Escrito em 03/10/2012
Fonte: http://1.bp.blogspot.com |
“Ora, vendo isto, os fariseus
perguntaram aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e
pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os
doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não
holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].”
(Mateus 9:11-13)
Existe um provérbio popular
que diz: “Quem julga pela aparência
comete grave imprudência”, pois “as aparências enganam”. Foi exatamente
isto que aconteceu neste episódio.
Os fariseus sempre espreitavam
Jesus, com o objetivo de apanhá-Lo cometendo algum deslize em relação à Lei.
Eles não criam em Jesus como o Autor da Lei, Lei esta que, para eles, se tornara
um fim em si mesma, ignorando que ela havia sido instituída com o propósito de conduzir
o pecador a Cristo e orientá-lo no processo de santificação.
Eles faziam os sacrifícios, os
holocaustos dos animais que apontavam para a vinda e sacrifício expiatório do
Salvador, mas fixaram a sua mente no ritual, deixando de reconhecer, no tempo
oportuno, que Aquele que eles esperavam já tinha vindo e estava ali com eles.
Jesus aplica uma passagem
enviada por Deus, através do profeta Oséias (6:6), ao povo de Israel, advertindo-o
contra o ritual destituído do espírito de misericórdia e amor, com atos
exteriores de adoração, mas praticando idolatria e prostituição.
Jesus veio para realizar o
Plano da Redenção a favor do homem e,
no episódio em pauta, Ele deixa isto claro, utilizando a metáfora da saúde:
Jesus é o médico que veio para salvar os pecadores, que, no caso, são os
doentes espirituais.
Importa ainda esclarecer a
respeito do que Jesus disse “não vim chamar justos”. Alguns estranham esta
assertiva, que entendo de uma maneira muito simples: por que Ele chamaria
aqueles que já estão com Ele? Não há necessidade. Há pessoas que entendem esses
“justos” como aqueles que confiam em sua justiça própria ao invés de na justiça
de Deus, revelada na pessoa de Jesus para justificação do homem.
E como devemos nós, que já
aceitamos a Cristo e fizemos o propósito de viver de acordo com a Sua vontade, nos
comportar com relação aos que não O conhecem ou que julgam conhecê-Lo, porém
com doutrinas teológicas e práticas diferentes?
Acredito que devemos nos
associar a eles, com o propósito de levar-lhes a Verdade, tal como a conhecemos
e interpretamos pelas Escrituras Sagradas. Entretanto, muitos não estão dispostos
a examinar as Escrituras e se detém naquilo que a sua denominação religiosa defende,
sem pesquisar por si mesmos, como faziam os bereanos; então, por esses, depois
de termos feito a nossa parte, resta-nos orar para que o Espírito de Deus complete
a obra.
Há porém entre nós muitos
fariseus: ficam apenas nos rituais, mas o seu coração está distante do Senhor. Outros
há que se associam aos “pecadores” para comer e ficam só aí e não aproveitam a
oportunidade para comunicar-lhes a “Palavra de Deus”, por preceito e exemplo.
Afinal, todos somos pecadores
e carecemos da glória de Deus. Que Ele nos estenda a Sua misericórdia e nos
cubra com Seu manto de justiça.
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