Escrito em 21/09/2012
“Pareceu-me bem fazer
conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu
reino é reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração.” (Daniel 4:2)
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As palavras acima foram ditas
por Nabucodonosor, rei de Babilônia, após vivenciar dramática experiência de
viver 7 anos como um animal no campo, literalmente “pastando”, experiência esta
permitida por Deus, até que o primeiro reconhecesse a limitação da sua
majestade e a soberania divina sobre todos os reinos terrestres, pois sua glória
lhe subira à cabeça e ele se tornara soberbo (sugiro a leitura de todo o cap.
4).
Muitos de nós, pobres seres
humanos, “subimos num tijolinho e fazemos discurso”. Temos tendência à
exaltação própria e nos esquecemos de que tudo o que somos e temos vem das mãos
de Deus. É comum acharmos que “somos os tais”, que fazemos isto e aquilo,
porque somos os bons; e, na maior parte das vezes, deixamos de render graças ao
Senhor, de honrar o Seu santo nome e de exaltar o Seu poder e soberania sobre
tudo e sobre todos.
Em contrapartida, observo que algumas
pessoas de alto nível intelectual, de destacada capacidade profissional, nunca
acham que sabem o suficiente e estão sempre buscando crescer no conhecimento e
são humildes.
Há muitos anos li um livreto
de Rui Barbosa, intitulado “Oração aos Moços”, muito inspirador. Era um
discurso que ele escrevera, em linguagem culta, para uma turma de bacharéis em
Direito, que o convidara para paraninfo.
Entre várias coisas
importantes que ele fala, uma delas é ressaltar que quanto mais ele sabia, mais
achava que não sabia e precisava de aprender mais. Fala também sobre a sabedoria
como algo dinâmico, não um mero amontoado de conhecimentos, mas a revelação
destes conhecimentos em aplicações práticas.
Como o alimento precisa ser
digerido e ser feita a seleção daquilo que será aproveitado pelo organismo,
assim o conhecimento, precisa ser deglutido, digerido, selecionado, processado
e reprocessado, para compor a nossa bagagem cultural e, oportunamente, ser
aplicado de alguma forma no cotidiano de nossa vida. O mesmo ocorre com nossa
bagagem espiritual.
Jesus é o exemplo maior. Apesar
de Sua divindade, jamais deixava de buscar o Pai em humilde oração,
submeter-Lhe Seus pedidos e Sua vontade, estudar a Escritura Sagrada e
aplicá-la no dia a dia, em especial, nos momentos de tentação. Que possamos
mirar em Seu exemplo para reconhecermos a nossa pequenez e exaltarmos a
majestade e soberania de Deus.
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