quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

LANÇA EM MINHA CONTA

Escrito em 05/09/2012

“E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta.” (Filemom 18)

Fonte: http://ts1.mm.bing.net

Antigamente, nas cidades do interior, era comum as famílias fazerem suas compras de rotina, principalmente de mantimentos para casa, “pendurando numa conta”. Lembro-me muito bem da minha mãe mandar um dos seus 12 filhos ao “armazém” buscar alguns itens e dizer: “manda lançar na conta do seu pai”; o dono do armazém conhecia a todos, naturalmente. No final de cada semana, meu pai ia lá e pagava o total devido.

Atualmente, o nosso fiador é a empresa do Cartão de Crédito. Ela paga aos fornecedores aquilo que compramos, mas desconta deles um percentual sobre os valores. Por isto, quando compro à vista, pagando em dinheiro, peço desconto; muitos dão de pelo menos 5%. Além disto, a empresa do Cartão de Crédito recebe de nós, seus credores, um adicional contratual para termos o cartão, o valor da fatura, além de juros, em caso de atraso ou parcelamento.

Quando Paulo diz a Filemon: “lança em minha conta o que Onésimo te deve”, me faz lembrar primeiramente do sistema de crédito utilizado na época da minha infância e depois do atual.

Considero que este versículo da carta de Paulo a Filemom revela a graça de Deus e, em certo sentido, poderíamos até afirmar que Paulo é uma figura de Cristo, tendo em vista que assume a culpa de Onésimo perante Filemom.

Naturalmente Paulo não teve esta intenção, mas a sua atitude de amor para com Onésimo, agindo em substituição a este, possibilita tal entendimento.

Onésimo corresponde a cada de nós, pecadores: nós transgredimos a Lei de Deus e Jesus assumiu a nossa responsabilidade diante do Pai. Ele veio ao mundo em forma humana e, como homem, viveu vida reta e santa, de acordo com a Lei de Deus, que é a vontade expressa do Pai.

O destino do transgressor da lei seria a condenação e esta também o Senhor Jesus levou sobre Sua carne, no sacrifício expiatório, na cruz do Calvário. Assim, Jesus nos justifica e nos purifica do pecado e nos liberta da condenação.

Completando a analogia, Filemom, o senhor de Onésimo, corresponderia a Deus. Observe-se que como Onésimo era escravo de Filemom, com sua fuga, poderia ter-lhe causado algum dano e/ou também dever-lhe alguma coisa.

Finalmente, Jesus é o nosso fiador. Ele com sua vida e sacrifício diz ao Pai: “lança na minha conta a dívida de Maerce”

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ENVIANDO O CORAÇÃO

Escrito em 04/09/2012

“Eu to [Onésimo] envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração. [...] Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo.” (Filemom 12 e 17)
Fonte: http://3.bp.blogspot.com
A carta de Paulo a Filemom contém apenas um capítulo, mas com uma rica mensagem prática da transformação operada pela conversão na vida de Filemom e Onésimo, ambos filhos de Paulo na fé. Eles conheceram o Evangelho da Salvação em Cristo Jesus em locais e momentos diferentes.

Onésimo havia sido escravo de Filemom e fugira, mas depois de sua conversão, tornara-se um amado discípulo de Paulo, muito útil no apoio a este, que, embora preso, continuava seu ministério.

Quando Paulo soube da antiga condição de escravo de Onésimo e de sua ligação com Filemom, tratou de providenciar o acerto da situação jurídica pendente, porém dentro de uma nova condição, porque agora ambos eram filhos de Deus, e portanto, amados e libertos.

Então, Paulo envia Onésimo a Filemom, levando a carta, de onde procedem os versículos da mensagem de hoje. Onésimo se tornara muito importante para Paulo e para a causa do Evangelho.

Paulo amava tanto a Onésimo que, ao enviá-lo a Filemom, refere-se a ele como o seu próprio coração e pede a Filemom que o receba como se estivesse recebendo a ele mesmo (Paulo). Que coisa maravilhosa, heim!

