícola que estava estacionado lá; e assim fiz.

Fonte: asvoltasqueeudoupelomundo.files.wordpress.com

Então, o Senhor me premiou naquela madrugada com o maior espetáculo da natureza que já presenciei: o despertar de toda a vida selvagem do local, associado à beleza ímpar da lua se pondo de um lado e os primeiros raios de luz do sol, que se levantava lentamente do outro lado. Incrível como todos os pássaros da mata nativa ali existente pareciam saudar o novo dia, e aquela primeira luz a refletir nas águas da lagoa à minha frente. Pude perceber um som intenso inclusive dos insetos; um cachorro latia ao longe e outros ecoavam, um boi mugia e outros o sucediam.

Meu coração ficou em êxtase e refleti: toda a criação está adorando e saudando ao Senhor; cada um na sua própria linguagem dá BOM DIA ao Criador, e espera dEle o sustento, porque Ele, por seu Amor, mantém a todos nós e garante a nossa sobrevivência na Terra.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

AS OBRAS DO SENHOR

Escrito em 22/06/2012

“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas.”
(Salmos 104:24)

Fonte: img.olaserragaucha.com.br

Ontem começamos a contar as bênçãos recebidas das mãos de Deus. Embora saibamos que elas são incontáveis, devemos relembrar pelo menos as mais importantes para o ser humano em geral e especificamente as que foram a nós destinadas de forma individual.
No versículo de hoje o salmista destaca sobre a variedade das obras de Deus e a sabedoria dEle na produção das mesmas. Gosto da maneira como o compositor se dirige a Deus, exaltando-O e dignificando-O.
Se examinarmos este salmo por completo, observaremos que ele medita sobre as obras de criação. Fala do céu, das águas, nuvens, ventos, fundamentos da terra para a segurança da mesma, montes e vales, fontes e outros importantes componentes do planeta Terra.
É por causa da variedade das coisas criadas, da riqueza nelas contidas, associada à sua beleza natural, da regularidade do funcionamento das mesmas, dentre outras características e fatores, que o salmista fica extasiado ante a sabedoria de Deus na produção das Suas obras, que coloca à disposição da humanidade
Imaginemos por exemplo se o nosso planeta, por algum descontrole das leis da física, alterasse seus movimentos de translação e rotação, o que aconteceria? Uma confusão e caos geral, pior que os tsunamis ocorridos recentemente. Imaginemos alterações na lei da gravidade, de repente, começaríamos a flutuar no espaço, choque de coisas – uma loucura total.
Fonte: 3.bp.blogspot.com
No vers. 19, ele diz: “Deus fez a lua para marcar o tempo; o sol conhece a hora do seu ocaso”. Imagine se estes astros não mantivessem a sua regularidade, afetaria a contagem do tempo, o calendário, a produção agrícola, a captação de energia, a saúde dos seres vivos, enfim, toda a vida na Terra. Então, Deus realmente fez todas as coisas com muita sabedoria.
O salmista fica também em êxtase ao refletir sobre como a Terra é cheia das riquezas de Deus. E muitos de nós ainda temos a ousadia de considerá-las como nossas, como se nós as tivéssemos feito; por exemplo, quando adquirimos um terreno, cheio de árvores nativas e passamos a desmatar para produzir móveis ou para fazer um parque de diversões. Isto altera o funcionamento do ecosistema; daí, as controvérsias entre ambientalistas e grandes empresas e governos, por exemplo, ao se desviar o curso de um rio, ao represar e outras medidas para promoção do crescimento econômico.
Reconheçamos e valorizemos as obras de Deus. Como o salmista, exclamemos: Bendize, ó minha alma ao Senhor!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CONTANDO AS BÊNÇÃOS


Fonte: 4.bp.blogspot.com
Escrito em 21/06/2012

“São muitas, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar.” (Salmos 40:5)
Hoje, ao fazer o culto matutino, me lembrei do hino “Conta as Bênçãos”, nº 244 do Hinário Adventista, cuja composição foi inspirada no verso acima. Em síntese, ele é uma mensagem de conforto, na qual o poeta sugere à pessoa que se acha desanimada diante das dificuldades, provações, injustiças e outros problemas da vida, que pare, pense e conte as bênçãos que ela tem recebido das mãos de Deus. Resultado: vai ficar “surpresa” e verá que são incontáveis.
O salmista coloca o Senhor acima de todos, O considera inigualável, em razão das maravilhas e dos desígnios de Deus para com Seus filhos. Davi considera que são tantos que não dá para contar.
Eu percebo que a palavra contar neste verso tem duplo significado: contar no sentido de “narrar”, como por exemplo “contar uma história” e o significado de “enumerar”, ou seja, quantificar quantas maravilhas e desígnios Deus tem operado em nossas vidas.
As últimas palavras do Evangelho escrito por João também diz algo semelhante em outras palavras: se todas as coisas que Jesus fez fossem relatadas, nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.
O problema é que nós temos uma memória curta e seletiva, ou seja, esquecemos rapidamente das coisas boas que nos acontecem e temos a tendência de nos fixar nas coisas ruins. O nome disto é pessimismo. Infelizmente, existem muitos pessimistas incorrigíveis.
Não estou dizendo que a vida é um “mar de rosas” e nem que temos que nos iludir, porque muitas vezes, a realidade é dura. Ela foi dura para Jesus, foi dura para os discípulos e também o é para nós. Mas a despeito de tudo isto, se colocarmos na balança (daquela antiga de dois pratos), o prato das bênçãos vai pesar muito mais, tanto individual quanto coletivamente.
Lembremos de algumas das maravilhas que Deus nos concede: primeiro, a Criação de todas as coisas, principalmente a do ser humano, à Sua imagem e semelhança – isto já é um privilégio; temos a capacidade de pensar, o livre arbítrio, não somos robôs, temos o poder de escolha, embora tenhamos de assumir as consequências de escolhas indevidas. Outras importantes bênçãos: nossa manutenção e redenção. E é só o começo da contagem!...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A PRIMAVERA DA VIDA

Escrito em 20/06/2012

“Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas as coisas Deus te pedirá contas.” (Eclesiastes 11:9)
Comecei há alguns dias a elaborar um álbum com o propósito de resgatar a “História de vida da minha família”; como a galera jovem de hoje diz, no formato de “scrap book”. Inicialmente, peguei o acervo fotográfico e vi que era muito volumoso; então resolvi organizá-lo por décadas. Ao fazer isto, descobri que estavam sob meu domínio fotos de quando eu era ainda jovem e solteira. Olha! Ordenar aquelas fotos foi reviver aquelas cenas, passear de novo por aqueles locais, sentir a emoção e reviver as experiências. Foi muito gostoso!

Fonte: 4.bp.blogspot.com (Encontro dos Rios Negro e Solimões)
Esta atividade me fez lembrar do verso de hoje e refletir sobre como Deus tem sido maravilhoso comigo, porque tive oportunidade de passear por muitas cidades brasileiras e algumas estrangeiras, conhecer muitos lugares bonitos, de rara e natural beleza, entrar em contato com pessoas de culturas e linguagens diferentes; enfim, posso dizer “curti muito”.

fonte: www.blogman.com.br (Abrolhos)


Aplicando o pensamento do sábio Salomão, sou muita grata a Deus porque: alegrei-me de fato na minha juventude, recreei o meu coração durante toda a minha mocidade, andei por caminhos que satisfizeram o meu coração e agradaram aos meus olhos. Considero-me uma pessoa privilegiada pelas oportunidades que a vida me ofereceu e eu usufruí.
Embora tenha conhecido melhor a Palavra de Deus e me convertido após os 26 anos, fui criada no temor de Deus, numa família que ensinava os valores cristãos básicos. Também estudei num colégio de freiras carmelitas, que também o fazia. Eu procurei corresponder à educação que recebera, de modo que não tenho tanto receio da prestação de contas a Deus, de que trata o final do verso. Não falo isto para “aparecer”, não estou “me achando”, nem me sinto melhor do que ninguém, apenas refletindo sobre a tranquilidade de “gozar a vida sempre na presença de Deus”.
Agora um incentivo para os que não são tão jovens: a juventude é um estado de espírito; não importa a idade que se tem, é possível viver em plena “juventude de coração” por toda uma vida; minha mãe tem 96 anos e está sempre disposta para passear, festejar em família, viajar e ainda trabalha, administra sua casa, faz crochê e ainda “fatura uma graninha”, que ajuda no orçamento dela, que é pequeno.
Sejamos eternamente jovens e sempre na presença e temor do Senhor.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O RESSOAR DA TROMBETA NA VOLTA DE JESUS

