quinta-feira, 9 de maio de 2013

E VÓS: QUEM DIZEIS QUE EU SOU? - III

OCORRÊNCIAS NO PERÍODO DAS SETENTA SEMANAS


“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”  (Mateus 16:15 e 16)

Como dito ao final da postagem anterior, o objetivo do estudo da profecia das Setenta Semanas é dar sustentação racional à fé cristã.

Foi também mencionada a profecia das 2.300 Tardes e Manhãs, que será abordada oportunamente.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com

Agora, procuraremos compreender a conexão do período profético de Setenta Semanas (Daniel 9:24-27) com a pessoa de Jesus.

Informa o início do vers. 24:
 “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade”.

Importa esclarecer ainda que este período corresponde a 490 dias, e de acordo com o princípio dia/ano de Números 14:34 e Ezequiel 4:6-7, aplicável em interpretação profética, corresponde a 490 anos (luni-solares). Cabe destacar que estes vers. de Ezequiel referem-se à Jerusalém num contexto profético.

Podemos agora avançar no entendimento da profecia das Setenta Semanas e sua conexão com a pessoa de Jesus.

Algumas perguntas, que tentaremos responder ao longo de alguns dias, podem nortear nosso entendimento:

1.   O que ocorreria nesse período das Setenta Semanas, ou seja, nesses 490 anos?

2.   Quando teve início tal período? E o término?

3.   Como Jesus se situa nesse período? Como se demonstra que o protagonista dos eventos abordados no texto é Jesus?

4.   Qual a relação entre esse período da profecia das Setenta Semanas e a execução do Plano da Redenção?

Vamos às respostas:

1.   O que ocorreria nesse período das Setenta Semanas, ou seja, nesses 490 anos?

Relendo o texto de Daniel 9:24-27, observa-se que, em síntese, ele trata do estabelecimento de um concerto, de uma aliança entre Deus e o homem, visando à salvação deste. Com este concerto, Deus concede ao homem uma nova oportunidade de reconciliação com Ele. Todos os atos expressos pelos verbos do texto envolvem a idéia de redenção.

O texto inicia posicionando o período das Setenta Semanas num tempo e lugar determinados: ”Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade”. Neste período seriam concentrados os atos decisivos do referido concerto, selado inicialmente com o povo judeu e a cidade de Jerusalém.

Observa-se que os judeus haviam transgredido a aliança com Deus, praticando a idolatria, a despeito das sucessivas advertências enviadas por Deus através dos profetas; sobreveio, então, o cativeiro babilônico, ficando desolada a sua cidade – Jerusalém, conforme se vê em Jeremias 11:1-14 e 22:8 e 9.

Prosseguindo no texto de Daniel, lemos na segunda parte do vers.24:

“para cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos”.

Todos estes atos mencionados no versículo acima são típicos de redenção e só foram possíveis mediante o concerto firmado por Cristo, efetivado por Seu sacrifício expiatório na cruz do Calvário, quando Ele depôs a Sua vida em favor de muitos, para remissão dos pecados (ver Mateus 26:28). Em Atos 10:34-43, o apóstolo Pedro prega para Cornélio, seus parentes e amigos e, inspirado por Deus, faz uma brilhante e eloquente síntese do Plano da Redenção, concretizado pela vida e morte de Jesus, o que confere com os atos redentivos do texto de Daniel acima.

Daniel teve então o privilégio de transmitir ao seu povo a grande mensagem de esperança da redenção, situando-a no tempo e no espaço. Ele foi grandemente confortado por ela.

Fonte: http://007blog.net/fotos/2013/02/Jesus-na-cruz.jpg

Para nós que vivemos após o cumprimento da profecia, ela revela o Deus onipotente, onipresente e onisciente, sempre se comunicando conosco, nos direcionando para o supremo objetivo – nossa salvação.




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