quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

GRAÇA, VERDADE, JUSTIÇA E PAZ

Escrito em 25/08/2012

“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram.” (Salmos 85:10)

O versículo escolhido para hoje é de uma beleza singular. Os salmistas, os filhos de Corá, transmitem de forma poética, até romântica, um pensamento nobre de cunho profético. Eles personificam as características imanentes e inerentes a Deus; dá-lhes vida como se fossem pessoas que se encontram, naturalmente se abraçam e se beijam, como amigos, como namorados.

Então nos vem a pergunta: quem é a personificação dessas características? A resposta é única: JESUS. Somente nEle elas se encontram de forma plena, integrada e harmoniosa.

Fonte: 4.bp.blogspot.com

A GRAÇA é conhecida pelos cristãos como “um dom imerecido”. É pela graça de Jesus que o dom da salvação nos é concedido. É por Sua graça que nós, pecadores, somos justificados diante de Deus, porque Jesus assumiu a nossa culpa e depôs a Sua vida para restituir-nos o direito à vida eterna.

E a VERDADE? Pode ser definida como os pilares de sustentação de um corpo de doutrina, todo o conjunto dos escritos bíblicos que formam o Plano da Redenção do homem, tendo no centro a pessoa de Jesus, o Redentor. Em Seu julgamento perante Pilatos, este Lhe perguntou: “O que é a VERDADE”? Mas não esperou a resposta. Talvez se tivesse ouvido, não teria entregue o Salvador em mãos homicidas. Jesus disse certa vez: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Ele próprio é a VERDADE.

Em Jesus a GRAÇA e a VERDADE se encontraram. A graça sem a verdade perderia sentido, força de atração e espaço, assim como a verdade sem a graça ficaria inócua.

A JUSTIÇA visa entregar a cada um o que é seu por direito e que de alguma forma foi usurpado. Satanás, com sua sagacidade, enganou os nossos primeiros pais e usurpou-lhes o direito à vida eterna e ainda lhes trouxe, como também a nós, várias consequências maléficas. Mas Cristo é a nossa JUSTIÇA: ele com Sua vida santa, cumpriu as exigências da Lei, levou sobre o madeiro os nossos pecados, carregou a nossa culpa, arrostou a pena que a nós seria destinada, derramou na cruz do Calvário o Seu sangue; desta forma, nos resgatou da condenação e restituiu-nos o direito à vida eterna. Diz-se por isto, que Ele nos cobre com Seu manto de justiça.

A PAZ é o resultado da justiça a nós imputada, sendo ela portanto, também um dom do Senhor Jesus. A paz nos traz a alegria do perdão, alívio à consciência, o conforto da reconciliação com Deus.

Somente pela paz de Jesus em nosso coração, podemos dizer como o salmista: “em paz me deito e logo pego no sono”.

Jesus nos transmite a Sua paz. Ele diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vou dou, não vo-la dou como a dá o mundo”.

A Justiça que não conduz à Paz não é real, assim como a paz que não resulta da justiça também é falsa.

A JUSTIÇA e a PAZ se beijaram na pessoa de Jesus, e nós aceitando-O, também nos deleitamos neste beijo.



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

DEUS DOS NINIVITAS OU DE JONAS?

Escrito em 25/08/2012

“[...] sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida [...]. E disse o Senhor: É razoável esta tua ira?” (Jonas 3:2-4)

A história de Jonas é toda incrível. Ele é o típico retrato do homem na sua natureza caída. “Apronta todas” e ainda se acha o dono da verdade, capaz até de julgar a Deus. E a paciência de Deus é tão grande com ele, que ainda lhe dá sucessivas oportunidades de compreender Sua natureza, Seu amor, Sua graça.

Daí o nosso título de hoje, para nos fazer pensar. Será que estamos querendo um Deus que perdoa os Ninivitas ou como Jonas, queremos um Deus que condena, sem dar uma nova chance?

Jonas foi chamado por Deus para pregar à ímpia cidade de Nínive. Jonas desobedeceu a ordem divina e embarcou num navio em direção contrária. Escondeu-se lá no porão do navio e dormiu tranquilamente. Veio um temporal, e, resumindo, a solução foi lançar Jonas ao mar. Ele foi engolido por um grande peixe e na barriga do peixe, ele orou, se humilhou e exaltou o nome de Deus.

Fonte: 3.bp.blogspot.com
Deus fez com que o peixe vomitasse Jonas na praia e de novo o mandou pregar em Nínive. Desta vez ele obedeceu, pregou e o povo, inclusive o Rei, aceitou a mensagem e se converteu. Então, Deus desistiu da destruição que dissera que faria. Foi então que Jonas se irou contra Deus, a ponto de pedir a morte, por causa da Sua bondade e misericórdia para com os Ninivitas.

Mais uma vez Deus foi paciente com Jonas, e fê-lo passar por uma experiência, em que este se irou novamente e tornou a pedir a morte, por causa de uma planta que o próprio Deus fizera nascer para protegê-lo do sol e no dia seguinte fizera morrer.

Deus, outra vez dialoga com ele, fazendo-o entender sobre a Sua compaixão por toda uma cidade e seu povo, compreendendo mais de 120.000 pessoas.

A gente se impressiona com as atitudes de Jonas, mas há muitos Jonas por aí! Muitos de nós, às vezes, nos comportamos de forma irracional, irascível, sem a menor compaixão pelos nossos semelhantes, julgando com base numa postura individualista, egoísta e intolerante.

Fonte: chrisduran.com.br
Mas se Deus se serviu de uma pessoa como Jonas para um trabalho tão nobre, pode também nos utilizar, defeituosos como somos e nos transformar, para sermos instrumentos em Suas mãos.

Nosso referencial é Jesus; Ele é o exemplo a ser imitado. É a Sua imagem que devemos refletir em nosso viver, no nosso dia a dia, nas nossas relações com os nossos semelhantes.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O ATLETA E A COROA

Escrito em 24/08/2012

“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.” (1 Coríntios 9:25)

Fonte:  brasilnorio.com.br

Presenciamos há poucos dias as Olimpíadas 2012 de Londres. Nunca tive oportunidade de presenciar ao vivo os Jogos Olímpicos, mas na medida do possível, assisto pela TV, em especial, àqueles em que o Brasil participa. E se existe uma coisa que eu admiro é o empenho dos atletas para vencer e alcançar uma medalha, principalmente o ouro. Alguns treinam anos a fio para aquele momento.

No tempo do apóstolo Paulo, os atletas vencedores recebiam uma coroa de louro. A coroa era o símbolo da vitória como hoje é a medalha. Daí, Paulo faz a analogia da vida do cristão com a do atleta. Ambos correm para alcançar um objetivo, o prêmio do vencedor, porém ele distingue a qualidade do prêmio do atleta e do cristão.

O atleta corre para ganhar uma coroa corruptível, mas ainda assim ele se empenha, se esforça, em tudo se domina. Sabemos que os atletas se submetem a um regime alimentar rigoroso, horas de sono relaxantes, restrição de várias atividades sociais e até sexuais, treinos intensivos, cuidados com medicação, para não serem reprovados no exame anti-dopping, entre outros rigores. Até os animais envolvidos em certos tipos de esporte, como o hipismo, são submetidos a exames e recebem tratamento especial.

E o cristão? Como é a sua corrida? E o seu preparo, se ele tem a ganhar uma coroa incomparável com a dos atletas?

A coroa que queremos alcançar é incorruptível, o prêmio a alcançar é de valor inestimável – é a nossa salvação, por ocasião da volta de Jesus; mas como os atletas, ao final da jornada, receberemos também uma coroa, não de louro, mas de pedras preciosas, que Jesus colocará em nossas cabeças.

Entretanto muitos de nós estamos perdendo de vista a coroa que nos espera e não estamos levando a sério o nosso preparo e a nossa corrida; “estamos devagar, quase parando”. O atleta em tudo se domina. E nós? Estamos nos dominando? Ou ao menor obstáculo, já estamos tombando?

Que possamos nos fortalecer e dominar as nossas más tendências, os maus hábitos, o nosso desejo de fazer o contrário à vontade de Deus; e, buscando a ajuda do Espírito Santo, correr digna, corajosa e incansavelmente, para alcançar a coroa incorruptível que nos está preparada.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O PERDÃO DE DEUS

Escrito em 23/08/2012

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.” (Isaías 1:18)

Isaías viveu no período de 739 a 681 a.C., abrangendo o período de quatro reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. O Senhor deu a ele abundantes e ricas mensagens de advertência e de esperança, para transmitir à nação.

Logo no início, o Senhor Se declara insatisfeito com o Seu povo, por causa da idolatria, do afastamento dEle, da pecaminosidade, iniquidade, corrupção, culto hipócrita, entre outras coisas que O desagradam. Mas após esta mensagem de advertência, Deus lhes oferece uma segunda chance, expressa no versículo de hoje.

Fonte: cnarte.files.wordpress.com
Primeiro Ele convida: ”Vinde” – o Senhor não força ninguém, Ele quer que atendamos ao Seu convite, mas respeita nosso livre arbítrio. Jesus, durante Seu ministério terrestre, usou muito este convite, apelando ao coração de seus ouvintes: “Vinde a mim...” O convite de Deus continua válido e ainda ecoa em nossos ouvidos.

Depois, Ele diz o objetivo do convite: “arrazoemos”. Este verbo se origina do substantivo “razão”, significando portanto, que Deus quer que tenhamos um entendimento racional da Sua promessa, não um assentimento baseado num apelo emocional.