Eu já vivi uma situação semelhante: Estava visitando uma amiga e irmã de fé, de nome Heloísa (Hellô para os íntimos), obreira bíblica do Hospital Adventista, em Belém-PA, e, em seguida, eu iria a Manaus, para conhecer um pouco da Região Amazônica. Então, a Hellô escreveu uma cartinha com as mesmas palavras de Paulo acima, para uma amiga e também irmã de fé, de nome Joana, que residia em Manaus; ela também era obreira bíblica, mas na época, estava afastada por doença.

Bem, chegando em Manaus, eu dei entrada num hotel e, em seguida, fui visitar a Joana. Mesmo na condição em que se achava, de cama, de repouso absoluto, ela me recebeu com muito carinho, juntamente com seu esposo e filho adolescente e insistiram para que eu ficasse com eles. 

O esposo dela me levou ao Hotel, dei baixa e fui para casa deles, onde fiquei por uma semana. O menino me serviu de guia em vários passeios pela cidade e redondezas. Tive naquela casa um tratamento de família cristã, com muita hospitalidade e verdadeiro amor, que jamais esquecerei. Em pouco tempo, Deus a levou. Alguns anos depois, levou também a Hellô. Saudade delas!

Com Jesus, tudo se transforma: de escravo, Onésimo passa a ser irmão de Filemom e, eu de estranha, me tornei membro da família da Joana.

Pela criação, temos todos uma só origem, o Pai Celestial, e,  pela redenção em Cristo, nos reconciliamos com o Pai, e com isto, reatamos nossa fraternidade. Somos todos irmãos.    












terça-feira, 29 de janeiro de 2013

JESUS E A VIDEIRA

Escrito em 03/09/2012

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)

Sinto uma atração especial pelo Evangelho de João, porque parece que ele consegue transmitir com mais sensibilidade os temas subjetivos da mensagem de Jesus, aqueles em que Jesus fala de coração a coração.

Jesus gostava de falar por parábolas, utilizando imagens do cotidiano do povo e assim Se fazia compreender. No presente texto, Ele utiliza a figura da videira.

Para que uma videira produza uvas, é necessário o desenvolvimento normal da planta, que ela esteja num solo favorável, receba a quantidade adequada de raios solares, seja regada, suas raízes se firmem na terra, o tronco cresça e os ramos se espalhem, todavia permanecendo conectados ao tronco, de modo a receber a seiva que a videira tira do solo e daí, no devido tempo, ela frutificará.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com

Ele Se compara com a videira e os seus discípulos com os ramos. Ele é o originador da produção e os discípulos completam a produção; por meio destes é que a videira produz os belos e saborosos cachos de uvas.

Jesus enfatiza que aquele que permanece nEle, como o ramo preso à videira, dá muito fruto. Com isto, Ele está dizendo também que Ele é uma videira de excelente qualidade, já que os seus ramos produzem em grande quantidade e acredito também com qualidade, considerando a sua origem.

Salientemos agora a condição para produzir os frutos: “quem permanecer em mim e eu nele”. Como permanecer conectado em Jesus e Ele em nós?

Prosseguindo no texto, veremos que Ele aborda como podemos permanecer nEle: alimentando-nos com a Sua Palavra, buscando o Seu amor, guardando os Seus Mandamentos, que é a expressão do Seu amor e do Seu caráter santo. Ele enfatiza que devemos amar uns aos outros como Ele nos ama.

E como Ele permanece em nós? Assim como a videira conduz a seiva que a permite frutificar, assim também o Espírito Santo, que Ele nos concede e que habita em nós.

O versículo de hoje esclarece que sem Jesus nada podemos fazer. É impossível que um ramo dê fruto se estiver cortado da videira. Assim, precisamos viver em comunhão com Jesus para podermos testemunhar do Seu amor – este é o saboroso fruto que Ele propicia e espera de nós. Por preceito e exemplo demonstramos a nossa conexão com Jesus.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A CONVERSÃO DO PERVERSO

Escrito em 02/09/2012

“Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que havíeis de morrer, ó casa de Israel? (Ezequiel 33:11)

A palavra “perverso” é chocante, porque expressa a qualidade daquele que tem malíssima índole, que é muito mal, malvado (Novo Dicionário Aurélio). O perverso então é o sujeito capaz de cometer as piores atrocidades e é deste tipo de pessoas que Deus está falando. Então, Deus está sempre preocupado em dar uma nova chance para quem dEle se afastou, por piores que tenham sido seus atos de maldade.

A oportunidade dada por Deus implica numa mudança de rumo, de modo que o perverso deve corrigir os maus atos cometidos, claro, na medida da possibilidade de reversão; por exemplo, não é possível devolver a vida a quem matou, mas é possível pagar o furtado. Além de tudo, o convertido deverá abandonar a prática do mal e passar a andar de acordo com os Mandamentos de Deus, a pautar a sua vida pelo amor, seguindo os passos de Jesus.

Uma das histórias mais interessantes sobre a experiência de conversão é a de Zaqueu, que era o maioral dos publicanos e rico, segundo o relato bíblico de Lucas 19:1-10.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com

Atravessava Jesus a cidade de Jericó e Zaqueu sentiu um enorme desejo de vê-Lo de perto. Como era grande a multidão que acompanhava Jesus e Zaqueu era de pequena estatura, ele correu à frente e subiu numa árvore para ver Jesus e, para sua surpresa, Jesus parou debaixo dela e lhe disse para descer depressa, que Ele pousaria na casa dele (Zaqueu).

Imagine uma cena dessas! Zaqueu desceu e recebeu Jesus com alegria em sua casa. E o resultado? A conversão, que levou-o a doar metade dos seus bens aos pobres e a devolver quatro vezes mais àqueles a quem havia defraudado.

Quando o Senhor diz que não tem prazer na morte do perverso, presumo que Se refira à segunda morte, aquela que define a condenação final, a perda da vida eterna.

Deus quer que tenhamos vida e vida em abundância, de preferência, já desfrutando desta bênção nesta vida, porque, vivendo na presença de Deus, em comunhão contínua com Ele, seguindo Seu exemplo de amor, podemos como que antecipar alguns aspectos da vida eterna.

O amor de Deus por suas criaturas supera as nossas humanas expectativas. Quando Jesus decidiu pousar na casa de Zaqueu, muitos que O acompanhavam murmuraram contra Ele. No entanto, houve salvação na casa do perverso.


domingo, 27 de janeiro de 2013

A CASA DE DEUS EM RUÍNAS

Escrito em 01/09/2012

“Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? – diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos.” (Ageu 1:9 e 10)

Fonte: http://content-portal.istoe.com.br/

Ontem conversamos sobre a Reverência. Hoje veremos como Deus dá importância à Sua casa, ou seja, ao templo onde Seu povo se reúne para o encontro com Ele.

O texto de hoje faz parte da advertência dada ao povo de Judá, ao governador Zorobabel e a Josué, o sumo sacerdote, por meio do profeta Ageu, no segundo ano do rei Dario, já no período de dominação da Medo-Pérsia.

Lembrando o contexto histórico, o maravilhoso templo que Salomão construíra havia sido destruído na invasão babilônica. Por 70 anos o povo judeu ficara cativo em Babilônia, no tempo do rei Nabucodonosor e de seus descendentes e sucessores até a tomada do reino pela Medo-Pérsia.

Importante destacar que os judeus tinham retornado a Jerusalém e cada um se preocupava em reconstruir suas próprias casas – o que era totalmente legítimo, mas o tempo passava e nada de se investir esforços na reconstrução do templo. Deus fizera vir a seca, a baixa produtividade da terra e ninguém as associava com o desinteresse pela casa de Deus. Foi necessário que Deus Se manifestasse aberta e objetivamente, conforme os versículos escolhidos para hoje. Somente então, eles partiram para a reconstrução do templo.

O que isto tem a ver conosco hoje?

A meu ver, a situação se repete, pois muitas vezes, a Casa de Deus fica em total descaso, enquanto nos preocupamos em habitar em casas cada vez melhores, com maior conforto. Queremos o melhor carro; de preferência, trocar a cada ano, sempre com um ZERO km. Procuramos dar aos nossos filhos o que pensamos ser a melhor escola, as roupas de marca, a tecnologia informática de ponta, os passeios de férias, entre outras coisas. Tudo justo, naturalmente, mas não podemos deixar de priorizar as necessidades espirituais, que incluem o lugar de culto e adoração a Deus.

Assim, os verdadeiros filhos de Deus se engajam da forma como podem, na doação de tempo, talento e dinheiro para construir a Casa de Deus ou para torná-la um local mais compatível com o nome do Senhor, onde o Evangelho da Salvação em Cristo Jesus possa ser pregado e levar mais e mais pessoas a conhecê-Lo, amá-Lo e serví-Lo. 
     


sábado, 26 de janeiro de 2013

REVERÊNCIA A DEUS

Escrito em 31/08/2012

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6:1-3)

A Reverência a Deus sempre foi um assunto de extrema importância e muito mais em nossos dias, quando tem havido uma inversão de valores e a  irreverência tem sido enaltecida, como se pode ver na mídia televisiva. 

Quando o profeta Isaías teve a visão de Deus em Seu trono, descrita nos versículos de hoje, ele achou que iria morrer: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” Mas neste momento, veio um serafim, tocou-lhe a boca com uma brasa viva do altar de Deus e assim foi tirada a sua iniquidade e perdoado o seu pecado.

Quando entramos numa catedral, o ambiente solene e imponente nos constrange ao silêncio e a uma atitude de oração, porém nos sentimos mais à vontade numa igreja mais humilde e com isto, muitas vezes, acabamos por perder o sentido da reverência, conversamos com os amigos, rimos, como se estivéssemos num encontro social.

Reverência significa respeito às coisas sagradas, acatamento, veneração, devendo se traduzir numa atitude prática de honra e adoração a Deus. Assim, a Igreja, independente de ser uma suntuosa catedral ou uma humilde capela, é um local onde vamos encontrar com Deus de uma forma especial, porque, na verdade, Ele é onipresente e, portanto, está em todo lugar.

Embora “Igreja” signifique principalmente a reunião de pessoas com o intuito de adoração a Deus, usaremos hoje o termo para designar o “templo”.

Assim, a Igreja é um lugar onde vamos para cultuar a Deus, para adorá-Lo na beleza de Sua santidade, para uma melhor comunhão com Ele, para buscá-Lo de todo coração. É um lugar de encontro da criatura com o seu Criador, do redimido com o seu Redentor, do mantido com o seu Mantenedor; ali devemos demonstrar-Lhe nossa gratidão por tudo o que Ele fez e continua fazendo por nós, por todas as bênçãos que nos concede, sejam espirituais ou materiais.

A Igreja é um local onde devemos manter a reverência, mas não precisamos nos sentir tolhidos, não é isto que Deus quer; ali nós podemos ser espontâneos na nossa adoração, abrir o nosso coração a Ele, levar-Lhe nossos pedidos e nossa homenagem de gratidão. Devemos evitar a conversa frívola, os assuntos que desviam a nossa mente do objetivo principal da comunhão e da adoração.

Já ouvi muita gente dizer: “não preciso ir à Igreja para encontrar com Deus”, mas Deus fica feliz de ver o Seu povo reunido, louvando e bendizendo o Seu nome em assembléia. Da parte humana, congregar com os irmãos é algo que faz bem e edifica a fé.

A Palavra de Deus diz: “Não abandoneis a vossa congregação como é costume de alguns.” 