Escrito em 19/06/2012

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”
(1 Tessalonicenses 4:16 e 17)
Fonte: 3.bp.blogspot.com


Mencionamos ontem que estamos numa viagem rumo à Canaã Celestial e que a duração desta viagem é diferente para cada um de nós; daí, senti a necessidade de esclarecer um pouco sobre o final desta viagem.
Na verdade, cada pessoa tem uma história de vida, que pode ser curta, média ou longa, dependendo de vários fatores, como saúde, grau de exposição a riscos, clima e meio ambiente, catástrofes e fenômenos da natureza, qualidade de vida, entre outros. Alguns desses fatores podem ser minimizados por medidas e escolhas pessoais e por políticas governamentais. Mas o fato real, do qual ninguém consegue fugir é que um dia morreremos; a diferença é que uns vão mais cedo, outros mais tarde.
Na minha vida, já presenciei muitas despedidas, como por exemplo, de um sobrinho, filho único, que teve a sua vida ceifada num acidente de trânsito, em plena juventude, com apenas 24 anos, cursando a Faculdade de Direito. Também um sobrinho-neto, com apenas 2 aninhos, uma criança linda, inteligente, uma alegria e comunicabilidade incríveis; não se sabe como, foi acometido por uma bactéria tão violenta, que nenhum antibiótico fazia efeito, vindo a falecer, após uma internação por 2 meses em UTI. A saudade de ambos tem sido imensa. Ao falar neles, as lágrimas caem dos meus olhos.
A outra possibilidade é de estarmos vivos quando da volta de Jesus.
Todos os cristãos almejam a volta de Jesus o quanto antes. Os que O aceitaram como Seu Salvador pessoal e estiverem vivos por ocasião de Sua Vinda, não experimentarão a morte; serão transformados num abrir e fechar de olhos.

Fonte: www.adgospel.com.br 
Ao ressoar a trombeta de Deus, os mortos em Cristo ressuscitarão. Eles acordarão como que de um profundo sono, que pode ter durado muito ou pouco; porém para eles, este tempo não fará diferença.

O importante é que tanto os mortos quanto os vivos ouvirão o ressoar da trombeta de Deus, a trombeta que anunciará a nossa maior esperança: a volta de Jesus para nos resgatar. 

Ele já pagou por este resgate com o Seu sangue lá na cruz do Calvário. 
Quero estar com meus ouvidos bem atentos, para escutar o ressoar da trombeta e ver Jesus vindo do céu.

domingo, 5 de agosto de 2012

O APELO DE DEUS

Escrito em 18/06/2012

“...Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras”. (Salmos 95:7-9)

O Salmo 95 é um convite a louvar o Senhor. Nele o salmista engrandece a Deus por ser o Rochedo da nossa Salvação, o nosso Pastor, o nosso Criador, bem como de todos os seres vivos; enfim de todas as coisas existentes na natureza. Exalta Sua Soberania e nos exorta a ações de graças ao Senhor.

Na sequência, ele nos faz um apelo, no sentido de ouvirmos a voz de Deus e  nos alerta sobre as ocorrências de rebeldia do povo hebreu, durante o êxodo do Egito para Canaã e suas funestas consequências.

Os fatos mencionados nos versículos de hoje estão narrados em Êxodo 17:1-7 e Números 20:2-13. Em ambos, o povo clamava principalmente pela escassez de água e partia de forma agressiva diretamente contra Moisés e indiretamente contra Deus.

