Escrito em 04/10/2012
“Perguntou-lhes, então, Jesus:
Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os
ventos e o mar; e fez-se grande bonança. E maravilharam-se os homens, dizendo:
Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem.” (Mateus 8:26 e 27)
Quem não conhece o ditado
“Depois da tempestade, vem a bonança”? Não
posso afirmar com certeza, mas acho que a origem dele deve ser deste episódio
narrado por Mateus, Marcos e Lucas.
Jesus e os discípulos estavam
indo de barco de uma margem para a outra do Mar da Galiléia, após um dia de
intensa atividade, em que Jesus atendera a uma multidão em suas necessidades
dos mais diversos tipos. Então, aproveitando os momentos de calma, Jesus
adormeceu.
Fonte: http://2.bp.blogspot.com |
Durante a travessia, porém, sobreveio uma forte tempestade, com ventos velozes que açoitavam o barco, chegando este quase a afundar nas ondas revoltas e os discípulos entraram em pânico. A solução era acordar Jesus; com certeza, Ele faria alguma coisa, como de fato fez: levantou-Se, repreendeu os ventos e o mar; veio a bonança.
Esquisito que, embora os
discípulos recorressem a Jesus na hora do aperto e do medo, depois, ficaram
admirados de a natureza obedecer a Ele e
perguntaram-se: “Quem é este...?”
Duas coisas importantes se
destacam deste fato:
·
A fé vacilante dos discípulos:
Não era falta de fé. Um pouco
de fé eles tinham, porque acordaram Jesus para solucionar o problema. O próprio
Jesus chamou-os de “tímidos e homens de pequena fé”. Pequena é maior que
nenhuma.
A bem da verdade, talvez se
nos comparássemos a eles, a fé deles ainda poderia ser considerada maior que a
nossa. Digo isto, porque é comum nos encontrarmos numa situação problemática
séria e ficarmos lutando exclusivamente com as nossas débeis forças humanas,
deixando de recorrer a Jesus.
Mas se Jesus questionou-lhes a
fé, então é porque achava que eles poderiam resolver o problema por si mesmos?
Aí, o meu raciocínio anterior cairia por terra.
Lembremo-nos, entretanto, de que
numa outra oportunidade, Jesus havia dito aos discípulos que se tivessem fé do
tamanho de um grão de mostarda, que é uma semente minúscula, poderiam mover
montanhas.
Daí, precisamos recordar de
outros textos em que Jesus orienta-nos a invocar o Seu nome diante do Pai
Celestial, ao trazer a Este as nossas necessidades, os nossos pedidos, sejam
por nós ou por terceiros. É por isto que ao final das orações, comumente
acrescentamos a expressão “em nome de Jesus”. Na Igreja Primitiva, pelos
relatos do livro “Atos dos Apóstolos”, observa-se que quando os discípulos
operavam um milagre, eles diziam “em nome de Jesus”.
O importante é crer de fato no
Seu poder e invocá-lo numa real necessidade, isto sim é um ato de fé.
·
O poder de Jesus:
Os discípulos de Jesus ficaram
admirados se perguntando: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Hoje sabemos responder com
tranquilidade e segurança: Este é o Criador! Assim sendo, Ele tem o domínio de
toda a natureza. Para Ele, amainar a natureza bravia não é, em si mesmo, um ato
extraordinário, porque pela Sua natureza divina, Ele detém todo o poder sobre a
Criação.
Então os discípulos não sabiam
disto? Digamos que eles estavam ainda aprendendo. A maioria deles era gente
humilde, de pouca instrução, baixa escolaridade; eles foram muito abençoados
por terem sido escolhidos por Jesus e terem aprendido diretamente com o Mestre
dos mestres, num treinamento intensivo de cerca de 3 anos. Muitas coisas que
Jesus lhes falou enquanto estava com eles, os mesmos só foram entender após a
morte dEle e após receberem o Espírito Santo, que abriu-lhes a mente, clareou-lhes
o entendimento, capacitando-os a operar pela fé em Jesus e pelo poder dEle.
Certamente que Jesus teve
grande satisfação pelo crescimento espiritual dos discípulos. Que nós também
possamos ser objeto de satisfação dEle, por nosso desenvolvimento espiritual,
por uma busca contínua de fé e poder nEle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário