terça-feira, 31 de julho de 2012

UM DEUS PESSOAL

Escrito em 14/06/2012

“Então, ele [Moisés] disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. [Deus] Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.” (Êxodo 33:18 e 19)

fonte: uibgow.bay.livefilestore.com        
Ontem eu disse que o nosso Deus é um ser pessoal e que há muitas evidências bíblicas de que esta assertiva é verdadeira. Assim, trago hoje um texto de que gosto muito. O contexto é melhor entendido mediante a leitura de todo o cap. 33.

Observa-se ali que Deus e Moisés tinham um relacionamento interpessoal bastante próximo e que conversavam face a face, “como se fala a um amigo”. A expressão “face a face” não quer dizer que Deus permitisse que Moisés visse o Seu rosto de frente (o vers. 20 esclarece isto), mas neste episódio, Deus Se manifestava numa coluna de nuvem, à porta da tenda da congregação, em que se achava Moisés.

Moisés então pediu a Deus que lhe mostrasse a Sua glória, ao que Deus correspondeu, afirmando que faria passar toda a Sua bondade diante dele, abrangendo ainda Sua misericórdia e compaixão. Além disto, criou uma condição para que Moisés (que era um ser humano, limitado, finito, que necessitava, como nós, de uma maior concretude para seu entendimento), O visse apenas de costas.

Interessante aqui que Deus identifica Sua glória com bondade. Quase sempre, nós humanos, associamos glória com fama, sucesso, ostentação, mas Deus faz exatamente o contrário. Quanto temos a aprender!...

Na mesma ocasião (vers. 17), Deus diz a Moisés que o conhecia pelo nome e que ele (Moisés) havia encontrado graça diante dos olhos dEle (de Deus). Também aqui sentimos, percebemos “Deus como um ser pessoal”, pois Ele Se revela a Moisés numa atitude acolhedora; geralmente nos interessamos pelo nome das pessoas, quando elas são importantes para nós. 

Já quanto à graça, o conceito mais conhecido pelos adventistas é o de que “a graça é um dom imerecido”, isto referindo-se à salvação, que não é por mérito e sim mediante a fé; é um dom de Deus. Particularmente, entendo que neste texto, o termo “graça” sugere a ideia de simpatia, ou até um sentimento mais profundo, de “empatia”.

fonte: 2.bp.blogspot.com 
Tudo bem que Deus considerava Moisés uma pessoa especial, tanto é verdade que lhe concedeu a ressurreição antes da volta de Jesus, como evidenciam os Evangelhos.



DEUS PODE E QUER SE REVELAR UM DEUS PESSOAL para cada um de nós.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A MÃO E O OUVIDO DE DEUS

Escrito em 12/06/2012

“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir.” (Isaías 59:1)

Fonte: 3.bp.blogspot.com
A Bíblia contém informações em diversos livros que evidenciam que Deus é um “ser pessoal”. Ele é uma pessoa no sentido filosófico do termo, o que significa que tem vida e vida inerente, é ativo e atuante. É dotado de várias características intelectuais, emocionais e sensitivas, muitas das quais o ser humano, por Ele criado à Sua imagem e semelhança, também possui; entretanto com uma diferença gritante: Ele é onisciente (tem ciência, consciência, conhecimento de todas as coisas do passado, do presente e do futuro), porque Ele é eterno; é onipotente (detém todo o poder no Céu, na Terra, no Universo) e também onipresente (está presente em todo lugar ao mesmo tempo). O prefixo “oni” significa “todo”.

Deus é completo, é infinito, eterno, um ser vivo com todas as características acima expostas e que, embora todo poderoso, é nosso Pai, como Jesus nos ensinou. Ele é nosso Pai eterno, cujas mãos estão sempre estendidas para acolher e abençoar, para nos levantar quando caímos pela estrada da vida, para nos dar força para recuperar de uma doença, para nos conduzir pelo caminho da justiça, para nos indicar a direção a seguir, a decisão a tomar nesta ou naquela situação. 

Ele estende Sua mão protetora, para nos prover o pão de cada dia, sua mão carinhosa para enxugar as nossas lágrimas pela dor de uma perda significativa, como de um ente querido, pela dor infringida por alguém que nos machuca, seja física, psicológica ou moralmente, em especial, quando somos vítimas de uma acusação infundada, ou de alguém que busca depreciar nossa auto estima, e nos deixar depressivos.