Até no período em que o povo de Deus viajava pelo deserto, indo do Egito para a Terra Prometida, Deus orientou a Moisés a construir um tabernáculo, que apesar de ser montável e desmontável, tinha uma estrutura toda especial, que foi especificada por Deus e foram escolhidos homens talentosos para a sua construção. O serviço sagrado ali realizado foi também todo orientado por Deus e requeria uma total reverência. Ali eram oferecidos os sacrifícios que simbolizavam a morte de Jesus pela redenção do homem, que aconteceria no futuro.

Bem, de minha parte, amo ir à Igreja, congregar com os meus irmãos na fé, estudar em grupo a Palavra de Deus, discutir os assuntos doutrinários mais complexos, trocar experiências de fé e evangelismo, orar, louvar e bendizer o nome de Deus. Tudo isto edifica a Igreja, que somos nós, o povo de Deus, como dito mais acima.

Fonte: http://adventismoemfoco.files.wordpress.com/2009/07/igreja-central-de-vitoria

Apesar de não cantar bem, amo cantar em congregação:

“Ó, vem, vem, vem, vem, vem à Igreja comigo, louvar e adorar ao Senhor! Oh, quão bom é estarmos unidos pelos laços fraternos do amor!” (Hino 507 do HA)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

DAVI E ABIGAIL

Escrito em 30/08/2012

“Então, Davi disse a Abigail: Bendito o Senhor, Deus de Israel, que, hoje, te enviou ao meu encontro. Bendita seja tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse.” (1 Samuel 25:32 e 33)

Deus já havia rejeitado a Saul como rei de Israel e escolhera Davi para substituí-lo, mas Saul não aceitava e perseguia Davi. O povo sabia disso. Neste contexto, ocorre um episódio interessante, narrado em 1 Samuel 25.

Estava Davi no deserto, próximo ao Carmelo, com 600 homens de guerra e faltou-lhes provisão de alimentos. Então, ele envia 10 de seus homens para pedir alimentos a Nabal, que possuía um imenso rebanho de ovelhas e cabras naquela região. Note-se que em várias ocasiões Davi e seus homens haviam ajudado os pastores, protegendo-os bem como aos rebanhos de Nabal. Este era um “homem duro e maligno em todo o seu trato” e imediatamente respondeu com grosseria, desconsiderou todo o bem que recebera de Davi e mandou de volta, de mãos vazias, os enviados de Davi. 

Davi sai para a vingança com 400 homens armados com espadas. Neste intervalo, um dos homens de Nabal, discretamente, vai até Abigail, esposa deste e pede a sua intervenção, porque ela era uma mulher sensata.

Fonte: http://www.jw.org/assets/l/my/my_T/60.jpg

Abigail age rapidamente, separa uma grande provisão de alimentos e, sem dizer nada a Nabal, sai ao encontro de Davi. Ao encontrá-lo, Abigail se comporta como uma verdadeira embaixatriz: com habilidade e sabedoria, consegue fazer Davi desistir da intenção de vingança e aceitar os alimentos. Passados 10 dias, Nabal adoece e morre. Davi sendo informado de sua morte, procura Abigail e se casa com ela.

Quero ressaltar aqui o papel daquele pastor de ovelhas, que percebeu a criticidade do momento e buscou ajuda de Abigail e o papel dela que agiu prontamente para salvar a sua casa, que se compunha de muitas famílias.

Davi, por sua vez, fica muito grato, bendiz ao Senhor por ter-lhe enviado  Abigail e a ela, porque o impedira de fazer vingança com as próprias mãos, como diz o texto escolhido para hoje.

Além de tudo, Deus Se vingou por Davi e ainda proveu-lhe uma esposa maravilhosa – Abigail, que, além de sensata, era formosa.

Muitas vezes em nossa vida, agimos como Nabal ou como Davi pretendia na ocasião. Devemos entretanto, principalmente nas horas difíceis, buscar a sabedoria de Deus, que proverá a melhor solução para os problemas. Ele é o dono da vida, sabe o melhor para nós e nos ama com amor eterno.  

