Escrito em 13/11/2012
“O
SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a
transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniquidade dos
pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração. Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a
grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a este povo desde a terra
do Egito até aqui. E disse o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei.” (Números 14:18-20)
Este diálogo acontece num
contexto de rebelião do povo hebreu que Deus tirara do Egito, onde vinha sendo
escravizado, e conduzia para a terra Prometida.
Fonte: http://tempodecolheitaevitoria.com.br |
O povo já estava próximo a Canaã e então foi formada uma comitiva para espiar a terra. Ao final de quarenta dias, a comitiva voltou, mas a maioria ficou com medo, porque a terra era habitada por gigantes, diante dos quais, se sentiram como gafanhotos, apesar de que a terra era altamente produtiva.
Somente Josué e Calebe foram
favoráveis à ideia de se tomar posse da terra, como era plano de Deus. Todos os
demais murmuraram contra Moisés, planejaram constituir nova liderança,
apedrejar a atual e voltar para o Egito.
Diante disto, a glória de Deus
aparece na tenda da congregação e Ele diz a Moisés para destruir este povo de
dura cerviz, porque vinha protegendo-o, livrando-o de males e perigos,
alimentando-o e operando muitos milagres em seu favor e, em troca, só rebelião.
Mas Moisés, que era um homem
manso, amoroso e inteligente, intercedeu pelo povo perante Deus, apresentando
considerações convincentes, com base no caráter de Deus, caráter este fundamentado
na longanimidade, misericórdia e perdão.
Além disto, argumentou Moisés que os outros
povos da terra, principalmente do Egito, julgariam Deus como incompetente, Que,
por não conseguir fazer o povo avançar, optara por destruí-lo no deserto.
Assim, Deus acata as
considerações de Moisés e perdoa o povo, mas o faria vaguear pelo deserto por
40 anos, de modo que os mais velhos, que fomentaram a rebelião, morreriam no
deserto, não entrariam na Terra Prometida. Afinal de contas, Deus é Amor, mas é
também Justiça, como disse Moisés, não inocenta o culpado, a menos que haja um
arrependimento sincero e mudança de atitude.
Muitos de nós hoje somos como
o povo hebreu: ingratos, reclamadores, murmuradores, fomentadores de rebeliões;
não fazemos a nossa parte e só queremos que Deus nos atenda a tempo e à hora;
sempre dispostos a criticar, só enxergando o lado negativo das coisas, do tipo
pessimistas, quando não arrogantes.
Precisamos parar e pensar um
pouco:
- Não seria por motivos semelhantes que, às vezes, nos encontramos em situação desvantajosa, tanto nos aspectos materiais quanto espirituais?
- Quantas vezes reconhecemos a mão misericordiosa de Deus operando em nossa vida e na de nossos familiares?
- Quantas vezes demonstramos espírito de gratidão por tantas bênçãos que recebemos ao longo de nossa jornada aqui na Terra e no nosso cotidiano?
- Quantas vezes levamos ao Senhor as nossas lutas e nEle depositamos a nossa confiança, fé e esperança?
Caberia aqui uma série de perguntas
sobre nossas relações pessoais com Deus, que cada um pode fazer por si mesmo.
Que nós possamos refletir
sobre a experiência negativa do povo hebreu e sobre a misericórdia e amor
divinos, para crescermos em nossa comunhão com Deus.
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