É muito confortante para nós, Seus filhos, podermos contar com esta mão sempre estendida e termos a certeza e a confiança de que Ele quer o nosso melhor, quer nos conceder alívio das nossas dores, o Seu amor genuíno, capaz de dar a própria vida para prover para nós o principal - a salvação. 

O versículo diz ainda que “não está surdo o Seu ouvido para que não possa ouvir”. Se é assim, precisamos ir a Ele e falar, chorar, contar, relatar, orar, clamar, porque Ele tem a Sua função auditiva em perfeitas condições, sempre preparado para nos ouvir, seja no pranto, seja num sussurro, num gemido, num grito angustiado, de todas as formas que conseguirmos nos expressar, porque Ele ouve; ouve e atende, segundo a Sua vontade, o Seu poder, a Sua onisciência, pela qual sabe o que é melhor para nós. 
Fonte:  3.bp.blogspot.c
Permitamos que Ele nos acolha em seus aconchegantes braços.

domingo, 29 de julho de 2012

NOSSAS ASPIRAÇÕES X NOSSAS POSSES


Escrito em 11/06/2012

“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6)

Fonte: joanadarc.files.wordpress.com
Voltemos ao episódio que desencadeou a prisão de Pedro e João. Estes dois discípulos chegam ao templo e logo na entrada se deparam com um homem de mais de 40 anos de idade, coxo de nascença, deixado ali para pedir esmolas.

Esta era uma cena comum nos tempos de Jesus e continua sendo nos dias atuais. E há sempre dois lados na situação: o lado de quem pede e o lado de quem dá.

No relato em questão, o homem coxo queria uma esmola. O que é uma esmola? Quase sempre é um quantia irrisória em dinheiro que algum transeunte abordado oferece ao pedinte.

Faço um parêntese para relatar uma experência recente acorrida em Vitória–ES, vivenciada por um irmão de fé, que passa por uma senhora idosa, assentada ao canto da calçada no centro da cidade; ela estava com uma enorme ferida purulenta na perna, exposta a todo tipo de poluição e mosquito. Diante daquela cena, ele se compadece dela e lhe oferece ajuda, para levá-la a um hospital, para iniciar um tratamento digno. Para sua surpresa, ela rejeita a oferta e alega que é com aquela perna daquela jeito que ela consegue dinheiro para sua sobrevivência. Dá para acreditar?

Voltando ao relato bíblico de Atos, o homem coxo queria uma esmola. Ele estava ali, acostumado à sua vidinha de pedinte, provavelmente nunca tivera a expectativa de uma melhor sorte, a cura, então, nem pensar! Como um coxo de nascença poderia alimentar a esperança de andar normalmente? Afinal, ele era realista sobre a sua condição. Sua aspiração era, na melhor das hipóteses, auferir uma graninha razoável até o fim do dia.

Mas aparecem Pedro e João, que não tinham dinheiro, prata ou ouro, dois metais de alto valor, que representam aqui o poder financeiro, mas eles possuíam algo de muito maior valor que a prata ou o ouro, o poder recebido de Jesus Cristo, para restabelecer em definitivo sua saúde e permitir-lhe, desta forma, assumir uma vida digna. E o homem creu e andou e saltou.

Fonte:2.bp.blogspot.com
Jesus pode e quer nos dar o melhor, o Seu poder é o mesmo ontem, hoje e amanhã, mas muitas vezes estamos acomodados nos cantos das calçadas da vida, aspirando apenas por esmolas de terceiros, enquanto Ele possui o poder para nos conceder o melhor: uma vida digna e abundante ao lado dEle, enquanto aqui na Terra, e a vida eterna, no futuro. 

sábado, 28 de julho de 2012

OUSADIA NO TESTEMUNHO


Escrito em 10/06/2012

“...Tomai conhecimento, vós todos e todo povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.” (Atos 4:10)

Se o livro de Atos fosse convertido em um filme, seria um filme de AÇÃO. Sim, porque nele há o registro de intensas atividades da Igreja Primitiva. Destacamos hoje o discurso de Pedro dirigido às autoridades, aos anciãos, aos escribas e vários sumos sacerdotes.

Fonte: 3.bp.blogspot.com
Lembramos que Pedro e João haviam sido presos pelos sacerdotes, pelo capitão do templo e pelos saduceus, porque haviam curado um homem  de mais de 40 anos de idade, coxo de nascença, por ensinarem ao povo e anunciarem em Jesus a ressurreição dentre os mortos (os saduceus não criam na ressurreição).

Mas o que desejo destacar hoje é a ousadia no testemunho de Pedro. Ele sempre havia sido um homem forte, corajoso, embora tenha vacilado e cirandado por Satanás, no dia da prisão e julgamento de Jesus. Pedro retoma uma postura ousada, só que agora se convertera de fato e estava sendo movido pelo Espírito Santo.

Fico impressionada como Pedro se dirige àquelas autoridades, imputando-lhes abertamente a crucifixão de Jesus e anunciando-lhes que Deus O ressuscitara dentre os mortos. Aponta como eles, os construtores, haviam rejeitado aquela pedra, a principal, a pedra angular, a pedra de esquina que dava sustentação às construções. Elas, as autoridades de Israel, os conhecedores da Palavra de Deus, os que deviam estar preparados e atentos para reconhecerem o Messias Prometido, quando de Sua primeira vinda, e além disso, conduzir o povo à Sua aceitação; justamente eles, os responsáveis pelos oráculos sagrados, não só não O reconheceram, como O perseguiram, conduziram-nO a um julgamento injusto e O crucificaram.

Mas Deus não Se deixa escarnecer e opera através de humildes instrumentos, no caso, de homens iletrados, incultos; concede-lhes o Espírito Santo e os capacita para falarem e agirem com intrepidez, levando o Evangelho da Salvação em Cristo Jesus ao mundo.

Mais importa o conhecimento pessoal que temos de Jesus, da convivência que temos com Ele, mediante o estudo da Sua Palavra, pela maneira de conduzir nossas vidas, pautando-nos pelo Seu exemplo, amor e graça, do que toda uma cultura teológica, de cunho digamos “teórico-científico”, dissociada de uma vivência espiritual. A segunda pode convencer, mas o primeiro convence e converte e ainda nos habilita a um testemunho ousado como o de Pedro.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CONSTRUINDO A CASA


Escrito em 09/06/2012

“Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a  rocha. E caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.” (Mateus 7:24-25)

Fonte: sphotos.ak.fbcdn.net
Jesus gostava de utilizar as experiências do cotidiano humano para conduzir os seus ouvintes ao entendimento de mensagens espirituais. As palavras acima foram ditas já no final do Sermão do Monte, quando uma multidão O ouvia atentamente e estava maravilhada com a Sua doutrina, porque Ele a ensinava com autoridade.

Às vezes fico pensando sobre as tantas habilidades por Ele demonstradas. Com as palavras acima, Ele é o engenheiro civil. Uma casa para ter resistência, para suportar as intempéries, necessita de uma fundação compatível. O engenheiro que calcula precisa considerar o subsolo, o solo, a precipitação de chuvas na região, os ventos, o peso a ser colocado, enfim, uma série de fatores, para definir o tipo de fundação, e mais a estrutura, o telhado e outros componentes a serem empregados na construção.

Então, esta é uma figura totalmente condizente com a mensagem do texto. Jesus é a rocha onde devemos apoiar a nossa casa espiritual. Ouvindo as Suas palavras e colocando-as em prática, estaremos firmes nos momentos da adversidade. Se estivermos na rocha que é Cristo, teremos uma estrutura que nos permitirá suportar a perda de um ente querido, uma doença que temporariamente nos deixa na cama, ou para sempre numa cadeira de rodas, a perda de um bom emprego, as lutas na educação dos filhos, os aborrecimentos do convívio com uma pessoa difícil, os imprevistos no trânsito, enfim, uma lista infinita que a vida nos impõe.

Ressalta-se ainda que Ele fala numa sequência de verdadeira tempestade: chuva caindo, rios transbordando e vento soprando e, quase sempre, quando os problemas nos sobreveem, acontece desse jeito, vários ao mesmo tempo, em cascata, em volume e peso cada vez maiores. Ao pensar nisto, me lembro da história de Jó; ele resistiu, porque sua casa espiritual estava edificada sobre a rocha, que é Cristo Jesus, nosso Senhor.

Interessante observar pelo texto que não estamos livres dos problemas, porém estando apoiados na rocha que é Jesus, teremos melhores condições de enfrentá-los, administrá-los, suportá-los.

Na ocasião, Jesus também deixou clara a contrapartida: se edificarmos a nossa casa espiritual sobre a areia, quando cair a chuva, transbordarem os rios e soprarem os ventos dos problemas da vida, não teremos o suporte e a estrutura para aguentá-los. Edifiquemos então sobre a Rocha - Jesus.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

APRENDENDO A CONTAR OS NOSSOS DIAS

Escrito em 08/06/2012

“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.“ (Salmos 90:12)

                                   Fonte: 1.bp.blogspot.com           

O Salmo 90 é de autoria de Moisés e se constitui numa belíssima e profunda oração, onde este homem, o mais manso que já existiu na Terra, ressalta a eternidade e o poder de Deus, contrastando-os com a efemeridade e pequenez do ser humano.

É neste contexto que Moisés pede a Deus que nos ensine a contar os nossos dias. Estranho pedido! Até os analfabetos sabem contar, fazem cálculos menos complexos... Por que então aprender a contar os dias? Qual a necessidade e importância deste aprendizado? No mesmo pedido, ele esclarece: com o objetivo de alcançarmos a sabedoria de coração.

Mas ainda fica alguma coisa no ar. Se ele pede para que Deus nos ensine, então nós somos os aprendizes. Por que aprender a contar os dias nos levaria a corações sábios?

Voltando ao versículo 10, ele diz: 

Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!"
Fonte: ojuararidan.files.wordpress.com
Entendo o seguinte: se cada ser humano, desde cedo, aprendesse a contar os seus dias, ou seja, tivesse a plena consciência de que a sua vida aqui na Terra é apenas um sopro, que vai passar muito rapidamente, de que ele depende inteiramente da graça de Deus, para obter a salvação e um dia chegar à vida eterna, ele procuraria viver uma vida de maior comunhão com Deus, uma vida mais à semelhança do seu Criador, Mantenedor e Redentor, uma vida que honrasse mais o nome de Deus. Desta forma, este ser humano que assim vivesse, estaria em vida aqui na Terra, usufruindo de um coração sábio, que proporcionaria a si mesmo e, por sua influência, àqueles que vivem ao seu redor, condições para viverem num ambiente mais seguro e saudável psicologicamente, onde a sua maneira de viver, na presença de Deus, refletisse o verdadeiro, o divino Amor.

Hoje eu participei do funeral da mãe de uma amiga; ela faleceu com quase 91 anos e viveu uma vida cristã abundante, conforme comentou o oficiante. Não cheguei a conviver com ela. Mas como diz o versículo 10, e, segundo a minha amiga, sua mãe sofreu muito nos últimos meses, porque os órgãos vitais dela estavam funcionando precariamente. Foi um funeral sereno, pois ela educou sua família nos princípios cristãos e se foi com a perspectiva de ressuscitar, quando da volta de Jesus. Creio que ela aprendeu a contar os seus dias e alcançou coração sábio.

Eu ainda quero aprender a contar os meus dias. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CORPUS CHRISTI


Escrito em 07/06/2012

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.” (Mateus 26:26-28)

                    Fonte: 4.bp.blogspot.com/ceiar1.jpg


Hoje grande parte do mundo cristão comemora o “Corpus Christi”, expressão em latim que significa o “Corpo de Cristo”. Esta comemoração decorre do interesse em se propagar a crença da transubstanciação, ou seja, mudança de substância. Considera-se que a partir das Palavras de Cristo na última ceia com os discípulos, conforme versículos acima, ocorre uma real mudança, que aquele pão se converte no corpo e o vinho no sangue de Jesus.

Ora, esta crença não é compartilhada por outra grande parte do mundo cristão, a qual considera que Jesus, naquela ocasião, estava utilizando uma figura de linguagem, uma metáfora. Ele também recomendou que os discípulos rememorassem a Ceia no futuro, até a Sua volta.

Desta forma, enquanto aguardamos a volta de Jesus, eventualmente, cerca de 4 vezes por ano, a Igreja Adventista do Sétimo Dia celebra a Ceia do Senhor, nos mesmos moldes descritos na Bíblia, inclusive a Cerimônia do Lava-pés, que por sua vez, é considerada como uma Lição de Humildade que Jesus nos ensinou. É oportuno pedir e/ou conceder perdão uns aos outros, pelos coisas que fazemos e que desagradam a Deus.