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

E A MINHA VINHA?

Escrito em 29/08/2012

“Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas? [...] Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do Senhor; este desejou que exercessem juízo, e eis aí quebrantamento da lei; justiça, e eis aí clamor.” (Isaías 5:4 e 7)

O texto de hoje revela o sofrimento, a dor e o lamento de Deus diante da resposta negativa de Israel e dos filhos de Judá ao empenho dEle no Plano da Redenção.

O profeta Isaías ilustra o fato acima com a parábola de um agricultor que investiu todos os esforços possíveis para fazer a sua vinha produzir uvas boas, mas o resultado foi nulo.

Eu associei esta parábola com algumas reportagens que mostram agricultores arrasados, devido a todo um esforço perdido com a sua plantação, por algum imprevisto, como uma nevasca, um temporal que sempre ocorrem no Sul ou como a seca no Nordeste do Brasil.

Fonte:http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/01/11/uvassecas620x465.jpg

No entanto, na situação retratada pela parábola, não houve nenhuma catástrofe que motivasse a não produtividade da vinha; todos os cuidados necessários ao seu florescimento foram tomados. O proprietário fez de tudo para que ela desse uvas boas e ela deu uvas más. Ele teve de mudar os seus propósitos com aquela terra.

O Senhor sente uma enorme tristeza pela rejeição da salvação por parte de Seus filhos. Ele chegou ao máximo do que podia ser feito: enviou o Seu próprio filho, o Unigênito, para viver entre os homens, transmitir-lhes o Amor divino, a ponto de morrer numa rude cruz para propiciar-lhes a salvação. E o que aconteceu? Israel, a vinha do Senhor, não produziu os frutos de justiça esperados por Ele.

Deus providenciou uma mudança nos planos para que o Evangelho das Boas Novas fosse levado ao restante do mundo; hoje, a maior parte do mundo já recebeu a mensagem da salvação em Cristo Jesus.

Mas a rejeição da salvação se limita a Israel, o povo escolhido para ser luz do mundo? Infelizmente não! A história se repete no nosso vasto planeta.

Agora pensemos num contexto mais próximo, chegando ao âmbito da família. A gente tem os filhos, luta com todas as forças do nosso ser para educá-los no temor do Senhor, investe neles todo um aporte espiritual e eles optam por um caminho estranho ao projetado e esperado. É de doer o coração! Dói tanto que parece que vai estourar no peito.

O agricultor frustrado da parábola teve de se conformar em transformar a sua vinha em pasto, mas ele sofreu e lamentou. Assim também Deus: sofre, lamenta e chora pela rejeição dos filhos amados. 

Mas ... Vamos ser otimistas e concluir com a mensagem do filho pródigo: o Pai, que, nesta parábola, representa Deus, espera dia após dia, até que, de longe, vê o filho que volta, corre ao seu encontro, abraça-o e depois dá uma festa.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A GRAÇA EDIFICA

Escrito em 28/08/2012

“Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.” (1 Pedro 5:10)

Olhando para trás na minha jornada espiritual, vejo o quanto é verdade a operação da graça de Deus a meu favor. Ainda na minha juventude, tive oportunidade de conhecer a Palavra de Deus, recebi a Luz da Verdade revelada no Evangelho da Salvação em Cristo Jesus. Desde então, optei por seguir a Jesus, porque Ele me convida para Sua glória eterna.

Jesus Cristo convida a cada de nós para o Seu reino, para participar da Sua glória, glória que se expressa em termos de bondade e misericórdia; Ele tem prazer na salvação do homem; Ele nos dirige a graça benfazeja de Deus Pai e a comunica através do Espírito Santo. Por meio desta graça, somos atraídos a Jesus.

O versículo de hoje menciona o sofrimento e todos nós humanos somos sujeitos ao sofrimento, porque estamos vivendo num mundo em que reina o pecado e as consequências deste deságuam sempre em sofrimento e provações, mas Jesus prometeu que não permitiria provações que não pudéssemos suportar.

