Escrito em 26/06/2012
“Tende em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de
Deus, não julgou por usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e;
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até
a morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8)
Vimos na publicação anterior que “Jesus é o nosso redentor” e
hoje verificaremos como Ele Se sacrificou para efetivar o Plano da Redenção do
homem. No texto acima, o apóstolo Paulo nos incentiva a imitar Jesus no caráter
e na personalidade.
Embora a tradução use a palavra “sentimento”, o original
grego dá mais ideia de “disposição mental direcionada para determinado foco;
determinação”.
Assim, Paulo sugere focarmos na verdadeira disposição mental
de Jesus, que, embora sendo Deus, abriu mão de Sua majestade, de Sua condição
divina e assumiu a posição de servo, dando exemplo de humildade, de total disposição
para servir e de perfeita obediência ao Pai, com o intuito de redimir a raça
humana, que deixara de obedecer a Deus, para seguir os ditames de Satanás.
Jesus subsistia em forma de Deus, ou seja, Jesus é Deus, tão
divino e eterno quanto Deus Pai e o Espírito Santo. Embora na própria Bíblia
Ele seja algumas vezes denominado Filho de Deus e Filho do Homem, entendo que foi
para tornar mais fácil a Sua relação com o ser humano. Para a nossa mente
finita, a ideia de paternidade traz uma concretude mais compreensível de Deus.
Ele é Emanuel - Deus conosco.
Na concepção de Jesus em forma humana, dois importantes
elementos, o divino e o humano se encontraram, pois ele foi concebido pelo
Espírito Santo, utilizando o corpo de Maria, uma mulher virgem, pura e digna, escolhida
por Deus, para ser a Sua mãe na Terra. Assim, Ele é, ao mesmo tempo, o Filho de
Deus e o Filho do Homem.
Ser Deus era inerente a Jesus, não uma usurpação, ou seja,
não se tratava de um “apoderamento insólito, em proveito próprio, por meio de
força, fraude ou outro artifício, de uma coisa, de um título, de um direito, ou
de uma dignidade pertencente a outrem” (Dicionário Michaelis,1998).
Mesmo sendo Deus, Jesus se esvaziou; em outras palavras,
deixou de lado todo o Seu poder, Sua majestade, Sua realeza, que ficaram
latentes em Sua pessoa, enquanto executava a parte prática do Plano da Redenção,
aqui na Terra. Jamais utilizou Seu poder em benefício próprio.
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Fonte: 2.bp.blogspot.com |
Jesus assumiu a forma de Servo, em figura humana;
espontaneamente Se humilhou e obedeceu até a morte. Várias vezes no Seu
ministério terrestre, Ele se colocava na posição de servo, de escravo, por
exemplo no “Lava pés”.
Naquela época, os viajantes chegavam ao destino com os
pés empoeirados, cansados e os escravos do anfitrião lavavam os pés dos
visitantes. Isto era uma demonstração de boa receptividade.
Poucas são as pessoas que gostam de servir; a maioria gosta de
mandar, administrar ou ser servida. No entanto, Jesus não apenas falou que
devemos servir, mas toda Sua vida foi exemplo de perfeito serviço.
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