sexta-feira, 10 de maio de 2013

E VÓS: QUEM DIZEIS QUE EU SOU? - IV

INÍCIO E FIM DO PERÍODO DAS SETENTA SEMANAS

“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”  (Mateus 16:15 e 16)

Importante lembrar que o objetivo do nosso estudo é dar sustentação racional à fé cristã. Deus nunca deixou Seus filhos no escuro; Ele sempre Se preocupou em transmitir-lhes a luz do entendimento, para que o amor a Ele aconteça de forma inteligente.

Prosseguindo no estudo, hoje veremos quando iniciou e terminou o período profético das Setenta Semanas, respondendo então à segunda pergunta:

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/

2.   Quando teve início o período das Setenta Semanas? E o término?

No encontro entre o anjo Gabriel e Daniel, o anjo introduz o aspecto cronológico da profecia, informando a Daniel quando aconteceriam os atos redentivos que mencionamos na postagem anterior. Assim, a partir do vers.25 do cap. 9, ele diz:

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém...”

Esta informação é fornecida por Esdras, sacerdote e escriba que ainda estava em Babilônia, em torno de 457 a.C., já na época do reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia.

Necessário identificar quando saiu a ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Este é um ponto não explícito na Bíblia, porém há outras informações correlatas que permitem localizar a saída dessa ordem como ocorrendo em 457 a.C..

A referida ordem (ou decreto) está descrita em Esdras 7:13, naturalmente emitida antes da viagem de Esdras de Babilônia para Jerusalém, lembrando ainda que o rei lhe permitira visitar todo o reino, a fim de obter donativos como ouro e prata, para empregar na reconstrução da cidade de Jerusalém.

Conforme Esdras 7:7-9, ele sai de Babilônia no 7º ano do rei Artaxerxes, no 1º mês, no 1º dia e chega em Jerusalém neste mesmo ano, no 5º mês, no 1º dia. Logicamente este decreto só poderia ter sido emitido num período anterior, ou seja, o sexto ano de reinado de Artaxerxes seria o ano mais tarde possível para sua emissão.

Como não existe informação objetiva nem na Bíblia nem na História sobre a data do decreto, faz-se necessário respeitar a associação bíblica das profecias das 2.300 Tardes e Manhãs e das Setenta Semanas, cap. 8 e 9 de Daniel, respectivamente, para, de forma indireta, chegar àquela data.

O período das Setenta Semanas foi cortado do período maior das 2.300 Tardes e Manhãs. Como a profecia das 2300 Tardes e Manhãs trata da Purificação do Santuário, é mister considerar o sistema bíblico para tal purificação (ou expiação), que ocorria apenas uma vez ao ano, no 7º mês, no 10º dia, conforme Levítico 23:27 e 28.

Resta lembrar ainda que o concerto envolve o Santuário, a intercessão, o ministrante, enfim, todo o Sistema Sacrifical que era realizado no ministério do Santuário Terrestre, o qual apontava para o sacrifício que seria feito no futuro pelo Messias.

Além disto, o Santuário Terrestre era uma cópia reduzida do Santuário Celeste, onde Cristo passou a ministrar como Sumo sacerdote, após Sua ascensão. Para se entender melhor esta parte, convém examinar os livros de Êxodo, Levítico e Hebreus, no que concerne ao assunto do Santuário.

Além de considerar o critério tipológico da purificação (ou expiação) do Santuário como base para entendimento da profecia, a Bíblia agrega o critério astronômico, que devia ser observado pelos sacerdotes, para realização de várias atividades do ministério, como por exemplo, o amadurecimento da cevada para oferta na Festa das Primícias, que determinava o 1º mês do ano.

A partir desta data, calculavam-se os restantes dos meses e do ano e se encaixavam as atividades religiosas, como o Dia da Expiação (Purificação do Santuário), a Páscoa, o Pentecostes e outras.

Assim, como dito em Gênesis 1:14, Salmos 81:3 e 104:19, Jeremias 31:31-37, o sol e a lua demarcariam os dias, as estações e os anos. Aplicando programas informatizados específicos de Astronomia, podemos chegar e checar, com absoluta precisão, os eventos das duas profecias em questão. Desta forma, a data de início delas cai em 28/29 de outubro de 457 a.C., referência Jerusalém.

Apresentamos a seguir o esquema profético das 2.300 Tardes e Manhãs, com o cálculo básico que considera o ano luni-solar.

        *<----------------------------2.300 anos---------------------------->*


Gn 1:14; 8:22
Nm 14:34
Jó 38:31-33
Sl 104:19; 136:7-9
Jr 31:31-37;  33:20-21, 25-26
Ez 4:6-7
Dn 8:26-27;  9:2-4, 21-27
10 de Tishri
10/07
(Lv 16
Lv 23: 26-32)
“Até 2.300 tardes e manhãs e o santuário será purificado.”
10 de Tishri
10/07
(Lv 16
Lv 23: 26-32)
2.300 x 365,2422 = 840.057,06 dias
840.057,06  / 29,53059 = 28.447,0124 lunações
0,0124 x 29,53059 = 0,3662 dias
0,3662 x 24 = 8,7888 horas
28.447 lunações = 121 ciclos [121 x 235 lun. = 28.435 lun.] + 12 lun.
Utilizando o sistema solar e o mês lunar, fica demonstrado que, se começarmos do Dia da Expiação (10 de Tishri) e avançarmos 2.300 tardes/manhãs (ou 2.300 dias proféticos ou 2.300 anos solares ou 840.057,06 dias ou 28.447,0124 lunações), chegaremos exatamente ao Dia da Expiação (10 de Tishri, 7º mês do Calendário Judaico).

O término da profecia das Setenta Semanas, por sua vez, cai no 7º mês do ano 34 d.C. do Calendário Judaico. Nesta ocasião ocorre o apedrejamento de Estevão, discípulo de Jesus, fato que sela a rejeição dos judeus a Jesus como o Messias Prometido nas Escrituras Sagradas.

Havendo interesse em se aprofundar na definição das datas dos eventos proféticos, sugere-se o site www.novoconcerto.com.br, que contém a pesquisa elaborada por Juarez Rodrigues de Oliveira sobre o assunto. 

Que o Amor de Jesus nos estimule a buscar maior conhecimento do Seu Plano de Redenção, elaborado e executado conforme o cronograma divino, visando à nossa salvação.

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