OCORRÊNCIAS NO PERÍODO DAS SETENTA SEMANAS
“Mas vós, continuou
ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:15 e 16)
Como dito ao final da
postagem anterior, o objetivo do estudo da profecia das Setenta Semanas é dar
sustentação racional à fé cristã.
Foi também mencionada
a profecia das 2.300 Tardes e Manhãs, que será abordada oportunamente.
Fonte: http://1.bp.blogspot.com |
Agora, procuraremos
compreender a conexão do período profético de Setenta Semanas (Daniel
9:24-27) com a pessoa de Jesus.
Informa o início do
vers. 24:
“Setenta semanas estão
determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade”.
Importa esclarecer
ainda que este período corresponde a 490 dias, e de acordo com o princípio dia/ano
de Números
14:34 e Ezequiel 4:6-7,
aplicável em interpretação profética, corresponde a 490 anos (luni-solares).
Cabe destacar que estes vers. de Ezequiel referem-se à Jerusalém num contexto
profético.
Podemos agora avançar
no entendimento da profecia das Setenta Semanas e sua conexão com a pessoa de
Jesus.
Algumas perguntas, que
tentaremos responder ao longo de alguns dias, podem nortear nosso entendimento:
1. O que ocorreria nesse
período das Setenta Semanas, ou seja, nesses 490 anos?
2. Quando teve início tal
período? E o término?
3. Como Jesus se situa
nesse período? Como se demonstra que o protagonista dos eventos abordados no
texto é Jesus?
4. Qual a relação entre
esse período da profecia das Setenta Semanas e a execução do Plano da Redenção?
Vamos às respostas:
1. O que ocorreria nesse
período das Setenta Semanas, ou seja, nesses 490 anos?
Relendo o texto de Daniel
9:24-27, observa-se que, em síntese,
ele trata do estabelecimento de um concerto, de uma aliança entre Deus e o
homem, visando à salvação deste. Com este concerto, Deus concede ao homem uma
nova oportunidade de reconciliação com Ele. Todos os atos expressos pelos
verbos do texto envolvem a idéia de redenção.
O texto inicia
posicionando o período das Setenta Semanas num tempo e lugar determinados: ”Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa
cidade”. Neste período seriam
concentrados os atos decisivos do referido concerto, selado inicialmente com o
povo judeu e a cidade de Jerusalém.
Observa-se que os
judeus haviam transgredido a aliança com Deus, praticando a idolatria, a
despeito das sucessivas advertências enviadas por Deus através dos profetas;
sobreveio, então, o cativeiro babilônico, ficando desolada a sua cidade – Jerusalém,
conforme se vê em Jeremias
11:1-14 e 22:8 e 9.
Prosseguindo no texto
de Daniel, lemos na segunda parte do vers.24:
“para cessar a transgressão, para
dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna,
para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos”.
Todos estes atos
mencionados no versículo acima são típicos de redenção e só foram possíveis
mediante o concerto firmado por Cristo, efetivado por Seu sacrifício expiatório
na cruz do Calvário, quando Ele depôs a Sua vida em favor de muitos, para
remissão dos pecados (ver Mateus
26:28). Em Atos 10:34-43,
o apóstolo Pedro prega para Cornélio, seus parentes e amigos e, inspirado por
Deus, faz uma brilhante e eloquente síntese do Plano da Redenção,
concretizado pela vida e morte de Jesus, o que confere com os atos redentivos
do texto de Daniel acima.
Daniel teve então o
privilégio de transmitir ao seu povo a grande mensagem de esperança da
redenção, situando-a no tempo e no espaço. Ele foi grandemente confortado por
ela.
Para nós que vivemos após o cumprimento da profecia, ela revela o Deus onipotente, onipresente e onisciente, sempre se comunicando conosco, nos direcionando para o supremo objetivo – nossa salvação.
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