quinta-feira, 25 de julho de 2013

QUEM SOMOS?

Escrito em 06/10/2012

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2:9)

O versículo escolhido para hoje foi dito pelo apóstolo Pedro num contexto em que ele incentivava os cristãos ao desenvolvimento espiritual, ao crescimento na fé, em contraposição àqueles que rejeitaram a Jesus.

À primeira vista, tem-se a impressão de uma atitude discriminatória por parte dele, como se ele estivesse se referindo especificamente ao povo judeu, até porque as qualificações ditas por ele reproduzem o que o Senhor dissera com relação ao povo de Israel, que acabara de tirar da escravidão do Egito, para conduzir a uma vida digna na Terra Prometida (Êxodo 19:5 e 6; Deuteronômio 7:6, 14:2). Quando porém se avança na leitura, percebe-se que Pedro aplica tais qualificações aos cristãos de um modo geral, não importando sua nacionalidade.

Esclarecido este ponto, prossigamos no entendimento do verso.

É simplesmente animadora a mensagem contida neste versículo, porque as palavras inspiradas pelo Espírito Santo encerram um verdadeiro estímulo aos cristãos de todos os tempos.

Raça eleita:

A que raça Pedro se refere?

A uma nova geração que surge no mundo, após a vinda do Senhor e Sua morte sacrifical, um povo misto, não limitado a uma descendência genética, geográfica ou racial. Agora a raça eleita é composta por todos aqueles que, pela fé, aceitaram a Jesus como o seu Salvador pessoal.

A Palavra de Deus diz que Ele veio para os Seus e os Seus não O receberam. O povo de Israel anteriormente escolhido, eleito, com a nobre missão de levar ao mundo a mensagem evangélica, não reconheceu a Jesus como o Messias prometido. Daí, o Senhor expandiu a missão, ampliando-a e abrangendo a todos que abraçassem a causa de Jesus, tal como prometera a Abraão: “em ti serão benditas todas as nações da terra”.

Sacerdócio real:

A Bíblia enfatiza dois santuários: um celestial, chamado de “o verdadeiro”, e um terrestre, denominado como “figura e sombra” do verdadeiro e neste inspirado, o qual foi mostrado como modelo por Deus a Moisés no Monte Sinai.

Foi instituído um serviço sacerdotal, sob orientação divina, designando a tribo de Levi, para realização dos serviços sagrados, que prefiguravam o sacrifício que seria feito por Jesus no futuro, para salvar o homem de seus pecados, bem como Sua atividade como sumo sacerdote no santuário celestial.

Pertencer ao sacerdócio era considerado um privilégio e uma honra, mas também uma grande responsabilidade. Por isso, Pedro utiliza este termo, acrescentando o adjetivo “real”, ou seja, proveniente da realeza de Deus. Zacarias 6:12 e 13 profetiza sobre o Renovo (que seria Cristo) realizando em perfeita união os dois ofícios, de Sacerdote e Rei.

Agora, à raça eleita dos crentes em Jesus, é também atribuído o sacerdócio, de modo que temos a honra e o dever de levar o Evangelho aos que ainda não o conhecem.

Nação santa:

Embora o termo “nação” se aplique política e juridicamente a um povo determinado e caracterize sua soberania em relação aos demais, Pedro o emprega de forma figurada à nova geração de crentes. Acrescenta ainda o adjetivo “santa”, que significa “separada para o serviço sagrado”.

O interessante desta aplicação de Pedro é que o conjunto dos crentes em Jesus forma uma nação unida em Cristo e por Cristo e desconhece fronteiras geopolíticas.

Povo de propriedade exclusiva de Deus:

Não completamente satisfeito com as qualificações aplicadas à nova geração, Pedro procura encerrá-las numa síntese apoteótica, evidenciando que esta raça eleita, este sacerdócio real, esta nação santa constitui, em verdade, um grupo separado e escolhido pelo Senhor, como um bem precioso e único, daí o termo “povo de propriedade exclusiva de Deus”. 

Com que propósito?

Fonte: http://4.bp.blogspot.com
A segunda parte do verso de hoje informa o objetivo pelo qual Deus escolhe a nova geração dos cristãos: “ a fim de proclamar ...”.

Como dito por Paulo ao rei Agripa, Jesus o enviara aos gentios, com o propósito de “lhes abrir os olhos e os converter das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebessem eles remissão de pecados e herança entre os santificados pela fé em Jesus” (Atos 26:18).

Jesus também nos envia hoje. Sim, a nós, os que abraçamos o concerto com Ee e nos propomos a seguí-Lo e serví-Lo; a nós, que já fomos resgatados das trevas do pecado e passamos a habitar na Luz da Verdade; a nós, compete testemunhar com todas as forças do nosso ser e fortalecidos pelo Espírito Santo, sobre Este Deus maravilhoso, que Se deu por nós na cruz do Calvário.

Compete a nós proclamar o Evangelho Eterno por toda a Terra.


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