Temos uma reverência especial por esta cerimônia, porque nela Jesus alerta e prepara o espírito dos discípulos para o Seu sacrifício em favor da salvação do homem, que aconteceria poucas horas depois.

Assim, o corpo dele sofreria a morte natural humana, porém de uma forma violenta, agressiva e extremamente dolorosa, porque lá na Cruz, ele carregou o peso dos pecados passados, presentes e futuros de toda a humanidade. Lá na rude cruz, Ele derramou o Seu sangue, sangue este que é o símbolo da vida, o sangue da nova e eterna aliança derramado para remissão dos nossos pecados.

O simbolismo empregado por Ele na Ceia é muito expressivo, porque usou o pão para representar o Seu corpo e o vinho para representar o Seu sangue, o que nos leva a considerar com reverência ímpar a Cerimônia da Ceia do Senhor.

A nossa reverência é revestida também de um sentimento de gratidão pelo Seu sacrifício expiatório a favor de Seus filhos, entre os quais me incluo, pois O aceito como meu Salvador pessoal. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

NOVA CRIATURA

Escrito em 06/06/2012

Fonte: salmos3703.files.wordpress.com     
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 
(2 Coríntios 5:17)

Gosto muito da ideia de novação, renovação, novo nascimento, tão presente na Palavra de Deus. Interessante: à medida em que envelhecemos, ela se torna mais atraente; “claro”.

Mas a razão por trás do “claro” não é o envelhecer físico, porque Paulo não está  se referindo aí a um rejuvenecimento físico, se bem que ele pode, em certo grau, acontecer, por via de consequência, em função de um novo estilo de vida adotado pelo cristão.

O meu ”claro” refere-se a um crescimento na graça e na comunhão com Jesus, o que, por sua vez, envolve um processo de santificação, que se inicia lá trás, quando alguém tem o primeiro contato com Jesus e dá oportunidade ao Espírito Santo, para ir trabalhando em sua mente, de forma lenta, gradual e contínua. Não se descarta aqui a possibilidade de um conhecimento instantâneo e eficaz, que eventualmente acontece com alguém. Porém é mais comum o conhecimento de Jesus Cristo ocorrer num processo gradativo, até que a pessoa chegue a um estágio de verdadeira integração com Ele e, para ser coerente consigo mesma, toma a decisão de aceitá-Lo definitivamente. Então, esta pessoa se torna uma nova criatura.

A nova criatura pensa diferente, tem atitudes diferentes, age diferente; ela tem uma nova referência, um novo modelo a imitar, um novo objetivo de vida, um novo sentido para a vida. Deixa para trás os hábitos nocivos à sua saúde física, mental e espiritual e adota novos hábitos que lhe promovam um novo vigor em todos os aspectos. Abandona o pecado e foge dele, porque ele “faz separação entre nós e o nosso Deus” e quer se aproximar de Deus cada vez mais; estar em Sua presença.

Uma nova criatura passa a enxergar a si mesma e ao seu semelhante como alguém por quem Jesus deu a própria vida, e desta forma, sente que cada ser humano tem um lugar especial no coração de Deus.

Uma nova criatura se torna mais sensitiva às necessidades do outro; tem o desejo de assistir ao pobre em sua fome, ao doente em sua enfermidade, ao perdido em sua busca.

Assim, a consequência natural de “estar em Cristo” é nos tornar uma “nova criatura”. Hoje posso ser uma nova criatura, se não o fui ontem; amanhã poderei ser uma nova criatura, se não o fui hoje. Mas Jesus nos convida continuamente, e nos espera de braços abertos, não nos esqueçamos!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

CONVERTEI-VOS E VIVEI

Escrito em 05/06/2012

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.”
(2 Pedro 3:9)

Ontem mencionamos que vontade de Deus é que todos cheguem à salvação. O contexto hoje é a resposta de Pedro ao questionamento de alguns fiéis sobre o retardamento da volta de Jesus.

É perfeitamente compreensível que os primeiros cristãos estivessem ansiosos pela volta de Jesus. Muito mais o é para nós, que já estamos vivendo no século XXI. Naquela ocasião, Pedro esclarece que a volta de Jesus estava e (ainda está) relacionada com a Sua paciência e longanimidade para conosco, no sentido de que todos cheguemos ao arrependimento, O recebamos como nosso Salvador pessoal, para que tenhamos o direito à vida eterna.

De fato, Jesus prometeu que voltaria, mas delegou a tarefa de pregar o Evangelho do Reino aos Seus discípulos e condicionou a Sua volta à efetivação desta pregação a todos os povos.

Todos sabemos o quanto o mundo cresceu desde a época em que Jesus esteve na Terra; a população espalhou-se e multiplicou-se. Nós mesmos pertencemos ao Novo Mundo. Temos de considerar também a influência de filosofias, crenças pagãs e místicas sobre a vida e a mente das pessoas, além da proibição de práticas religiosas por governos autocráticos e fechados, o que fatalmente impõe um ritmo mais lento e difícil de evangelização. Tome-se como exemplo o que aconteceu na Antiga União Soviética, onde a abertura ocorreu há pouco mais de vinte anos; o caso da Índia e da China, países muito populosos, onde também é grande a dificuldade de penetração da mensagem cristocêntrica.

Como contraponto e para nossa alegria, hoje a Tecnologia de Rádio, TV, Internet e muitos outros recursos de multimídia permitem a propagação mais rápida da mensagem, atingindo um maior número de pessoas simultaneamente.

Nós que já conhecemos O Evangelho e aceitamos a Jesus, podemos contribuir na Missão de levar a mensagem aos nossos parentes, amigos e vizinhos, numa atuação mais próxima e íntima ou quem sabe até num plano mais ousado, abrangente e corporativo.

Fonte: www.sdblisboa.com
Os planos de Deus são totalmente inclusivos, abrangem todos os Seus filhos na face da Terra, de ontem, de hoje e de amanhã. 
Em Ezequiel 18:12, lemos: “Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei. ”

Deus realmente deseja e oportuniza que todos conheçam o Evangelho da Salvação em Cristo Jesus. Cabe a cada um a decisão de aceitá-Lo ou não.

domingo, 22 de julho de 2012

RENOVAÇÃO DA MENTE

Escrito em 04/06/2012

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

Ontem mencionamos a importância de cuidar da saúde física, mental e espiritual e demos uma pincelada no aspecto físico. Hoje vamos adentrar um pouco no aspecto mental e espiritual.

No texto bíblico acima, Paulo se dirigia aos Romanos, aconselhando-os à transformação, a partir da renovação da mente. O contexto de época, com forte influência grega, era de uma filosofia pagã, em que as virtudes como amor, misericórdia e piedade eram consideradas defeitos. Em suas crenças, seus deuses tanto podiam atormentar a mente humana como ajudá-la.

Em contrapartida, Paulo pregava o Evangelho da Salvação por um Deus de amor, capaz de dar a própria vida para reconciliar o homem com Deus. Assim, era necessária uma renovação da mente: tudo que alimentava o espírito do povo estava impregnado de ideias totalmente opostas à mensagem de Jesus. Eles tinham que jogar fora suas crenças poluídas para receber e experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. E qual é a vontade de Deus? Que todos cheguem à salvação.
fonte: http://williambarter.wordpress.com

Trazendo para nosso tempo, a tecnologia tem proporcionado excelentes recursos, que influenciam a nossa mente, mas tanto pode conduzir para o lado positivo quanto para o negativo. Então, estamos igualmente numa situação em que necessitamos urgentemente de renovar a nossa mente, para que o Espírito de Deus possa nela habitar e trazer para nós e nossos semelhantes a benéfica influência do Deus verdadeiro, criador do céu e da terra e de tudo que neles há; deste Deus que também Se transformou, Ele Se fez Homem na pessoa de Jesus Cristo, para mais facilmente alcançar os homens, evidenciando por palavras e obras, o Seu padrão, baseado no Amor e na Graça.

Estamos nos amoldando, nos conformando com o padrão deste mundo, cheio de violência, de poluição material e moral, de endeusamento do corpo “sarado”, de mistura espiritual, que é muitas vezes louvada pela mídia; alguns até se orgulham de serem “ecléticos”.

Analisando o tempo em que vivemos, o conselho de Paulo continua válido para nós, no sentido de alcançarmos uma transformação genuína, a partir da renovação da nossa mente, amoldando-a à de Jesus.

sábado, 21 de julho de 2012

NOSSO CORPO – TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO



fonte: www.medfisiosport.com.br

Escrito em 03/06/2012

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”   (1 Coríntios 6:19)

Caminhar no calçadão da Praia da Costa em Vila Velha no Estado do Espírito Santo, é algo saudável, divertido e gostoso. Às vezes, ao final da caminhada, me assento num dos bancos espalhados pelo calçadão e fico observando o movimento: as pessoas caminhando ou correndo, muitas crianças brincando, jovens e alguns idosos praticando algum tipo de esporte na areia ou no mar, pessoas que levam cachorros para passear, navios aguardando na barra para ancoragem nos portos, os pássaros planando ou descendo até a água para pegar peixes, os vendedores de “n” coisas (compra-se de tudo por ali, principalmente artesanato) e assim por diante. Este observar me permite algumas reflexões.

Hoje me ocorreu o pensamento inspirado de Paulo sobre o nosso corpo. Ali, observando o povo, vejo altos e baixos, gordos e magros, bonitos e feios, saudáveis e doentes, brancos, negros, amarelos, bronzeados, pálidos, enfim uma variedade interessante. Uma ideia estranha me veio à mente: Será que o Espírito Santo habita em todos esses? Difícil responder, nem me compete.

Considerando a afirmação de Paulo, é mister cuidar do nosso corpo, que naturalmente inclui a nossa mente. Assim, tendo a perfeita consciência deste fato, precisamos avaliar o que temos feito com o nosso corpo, no que concerne à saúde física, mental e espiritual, pois nosso organismo é um todo integrado e harmonioso, de tal forma que se uma pequena parte é afetada, o restante também o é, em maior ou menor proporção.

Assim fico pensando: tenho tomado muito medicamento para controle de colesterol, triglicerídeos e glicose. Apesar de tentar seguir uma dieta saudável e fazer caminhada, há alguns cuidados a mais que posso praticar, como por exemplo, reduzir o tamanho do prato de macarronada, o chocolatinho de cada dia, o refri mesmo “diet” ou “light”.

A minha filha mais nova está com sobrepeso; hoje mesmo, depois de pensar neste assunto, eu disse para ela: você está descuidando do seu corpo, uma menina nova, de 23 anos, que, quando vai comprar roupa, acaba se aborrecendo, porque o manequim só vem aumentando, tudo fica feio no corpo e às vezes, até chora... E acrescentei: lembre-se que o seu corpo é o templo do Espírito Santo e portanto, precisa ser mantido belo e saudável.

Concluindo, todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus; portanto potencialmente templos do Espírito Santo, mas por escolhas indevidas, podemos afastá-Lo de nós. Cuidemos de nós de maneira que Ele tenha prazer em habitar no nosso corpo, ocupando plenamente nossa mente e nosso coração.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DO NOME


Minhas flores - Sara, Mira e Riza em 1990

Escrito em 02/06/2012

Há pouco mais de trinta anos, em 26/05/1982, nascia minha filha mais velha.


Durante nove meses, meu marido e eu cultivamos a idéia do nome LOUANA caso fosse menina. (Na época, já dava para saber o sexo na gestação, mas eu preferia a surpresa). Louana seria a junção do início do nome da minha mãe - Lourdes e o nome da mãe dele - Ana.

No dia seguinte ao parto, meu marido chega ao hospital, vindo do trabalho, abre a porta do apto e diz em alto e bom som: “ A menina não vai mais se chamar LOUANA”.

Imaginem: eu só não caí porque estava deitada. Os colegas de trabalho dele haviam lhe contado que estava passando uma novela, onde a protagonista se chamava assim e era possessa de 7 espíritos malignos. Daí, disseram para ele: Poxa, voce um cara tão religioso, não vai dar um nome desses para sua filha, não é?!...

Começamos então a estudar outros nomes, estabelecendo vários critérios: dois nomes curtos, iniciados com a mesma letra, de boa sonoridade, fácil de falar e de escrever e com significado, pesquisando em vários dicionários.

Na Bíblia, sempre os nomes têm significado, como por exemplo: ‘Emanuel” significa “Deus Conosco”, “Samuel” – “de Deus o pedi”, “Raquel” – ovelha mansa, assim como “Nabal” significa “filho de Belial” e está associado à loucura.

