sábado, 19 de outubro de 2013

JUSTIÇA E EQUIDADE

Escrito em 26/09/2012

“Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre e: cetro de equidade é o cetro do seu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.” (Hebreus 1:8 e 9)

Inicialmente é bom esclarecer que este texto envolve 3 pessoas: o narrador, o autor da carta aos Hebreus (provavelmente, Paulo) que fala de Alguém (Deus Pai) que, por Sua vez, fala de uma Outra Pessoa (Jesus).

O contexto é do envolvimento de Cristo na criação, Sua concepção como Filho do Homem, sendo ao mesmo tempo Filho de Deus e mais: um paralelo entre Jesus e os anjos, colocando Jesus em posição superior, sendo adorado pelos anjos.

O versículo em pauta evidencia a pessoa de Jesus como Filho, mas também como Deus e Rei, que se assenta no trono real.

Para nossa mente finita, é complexa a compreensão da capacidade de Jesus participar da Criação como Deus, depois Se encarnar na forma humana, para morrer em nosso lugar, fazendo a propiciação pelos nossos pecados. Posteriormente, ressuscitar e voltar à condição divina, embora conservando a forma humana. Assim, Ele sempre teve uma natureza divina, à qual, foi associada uma natureza humana. Isto é tema de vários livros e teses; mas somente aceitando a natureza amorosa de Deus, é que se torna possível tal compreensão.

Gostaria entretanto de destacar hoje dois atributos de Jesus: Justiça e Equidade; aliás, dois princípios que devem nortear a atividade jurídica.

Fonte: http://api.ning.com/files

A justiça é algo tão sublime que considero até pretensiosa a expressão, quando falamos de sua aplicação nas ações judiciais, em função das limitações do processo, principalmente no que concerne às provas trazidas para os autos.

A Justiça divina no entanto, é plena e real, pois Deus é onisciente, onipotente e onipresente; não depende de nenhum ser humano para conhecer a Verdade. Além disto, a Lei, a norma levada em consideração para o exercício da justiça é também de Sua autoria.

A equidade é outro termo muito utilizado pelos operadores do direito, inclusive objeto de muitas discussões doutrinárias, com o nome sofisticado de Princípio da Isonomia, mais simplesmente, da igualdade, interpretada por muitos como relativa.

O princípio da equidade em Deus, como a justiça, é pleno e real. Diante dEle, somos realmente iguais, nos oferece oportunidades iguais, deu o Seu Filho Unigênito para salvação de todos, não importa a nossa condição racial, social, cultural ou qualquer outra.

Jesus é a referência perfeita de justiça e equidade.

Ele ama a justiça e odeia a iniquidade. Embora odeie o pecado, Ele ama o pecador e oferece-lhe o perdão e a vida, e vida em abundância, na eternidade.
Enquanto na Terra, estamos sujeitos ao pecado, mas Jesus viveu sem pecado e nos substituiu com Seu sacrifício expiatório, todo eficaz, que nos permite ser justificados diante de Deus; por isto, Ele é a nossa justiça.

Jesus, enquanto esteve aqui na terra, em forma humana, permeava suas ações pelo princípio da equidade. A todos demonstrava igual consideração. Dirigia Sua atenção e Seu amor indistintamente.

O Seu cetro de equidade Ele estende para nós, liberando nosso acesso ao Seu reino, de forma igual para todos.

Que possamos aceitar a justiça e equidade de Jesus e tê-las como referência enquanto vivemos na Terra, procurando praticá-las nos nossos relacionamentos.




domingo, 13 de outubro de 2013

COISAS ENCOBERTAS X COISAS REVELADAS

Escrito em 07/12/2012

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Deuteronômio 29:29)

Fonte: http://1.bp.blogspot.com

O contexto aqui é do final da missão de Moisés de conduzir o povo hebreu do Egito, onde estivera cativo, à Terra Prometida. Haviam se passado 40 anos e já avistavam a terra que habitariam. Deus, por meio de Moisés, faz uma nova aliança com o povo, que incluiria também as futuras gerações, de modo que seriam ricamente abençoados, se cumprissem a aliança; do contrário, viriam maldições.

O capítulo 29 faz uma breve síntese do que acontecera durante os 40 anos, evidenciando a proteção do Senhor e alertando sobre a influência negativa que as nações vizinhas exerceriam sobre o povo hebreu, principalmente no aspecto da idolatria e a importância de se manter fiel a Deus e à Sua Lei.

A obediência atrairia bênçãos e com isto o povo estaria testemunhando do Deus verdadeiro, criador do céu e da terra e de tudo que neles existe. A desobediência atrairia maldições sobre toda a nação.

O Senhor jamais deixou o Seu povo em ignorância; em todos os tempos, ao longo da História do povo de Israel, escolhia líderes e profetas, que conduziam o povo e lhes traziam as mensagens necessárias à vida presente e futura.

 O Senhor revela ao Seu povo em todas as eras o Plano da Redenção e seus consequentes desdobramentos, à medida em que se desenrola e permite visualizar o futuro, de acordo com a necessidade de uma preparação, o que se pode constatar pela História.

Estudando a Bíblia Sagrada, do Gênesis ao Apocalipse, temos a revelação do conflito entre Cristo e Satanás e suas consequências até o fim dos tempos.

Ela também nos revela o velho e o novo concerto, que visam à reconciliação do homem com Deus, demonstrando todo o esforço despendido pela Divindade, incluindo Deus Pai, o Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo, cada um atuando na sua esfera de ação.