Em ambos, Moisés recorreu ao Senhor e Ele proveu a solução.
Fonte: 2.bp.blogspot.com
No primeiro, Deus o instruiu a ferir a rocha duas vezes, para fazer brotar a água e assim foi feito. Já no segundo, Deus o orientou a falar à rocha, porém Moisés se impacientou com a rebeldia do povo e feriu a rocha duas vezes. Deus atendeu também, mas Ele queria que Moisés O santificasse diante do povo, e, por causa disto, Moisés não entrou na Terra Prometida, somente a avistou do alto do monte.

Do povo que saíra do Egito, somente Josué e Calebe entraram na Terra Prometida e os menores de 20 anos. Os demais morreram no deserto, por causa da sua dura cerviz. Eles haviam presenciado e se beneficiado tanto dos atos de proteção e redenção de Deus para com eles, mas não reconheciam, não confiavam no poder, na misericórdia e no Amor de Deus.

Também devido à rebeldia do povo, a viagem durou 40 anos, quando poderia ter durado poucos meses.

Nós também estamos numa viagem rumo à Canaã Celestial. Para cada um de nós, a duração da viagem é diferente, e, durante o trajeto, nos posicionamos das mais diversas formas diante da realidade da vida, uns valorizando o Amor de Deus, outros ignorando-O ou até mesmo agredindo e ofendendo ao Senhor da vida.

De qualquer modo, os nossos pecados sempre ofendem ao Senhor e nos separam dEle. Então, o apelo para “não endurecer o coração” é também para nós. Ouçamo-lo hoje, agora, para que possamos habitar com Deus na nova Terra.

sábado, 4 de agosto de 2012

JESUS E A SERPENTE DE BRONZE


Escrito em 17/06/2012

“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” (João 3:14 e 15)

Fonte: 4.bp.blogspot.com 
Ontem tratamos do encontro de Nicodemos com Jesus, focalizando o novo nascimento. Hoje queremos explorar o mesmo contexto, mas no aspecto da revelação de Jesus a ele sobre a Sua missão redentora.

Jesus tinha uma psicologia incrível. Diante da dificuldade de Nicodemos em entender a Sua fala, Ele resolve abordar um assunto mais objetivo, de vital importância, o do Seu papel na Redenção do homem, relacionando-o com uma passagem do Antigo Testamento, que, com certeza, Nicodemos devia conhecer bem, já que era um doutor da Lei.

Então, Jesus compara o Seu sacrifício expiatório a favor do homem, que ocorreria em breve, com o episódio acontecido no deserto, durante o êxodo dos Hebreus do Egito para a Terra Prometida, conforme Números 21:4-9.

Aconteceu que o povo estava desanimado, estressado, nervoso, revoltado, cansado de comer o maná que Deus mandava diariamente e fez uma verdadeira conspiração, planejando até voltar para o Egito.

Diante de tal situação, Deus mandou serpentes abrasadoras, que picavam as pessoas e muitas morriam. Então, o povo se arrependeu e pediu a intercessão de Moisés diante de Deus, que, por Sua vez, orientou a Moisés a levantar uma serpente de bronze numa haste, para a qual as pessoas picadas deviam olhar para serem curadas. E assim aconteceu.

Entendo que este olhar da pessoa para a serpente de bronze tinha que ser um olhar de fé, não simplesmente um olhar comum, normal, como se olha para qualquer objeto, mas um olhar arrependido, humilde, contrito, sentindo a real dependência de um Salvador.

A serpente levantada no deserto representava Jesus, que seria levantado de igual maneira, para efetivar o sacrifício expiatório que Ele faria para a redenção humana. O pecador que aceita o Seu sacrifício, se torna justo diante de Deus e obtém o direito à vida eterna.

Nicodemos captou a mensagem e quando Jesus morreu na cruz, ele conectou o fato com a revelação de Jesus naquele encontro noturno.

Assim como os rebeldes dependiam de mirar com fé aquela serpente para escapar da morte, assim também nós, pecadores, dependemos de mirar Jesus na cruz do Calvário, aceitá-Lo como nosso Salvador pessoal, para escaparmos da morte eterna e um dia podermos entrar no reino de Deus.