Ao final do versículo, Pedro traz a enriquecedora mensagem do que Jesus faz por nós, com 4 verbos de ação: aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.

Fonte: http://4.bp.blogspot.com
·         Aperfeiçoar – ação ou processo de tornar perfeito algo que se acha em estado de imperfeição, de debilidade, de fraqueza, de defeito. Somente Jesus em figura humana atingiu a perfeição plena, mas em comunhão com Ele, contemplando-O diariamente, mirando no Seu exemplo, nós podemos alcançar níveis de perfeição cada vez mais próximos dEle, com expectativa de plenitude na eternidade;

·         Firmar – ação de tornar firme aquilo que está frouxo, bambo, folgado. Sim. Quando conhecemos a Jesus, trazemos a característica de insegurança, de instabilidade, de indefinição no que concerne ao perfil cristão. Então, Ele vai operando gradativamente em nossa vida, no sentido de firmar os nossos passos no caminho eterno;

·         Fortificar - Depois que Ele nos coloca no prumo, aí então Ele começa a trabalhar conosco no sentido de nos tornar mais fortes, Ele nos fortifica; como uma árvore depois que firma sua raiz no solo, começa a se estruturar no tronco e depois na ramagem, tornando-se mais forte para suportar as intempéries. Assim também acontece conosco na carreira cristã;

·         Fundamentar – Quando começamos a conhecer a Palavra de Deus, nos alimentamos do leitinho espiritual, como o bebê recém nascido; à medida que crescemos, já conseguimos tomar um suco, uma vitamina, uma sopinha até chegar no alimento sólido. É assim mesmo que acontece no nosso crescimento espiritual, cada dia vamos nos aprofundando e avançando no conhecimento e na graça. Às vezes, a gente descobre, depois de muito ler um texto, o sentido real dele, a mensagem que ele contém para nos transformar em pessoas mais semelhantes a Jesus. Ele opera em nós a fundamentação.

Deus tem um Plano para nós, mas é necessário que acatemos o Seu plano e permitamos que Ele opere em nós, por meio de Sua graça edificadora.
       

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

PODEROSO PARA SALVAR

Escrito em 27/08/2012

“O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” (Sofonias 3:17)

Esta é uma promessa de resgate feita por Deus a Jerusalém, por intermédio do profeta Sofonias, mas de uma abrangência e atualidade confortadoras. 

Estamos vivendo no tempo do fim, tempo este em que a iniquidade assola a Terra, tempo de muito sofrimento e dor, mas Deus não desanima de Seu povo e reitera Seu convite e Seu apelo, dando-lhe oportunidade de salvação.

O Senhor nosso Deus está no nosso meio, no nosso ambiente, circulando entre nós, evidenciando, por meio de muitos sinais, que é tempo de termos uma real experiência de conversão, porque o fim se aproxima. Ele nos ama e está ansioso para ter os Seus filhos reunidos debaixo de Suas asas, como Jesus disse do alto de Jerusalém um pouco antes de Sua morte: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23:37)

O Senhor é poderoso para nos salvar. O Plano da Redenção, tema central da Bíblia Sagrada, já foi realizado em sua maior parte; há quase 2.000 anos, Jesus foi sacrificado e morto na cruz do Calvário, ressuscitou, subiu aos céus, onde oficia como sumo-sacerdote, intercedendo por nós perante o Juiz de toda a Terra, no Juízo que se acha em processo. Concedeu-nos o Espírito Santo, para nos consolar, nos ensinar e nos levar à conversão. Prometeu que virá nos buscar. Ele tem feito a parte que Lhe compete neste Plano e o Seu poder para nos salvar está patente aos nossos olhos, porém muitos de nós desviamos o olhar para não vê-Lo, tapamos os ouvidos para não ouví-Lo, porque estamos apegados a algumas coisas efêmeras deste mundo.


Se aceitarmos a Jesus, Ele Se deleitará em nós com alegria.