As Escrituras Sagradas não revelam tudo sobre a Divindade, por exemplo, a eternidade de Deus, é um mistério encoberto, não revelado. 

Elas também não revelam com exatidão a data da volta de Jesus, embora apresentem os sinais da sua proximidade, porém as profecias de tempo nos permitem checar a veracidade da intervenção divina na vida humana, através da verificação do cumprimento dos eventos ocorridos de acordo com os profetizados e assim por diante.

Meu marido tem dedicado toda a sua vida ao estudo das profecias de tempo, principalmente as de Daniel e tem constatado pela História, valendo-se de tabletes babilônicos, da época de Nabucodonosor, disponíveis no Museu Britânico, por exemplo, associando os fatos narrados nos tabletes com fenômenos da Astronomia, como por exemplo, os eclipses, além da análise dos diversos calendários e sua compatibilidade. É um estudo complexo, porém possível de ser assimilado por aqueles que se interessam realmente em conhecer a Verdade. Como ele diz sempre: “temos de dar a razão da nossa fé.” 

Ele tem me mostrado em várias oportunidades diversos programas informatizados de Astronomia, que permitem verificar detalhes do cumprimento das profecias até em nível de hora. Então eu disse a ele: considerando a ênfase dada pela Bíblia às Leis fixas do sol, da lua e das estrelas (Jeremias 31:31-37; 33:14-21 e 25), no contexto do cumprimento profético relativo ao Novo Concerto, as Faculdades de Teologia deveriam incluir na grade curricular, a disciplina de Astronomia Básica. Para aprofundamento, visite o site www.evidenciasonline/juarez.org.br.

A maior revelação de Deus à humanidade se dá na pessoa de Jesus. Ele mesmo disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai”. 

A meu ver, esta revelação se faz principalmente pelo caráter e obras de Jesus, ou seja, pelo Seu Amor.

Com base nas revelações que temos, ninguém precisa ficar ignorante sobre Deus e Seu Plano da Redenção do homem, pois elas pertencem a nós e a nossos filhos, visando à nossa aceitação de Jesus como nosso Salvador, uma entrega pessoal e consequentemente a obtenção da vida eterna (Atos 26: 15-18).
  

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O TRIPÉ DA OBRA REDENTORA

 Escrito em 02/10/2013

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades.” (Mateus 9:35)

Embora quem processe a conversão na mente e no coração seja o Espírito Santo, as pessoas são instrumentos nas mãos de Deus, operando conjuntamente neste processo.

O dia 02 de outubro é aniversário do meu novo nascimento, data que guardo com carinho, consideração e gratidão a Deus por ter-me concedido a oportunidade de conhecer a Verdade e por ter colocado no meu caminho algumas pessoas especiais que colaboraram no processo da minha conversão.

Um pouco depois do meu batismo, fui passar uns dias das minhas férias em Belém-PA, na casa de uma amiga, Heloísa Helena Guedes, que era obreira bíblica do Hospital Adventista de Belém. Neste período, houve um seminário para os funcionários do hospital no Mosqueiro, um lugar maravilhoso, uma ilha no rio Amazonas, parecia mar, com direito a pequenas ondas.


Fonte: http://img.colorirgratis.com


Durante o seminário, um dos oradores disse: alguém já observou a árvore que existe bem aqui em frente da pousada? Ela encerra uma mensagem importante para nós; ela brota do chão com um tronco grosso e resistente e depois se abre em três fortes braços, de onde surgem os ramos, as folhas e os frutos.

Ela nos lembra o tripé da obra redentora empreendida por Jesus, em cujo exemplo se inspira a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Que atividades praticava Jesus?

O verso em pauta as salienta: ensinava, pregava e curava.

O tronco grosso e resistente simboliza Jesus, que dá a sustentação para os três braços fortes que se abrem. Assim a IASD se organiza em três ramos:

·         O ensino, com o propósito de desenvolver uma educação integral, desde a pré-escola, o ensino fundamental, o segundo grau, a faculdade e a pós graduação, visando ao homem todo, inclusive a parte espiritual, preparando-o não apenas para este mundo, mas para a vida eterna no reino de Deus. Grande parte do tempo de Jesus, em Seu ministério terrestre, Ele passava ensinando.

·         A pregação do Evangelho do reino, com o objetivo de levar as Boas Novas da Salvação em Cristo Jesus, o Filho de Deus, que veio ao mundo para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Jesus estava sempre pregando, fosse para uma única pessoa, um grupo maior ou ainda uma multidão; na sala  de uma residência, na sinagoga, na montanha ou à beira mar.

·         A saúde, com o objetivo de restaurar o bem estar das pessoas, divulgando a mensagem sobre reforma de saúde, com atendimento em hospitais, clínicas assistenciais fixas ou móveis, dentro de um conceito e práticas diferenciados, com base em tratamentos os mais naturais possíveis. Grande parte do tempo de Jesus foi empregado na cura dos enfermos; Ele, o Médico dos médicos se interessava pelos sofredores da alma e do corpo, podia ser uma dor de cabeça, uma paralisia crônica, um cegueira de nascença. Até ressurreições realizou. 

A idéia predominante é de que o homem é um conjunto indivisível e, portanto, deve ser contemplado como um todo: corpo, mente e espírito e a melhor maneira de fazê-lo é investindo nos três campos que envolve a vida humana.

Nós podemos e devemos seguir o exemplo de Jesus, seja como beneficiários deste tripé, seja como promotores de um ou mais desses campos de atuação, a favor da salvação do homem.