“Todos comeram de um só manjar espiritual e
beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os
seguia. E a pedra era Cristo.” (1 Coríntios 10:3 e 4)
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Alguns cristãos modernos alegam
que o Velho Testamento não tem mais validade para os cristãos de hoje.
Infelizmente eles revelam uma visão unilateral do Evangelho, considerando que o
Velho Testamento é básico para o entendimento do Novo.
O que ocorre é aqueles
cristãos desprezam um sistema de sacrifícios e ofertas que era praticado no
Santuário Terrestre, nos tempos do Velho Testamento, que, de fato, deixa de ter
valor após a morte sacrifical de Jesus, mas que ainda tem sua importância
teológica e histórica, pois aquele sistema lança luz para o entendimento do Plano
da Redenção, do Velho e do Novo Concerto.
Estamos vivendo na vigência do
Novo Concerto, desde que Jesus consumou a oferta de Si mesmo na cruz do
Calvário. O sacrifício de animais praticado no Velho Concerto era figurativo do
sacrifício que Jesus faria. Aquele sistema colocava diante dos olhos do povo de
Deus, em todo o tempo, o futuro sacrifício do Messias, do Salvador que viria. Enquanto
sacrificava uma ovelha, o hebreu enxergava ou “devia” enxergar Jesus, “o
Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”, como o fez João Batista,
quando viu Jesus.
Na verdade, durante todo
aquele tempo do Velho Testamento, Jesus estava presente entre eles, como diz a
mensagem de hoje. O apóstolo Paulo esclarece esta realidade nesses versos.
Naturalmente, Cristo ainda não estava revestido da pele humana, o que só aconteceria
por ocasião da Sua primeira vinda, quando foi concebido pelo Espírito Santo e
desenvolvido no corpo da virgem Maria. Mas estava presente em espírito. Em
algumas situações, se manifestava em forma de anjo, ou em semelhança humana. Desde
os tempos eternos, Jesus é Deus, e portanto, onipresente.
Na viagem do Egito para a
Terra Prometida, enquanto no deserto, Ele estava presente durante o dia na
nuvem que pairava sobre o acampamento e na jornada, protegendo o Seu povo do
calor escaldante do deserto, bem como na coluna de fogo que ia à frente, à
noite, para aquecer do frio intenso e das feras.
Eles comiam o maná, o pão do
céu, que caía a cada dia, exceto aos sábados; na sexta-feira, era dado em
dobro, para que tivessem o alimento no sábado, mas o verdadeiro pão que
desceria do céu seria Jesus; Ele mesmo falou isto mais tarde.
Eles bebiam da fonte da água
que jorrava da pedra, conforme Deus orientava a Moisés que fizesse. A pedra era
também figura de Cristo.
Assim, o maná, o pão sem
fermento comido na Páscoa, o cordeiro do sacrifício diário, o cordeiro pascal, aquela
pedra jorrando a água que os dessedentava – todos esses eram símbolos de Jesus.
Eles deveriam se lembrar sempre dessas coisas.
Como naqueles idos do Antigo
Testamento, no regime do Velho Concerto, Jesus continua presente entre nós, já
sob o Novo Concerto, caminhando ao nosso lado, nesta jornada rumo à Canaã
Celestial. Ele não nos abandona. Nós é que, às vezes, nos esquecemos dEle e O
deixamos à margem do caminho, desprezamos o pão e a água da vida, que podem
garantir o galardão da vida eterna.
Podemos dizer que tanto o povo
judeu, como nós hoje, muitas vezes, nos esquecemos de Jesus e do concerto feito
conosco, mas o nosso coração e mente deveriam estar sempre conectados com Ele, numa
vida de comunhão com Ele e podermos desfrutar da Sua companhia por toda a
eternidade. Não precisamos ficar com fome nem com sede.
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