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Este é um quadro que gosto de contemplar: o gostoso e amoroso abraço de Jesus, quando O aceitamos definitivamente como nosso Salvador e Senhor de nossas vidas pelo Batismo e passamos a viver em novidade de vida com Ele. Ele voltará em breve para nos buscar e terá grande alegria em conviver conosco por toda a eternidade.

Pelo versículo de hoje Jesus também promete nos renovar no Seu amor. Esta promessa se aplica ao tempo de nossa aceitação dEle, se perpetua durante a nossa carreira da vida cristã, pela atuação do Espírito Santo, adentrará e perdurará por toda a eternidade com Ele.

O regozijo é uma palavra com o mesmo conteúdo semântico da palavra alegria, porém de maior intensidade. Observe que o profeta diz ainda “regozijo com júbilo”, expressando assim com outro termo que denota uma alegria em grau mais intenso ainda.

Enfim, o nosso vocabulário é pobre para expressar o tamanho da alegria de Deus pela nossa conversão, dá apenas uma pálida ideia. O que mais importa é que Ele quer ter esta experiência de amor com cada um de nós.

E você quer ser acolhido no amor, alegria, rejozijo e júbilo de Jesus?            




domingo, 20 de janeiro de 2013

DE ONDE ME VIRÁ O SOCORRO?

Escrito em 26/08/2012

“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.” (Salmos 121:1 e 2)

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A proteção divina é o contexto do Salmo 121; o salmista desenha o perfil do Senhor como um competente agente de segurança, que cuida de nós com todo zelo, não permitindo que nenhum mal nos atinja. Ele é o “guarda de Israel”, um guarda que não dorme no posto de serviço.

Como disse em outras oportunidades, gosto muito de viajar e agora que estou aposentada e a família distante, tenho viajado sempre. Às vezes, faço o trecho Vitória-ES x Cel. Fabriciano-MG e vice-versa, pela BR 262. A maior parte da estrada se situa entre montanhas, permitindo a vista de paisagens maravilhosas, mas o mais encantador são os montes adornados de Ipês; numa época, florescem mais os roxos; noutra época, os amarelos. É uma estrada muito perigosa; diariamente ocorrem acidentes feios, muitos fatais. Então, nessas viagens, sempre me lembro deste salmo por dois motivos: pelos montes e pela proteção que vem do Senhor.

É muito confortador para o cristão o conhecimento do cuidado do Senhor para conosco e mais ainda: a paz que dele resulta. O nosso Deus Se preocupa conosco, quer o nosso bem e por isto se coloca na posição de guarda ao nosso lado, durante todo o tempo.

O mais interessante é que o Guarda de Israel não dorme, nem dormita, ou seja, não tira um cochilo de vez em quando, como fazem os guardas humanos. Ele tem uma saúde especial, que Lhe permite o plantão contínuo.
Além disto, dispõe de uma legião de seres celestes, os anjos que também envia para nossa proteção.

Concede-nos ainda o Espírito Santo, que nos guia, nos orienta nos momentos de tomada de decisões, dando sabedoria, discernimento, raciocínio para agir rapidamente em situações críticas, sensibilidade e solidariedade para acudir a necessidade de outras pessoas.

Eu estava visitando a minha amiga Hellô, obreira bíblica do Hospital Adventista de Belém-PA (hoje falecida), e, num certo dia, fui acompanhá-la nas atividades de capelania. Então, uma da coisas que me recordo que ela fez naquele dia foi um cartaz lindo, exatamente com este Salmo e pôs no corredor dos apartamentos do hospital. Por quê? Porque num hospital, mais do que em qualquer outro lugar, os pacientes internados e familiares buscam o socorro que vem do Senhor. Ela mesma representava o apoio que vinha de cima, levando conforto espiritual; em poucos anos, levou ao batismo mais de 750 pessoas entre pacientes e familiares.

Sempre que precisarmos, olhemos para os “montes”, ainda que não haja nenhum por perto, na certeza de que do Alto nos virá o socorro.