Somente então é que Ele expressa a promessa do perdão completo e fala de maneira poética, mesmo tratando da coisa que mais O incomoda, o pecado. Mesmo que os nossos pecados sejam como a escarlata ou como o carmesim (vermelhos), eles se tornarão brancos como a neve ou como a lã.

Importante destacar que as duas assertivas, embora tenham o mesmo significado, elas se harmonizam, de modo que a segunda reforça a primeira. Parece apenas que a escarlata e o carmesim são de um tom de vermelho diferentes, naturalmente o carmesim deve ser de um vermelho mais intenso do que a escarlata. Assim, Deus, na segunda assertiva, está reafirmando, confirmando e reforçando Sua promessa de perdão.

Existem muitas pessoas que se julgam indignas do perdão de Deus, em função da “cor” ou do “tamanho” do seu pecado, mas para Deus, isto não importa; o que importa é o arrependimento sincero, a tristeza pelo pecado, o firme desejo e propósito de abandoná-lo e buscar a aproximação com Ele, é a determinação pessoal em fazer a vontade dEle.

O nosso pecado pode ser vermelho ou, quem sabe, até preto, pequeno ou grande, mas o Senhor está disposto a perdoá-lo completamente. Cristo já pagou o preço dos nossos pecados lá na cruz do Calvário, de modo que Ele nos torna justos diante de Deus. Então, o que nos compete é aceitar o perdão que nos é oferecido.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O SENHOR VÊ O CORAÇÃO

Escrito em 04/08/2012

“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.” (1 Samuel 16:7)

Saul era o primeiro rei de Israel, mas ele se desviou dos caminhos do Senhor e Este o rejeitou. Então, Deus enviou o profeta Samuel a Belém, para ungir um novo rei e o orientou a ir à casa de Jessé, de cujos filhos escolheria um, mas não lhe declarou de antemão qual deles.

Lá chegando, Samuel viu a Eliabe, um jovem alto, forte, bonitão e saudável e logo imaginou: “É este”! Então, Deus lhe disse o versículo de hoje. Daí foram passando os demais e Deus sempre dizendo: “Não é este ainda!” Passaram 6 e Samuel perguntou a Jessé: “Acabaram os teus filhos?” Jessé respondeu que faltava o mais moço, que estava apascentando as ovelhas. Samuel pediu que o chamassem. Então veio Davi, ruivo, de belos olhos e de boa aparência. Deus disse a Samuel: “Levanta-te e unge-o, pois este é ele!”

Fonte: 3.bp.blogspot.com

Queremos enfatizar hoje a diferença entre o olhar humano e o olhar de Deus. Como diz o versículo, “o homem vê o exterior e Deus vê o coração”. Lembramos que a palavra “coração” no contexto é utilizada no sentido figurado, pois a visão de Deus é integral, considerando Sua onisciência.

Quem já fez processo seletivo, mesmo se cercando de técnicas e contando com a ajuda de especialistas em avaliação psico-social e de QI (quociente intelectual), eventualmente acaba descobrindo que fez escolhas erradas ou inadequadas para a função.

Já aconteceu comigo e uma vez ficou marcada. Numa das empresas onde trabalhei, numa certa ocasião, precisávamos de 2 pessoas. Definimos que contrataríamos um rapaz e uma moça, porque o serviço envolvia algumas atividades onde o porte físico masculino seria mais conveniente. Assim fizemos. Não precisou de muitos dias para descobrirmos que o rapaz não correspondia ao esperado e para nossa sorte, a moça desempenhava com toda habilidade aquelas atividades a ela designadas e mais as que esperávamos que o rapaz assumisse.

Bem, a mesma coisa acontece com os jovens, quando vão escolher o cônjuge. Quase sempre ficam de olho nos “gatos ou nas gatas”. 

As meninas querem os bonitões de corpo sarado ou aqueles que sobressaem nas rodas sociais, nos esportes ou intelectualmente.

Os meninos querem aquelas de corpo escultural, de rosto desenhado, ou que canta ou fala bem em público.

Nada contra os bonitões, porque a beleza procede de Deus e pode haver pessoas belas, que sejam ideais para alguém. Mas, é comum acontecer de iniciar-se uma amizade, um namoro, para se descobrir logo depois, que aquela pessoa não é a mais adequada, por uma série de fatores. O pior é quando não se descobre logo e toma-se muito tempo com aquele(a) que não é o(a) ideal. Às vezes, até se casam e levam uma vida de conflitos ou sem graça.

Como a nossa visão é limitada, finita e enganosa, que tal entregarmos as nossas escolhas a Deus, que vê o coração? 

Ele Se importa com a nossa vida e felicidade, quer o nosso bem estar, sabe o que é melhor para nós, visando não somente o lado material, mas principalmente o espiritual.