Ao final de 12 dias, chegamos a um consenso: SARA SOFIA.

Sara vem do Hebraico e significa “princesa”, Sofia vem do Grego e significa “sabedoria”; juntando os dois podemos entender como “princesa da sabedoria”. Bonito? Então, ele foi ao Cartório para registrar a menina.


Na segunda filha, já foi mais fácil, porque já tínhamos os critérios definidos. Definimos RIZA RUTE.

Riza vem do grego e significa “raiz” e Rute vem do Hebraico e significa “amizade”; juntando os dois podemos entender como “raiz de amizade”.

Já na terceira filha, a primeira filha queria participar dando o nome de MIRA. Fomos pesquisar: Mira vem do latim e é o nome de uma estrela que fulgura o ano inteiro e significa “Maravilha”. Aí precisávamos de outro nome com “M”, fomos para a Bíblia e logo descobrimos “Melque”, de Melquisedeque, Rei de Salém. Aí trocamos o “que” para “ke”, para ficar mais curto e ficou MIRA MELKE, que podemos interpretar como “Maravilha do Rei”.

Felizmente, de uma situação desagradável, Deus nos inspirou de tal maneira, que conseguimos dar a elas nomes, dos quais elas se orgulham e tentam honrar.

Quase sempre os pais buscam para os filhos nomes que eles gostam por um motivo ou outro, geralmente as histórias são bem interessantes. Eu amo ouvir.


O nome é tão importante que se alguém recebeu um nome que lhe causa constrangimento, vexame, vergonha ou outro sentimento negativo, a Lei Brasileira permite a mudança.

Mas... o nome que temos aqui na Terra, embora tenha sua importância, é passageiro; fico curiosa com o nome que Jesus vai me dar eternidade.

Apocalipse 2:17, s.p. diz:

“... Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe.” (grifo nosso)


quinta-feira, 19 de julho de 2012

RESGATANDO A CAPACIDADE PRODUTIVA




Escrito em 01/06/2012

Há exatamente cinco anos deixei o Escritório de Advocacia, onde atuei por dez meses, após mais de trinta anos trabalhando, um pouco em Escolas e a maior parte em Usinas Siderúrgicas.

Foi uma época de alta produtividade toda a minha vida profissional, onde sempre tive oportunidade de “escrever”, em geral, matérias objetivas: planos de aula, provas, textos para apresentações escolares, relatórios, atas de reuniões, projetos, depois: petições, constestações, pareceres etc.

Nestes cinco anos de aposentadoria, tive oportunidade de resgatar o aprendizado de dona de casa: cozinhar, lavar, passar, arrumar etc... Gostoso. A gente se sente útil também, porém ... se não fosse o lado espiritual, onde sempre estou estudando algum assunto, eu diria que estou quase “enferrujada” na minha capacidade produtiva intelectual. Desta forma, é mister resgatar tal capacidade.

Venho pensando sobre isto há algum tempo e decidi voltar a “escrever”; inicialmente, para mim mesma; depois, quem sabe... partilhar.
Não pretendo voar muito alto. Um pouco cada dia, estilo “meditações”, “uma boa”, imagino agora.

Daí, para iniciar, escolho o texto de Isaías 40:31:


“... mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam.”

De início, parece um contrassenso, pois acabei de falar que não pretendo voar muito alto; é que me sinto neófita nesta atividade. Hoje eu só quero renovar as minhas forças, e para isto, tenho que esperar no Senhor. Esta espera não significa ficar parada, assentada, achando que vai cair pronto do céu. Esta espera significa “confiar”, “acreditar” que o Senhor é poderoso para nos conduzir por caminhos e alvos que, a princípio, sob nossa ótica humana, consideramos inatingíveis. 

A mensagem é que confiando no Senhor, ainda que estejamos cansados, fatigados, podemos resgatar nossa capacidade de andar, de correr, de voar, mas isto quero, prioritariamente, fazer no campo espiritual.

O mundo, a vida são cheios de coisas que nos fatigam, que nos trazem dores, decepções, destroem castelos de sonhos e projetos reais, mas a única solução está no Senhor, no Seu poder. Somente nEle é possível renovar as forças. Que seja também para Ele, hoje e sempre. Amém.