"E iam seus filhos à
casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar
as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, decorrido o
turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava
de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque
dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração.
Assim fazia Jó continuamente". (Jó 1: 4 e 5).
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Considerando o pós Carnaval, acredito ser adequado este texto do livro
de Jó.
Se voltarmos ao início do capítulo, veremos que Jó era homem íntegro,
reto, temente a Deus e se desviava do mal. Ele tinha muitos filhos, que se
reuniam para festas.
Acho interessante a atitude de Jó, buscando a santificação de seus
filhos, após as suas festividades, tendo em vista que poderiam ter ofendido a
Deus de alguma forma, durante as mesmas.
Embora a condenação e pena não passem da pessoa do culpado (e isto é
válido tanto na Bíblia quanto na lei brasileira), a intercessão é um princípio
bíblico, que pode alterar radicalmente uma situação.
Vale esclarecer que o princípio geral da primeira parte da assertiva
anterior se refere às relações humanas, pois na verdade, Jesus pode nos
libertar da condenação e pena da morte eterna, desde que O aceitemos como nosso
Salvador pessoal. Um pai ou uma mãe não podem dar a sua vida pela salvação
eterna de seu filho, mas pode conduzí-lo aos braços de Jesus; em certas
circunstâncias, só lhes restam o recurso da oração intercessória, que, conforme
Tiago, "pode muito em seus efeitos". Pais cristãos jamais desistem de
seus filhos, por mais distantes que estejam dos pés da cruz de Cristo.
Carnaval significa literalmente "festa da carne". Embora este
seja o objetivo de muitos, há muita gente sincera e honesta, que faz do
Carnaval momentos de descontração e alegria, sem nenhuma intenção pecaminosa,
diria até de alguns bem intencionados. Alguns sambas-enredos por exemplo, possuem
letras edificantes, poéticas, educativas etc. Para uma boa parte da população,
o Carnaval se traduz numa manifestação artística e cultural.
Mas então, porque os cristãos devem evitar tais festividades?
Porque nelas ocorre a mistura do bem com o mal, do sacro com o profano, da
Verdade com o engano...
Grande parte dos participantes aproveita os bailes ou desfiles de Carnaval
para dar vazão aos instintos inferiores da natureza humana pecaminosa, natureza
esta presente em todos nós. Cabe a cada um aprender a dominá-la, naturalmente com
o poder do Espírito Santo, que deve ser buscado por meio da Palavra de Deus e da
oração; isto faz parte do processo de santificação.
Os meus parentes e amigos mais antigos sabem que já "brinquei"
muitos carnavais na minha infância e juventude; a família inteira participava
das matinês e/ou dos bailes noturnos. Entretanto, após a experiência da conversão,
de ter sido alcançada pelo Evangelho de Jesus Cristo, nosso Redentor, passei a
ver o Carnaval como uma festa que tende a nos afastar da comunhão com Deus.
Vemos a cada dia o crescimento da malignidade do homem, da predominância
da violência, da dificuldade de entendimento entre as pessoas, as nações se
degladiando. Vi ontem num jornal da TV a estatística do crescimento de
homicídios neste Carnaval (só no Ceará foram 21). Aqui no ES também houve vários,
em especial, crimes passionais, seguidos de suicídio, alguns na Terceira Ponte,
bem perto de mim.
Estamos cada dia mais próximos do final dos tempos, quando o "amor
se esfriaria de quase todos", segundo a Bíblia. Isto já é uma dura realidade.
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