terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O ALIMENTO ESPIRITUAL


 “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.” (Hebreus 5:14)

A carta aos Hebreus encerra grande profundidade teológica no que concerne ao desempenho da missão de Jesus no Plano da Redenção, envolvendo a Antiga e a Nova Aliança, o serviço do Santuário Terrestre em comparação com o Celeste, o papel do sacerdócio em ambos e a nomeação de Jesus por Deus como sumo sacerdote, após Sua ascensão, o crescimento na fé e os deveres cristãos.

Considerando todo este conteúdo, o versículo escolhido para hoje se acha no contexto de uma advertência aos Hebreus, feita pelo autor da carta (provavelmente Paulo), porque eles haviam relaxado no crescimento espiritual e avanço doutrinário, necessitando de novo ensino dos “princípios elementares dos oráculos de Deus”, quando já poderiam ser “mestres” no assunto.

Ele faz uma analogia entre o leite e o alimento sólido, que devem ser dados para as crianças e para os adultos, respectivamente, aplicando-a ao desenvolvimento espiritual dos Hebreus, que estavam se comportando como crianças.

Fonte: http://www.pinhaoonline.com.br

Em qualquer área de conhecimento, quando deixamos de praticar, de exercitar, parece que as nossas faculdades mentais se atrofiam e esquecemos até as coisas básicas. Por exemplo, para quem trabalha com uma língua estrangeira, quando passa muito tempo sem praticar, esquece grande parte do vocabulário; na área jurídica, esquece os termos e se desatualiza com a evolução das leis; na Matemática, além de esquecer o conteúdo em si, perde capacidade e rapidez de raciocínio.

Bem, no desenvolvimento espiritual não é diferente. Normalmente, quando uma pessoa é evangelizada, os obreiros e irmãos lhe ensinam as doutrinas bíblicas fundamentais, ou seja, ela recebe o leitinho como criança, mas depois de batizada e passando a participar como membro da Igreja, às vezes, a pessoa e a Igreja se acomodam. O ideal seria que a Igreja e a própria pessoa promovessem o avanço doutrinário e a prática na fé, como dito no verso de hoje, passando a se nutrir com o alimento sólido, que lhe permitisse discernir entre o bem e o mal. 

A mulher cristã corre um grande perigo de estagnação espiritual, porque quase sempre a sua rotina doméstica é tão pesada, que parece não ter fim; aliás, não tem; se ela não “forçar a barra”, com posturas do tipo “agora é para mim”, para poder descansar, estudar um tema, pesquisar um assunto, assumir uma responsabilidade que requeira e/ou promova o próprio crescimento, porque “ninguém pode dar o que não tem”, ela se torna uma “criança espiritual” e isto não é bom para ela, nem para a sua família, nem para a Igreja. E hoje em dia, é comum as mulheres enfrentarem jornada dupla, trabalhando fora e em casa.

Um jeito bom e barato de se livrar um pouco da carga do serviço doméstico, é dividi-la com os demais membros da família; até as crianças podem contribuir com pequenas tarefas, que as façam se sentir úteis e importantes; os esposos também aprendem a gostar de preparar uma refeição e assim por diante.

Bem, o fato é que todo filho de Deus, independente de sexo, nível cultural e idade, pode e deve crescer no conhecimento e na graça de Jesus.  


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário