INÍCIO
E FIM DO PERÍODO DAS SETENTA SEMANAS
“Mas vós, continuou ele, quem
dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo.” (Mateus 16:15 e 16)
Prosseguindo no estudo, hoje veremos quando iniciou e
terminou o período profético das Setenta Semanas, respondendo então à segunda
pergunta:
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/ |
2. Quando teve início o período das Setenta Semanas? E o
término?
No encontro entre o anjo
Gabriel e Daniel, o anjo introduz o aspecto cronológico da profecia, informando
a Daniel quando aconteceriam os atos redentivos que mencionamos na postagem
anterior. Assim, a partir do vers.25 do
cap. 9, ele diz:
“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém...”
Esta informação é fornecida
por Esdras, sacerdote e escriba que ainda estava em Babilônia, em torno de 457
a.C., já na época do reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia.
Necessário identificar quando saiu
a ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Este é um ponto não explícito na
Bíblia, porém há outras informações correlatas que permitem localizar a saída dessa
ordem como ocorrendo em 457 a.C..
A referida ordem (ou decreto)
está descrita em Esdras 7:13, naturalmente emitida antes da viagem
de Esdras de Babilônia para Jerusalém, lembrando ainda que o rei lhe permitira
visitar todo o reino, a fim de obter donativos como ouro e prata, para empregar
na reconstrução da cidade de Jerusalém.
Conforme Esdras 7:7-9, ele sai de Babilônia no 7º ano do rei Artaxerxes, no
1º mês, no 1º dia e chega em Jerusalém neste mesmo ano, no 5º mês, no 1º dia.
Logicamente este decreto só poderia ter sido emitido num período anterior, ou
seja, o sexto ano de reinado de Artaxerxes seria o ano mais tarde possível para
sua emissão.
Como não existe informação
objetiva nem na Bíblia nem na História sobre a data do decreto, faz-se
necessário respeitar a associação bíblica das profecias das 2.300 Tardes e Manhãs
e das Setenta Semanas, cap. 8 e 9 de Daniel, respectivamente, para, de forma
indireta, chegar àquela data.
O período das Setenta Semanas
foi cortado do período maior das 2.300 Tardes e Manhãs. Como a profecia das
2300 Tardes e Manhãs trata da Purificação
do Santuário, é mister considerar o sistema bíblico para tal purificação (ou
expiação), que ocorria apenas uma vez ao ano, no 7º mês, no 10º dia, conforme Levítico 23:27 e 28.
Resta lembrar ainda que o
concerto envolve o Santuário, a intercessão, o ministrante, enfim, todo o
Sistema Sacrifical que era realizado no ministério do Santuário Terrestre, o
qual apontava para o sacrifício que seria feito no futuro pelo Messias.
Além disto, o Santuário
Terrestre era uma cópia reduzida do Santuário Celeste, onde Cristo passou a
ministrar como Sumo sacerdote, após Sua ascensão. Para se entender melhor esta
parte, convém examinar os livros de Êxodo, Levítico e Hebreus, no que concerne
ao assunto do Santuário.
Além de considerar o critério tipológico da purificação (ou
expiação) do Santuário como base para entendimento da profecia, a Bíblia
agrega o critério astronômico, que
devia ser observado pelos sacerdotes, para realização de várias atividades do
ministério, como por exemplo, o amadurecimento da cevada para oferta na Festa
das Primícias, que determinava o 1º mês do ano.
A partir desta data,
calculavam-se os restantes dos meses e do ano e se encaixavam as atividades
religiosas, como o Dia da Expiação (Purificação do Santuário), a Páscoa, o
Pentecostes e outras.
Assim, como dito em Gênesis 1:14, Salmos 81:3 e 104:19,
Jeremias 31:31-37, o sol e a lua demarcariam os dias, as estações e os
anos. Aplicando programas informatizados específicos de Astronomia, podemos
chegar e checar, com absoluta precisão, os eventos das duas profecias em
questão. Desta forma, a data de início delas cai em 28/29 de outubro de 457
a.C., referência Jerusalém.
Apresentamos a seguir o
esquema profético das 2.300 Tardes e Manhãs,
com o cálculo básico que considera o ano luni-solar.
*<----------------------------2.300
anos---------------------------->*
|
Gn 1:14; 8:22
Nm 14:34
Jó 38:31-33
Sl 104:19; 136:7-9
Jr 31:31-37; 33:20-21, 25-26
Ez 4:6-7
Dn 8:26-27; 9:2-4, 21-27
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10 de Tishri
10/07
(Lv
16
Lv 23: 26-32)
|
“Até 2.300 tardes e manhãs
e o santuário será purificado.”
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10 de Tishri
10/07
(Lv
16
Lv 23: 26-32)
|
|
2.300 x 365,2422 = 840.057,06 dias
840.057,06 / 29,53059 = 28.447,0124
lunações
0,0124 x 29,53059 = 0,3662 dias
0,3662 x 24 = 8,7888 horas
28.447 lunações = 121 ciclos [121 x 235 lun. = 28.435 lun.] + 12 lun.
|
|||
Utilizando o sistema solar e o mês lunar, fica
demonstrado que, se começarmos do Dia da Expiação (10 de Tishri) e avançarmos
2.300 tardes/manhãs (ou 2.300 dias proféticos ou 2.300 anos solares ou
840.057,06 dias ou 28.447,0124 lunações), chegaremos exatamente ao Dia da
Expiação (10 de Tishri, 7º mês do Calendário Judaico).
O término da profecia das Setenta Semanas, por sua vez, cai no 7º mês do
ano 34 d.C. do Calendário Judaico. Nesta ocasião ocorre o apedrejamento de
Estevão, discípulo de Jesus, fato que sela a rejeição dos judeus a Jesus como o
Messias Prometido nas Escrituras Sagradas.
Havendo interesse em se aprofundar na definição das datas dos
eventos proféticos, sugere-se o site www.novoconcerto.com.br, que contém a pesquisa elaborada por Juarez
Rodrigues de Oliveira sobre o assunto.
Que o Amor de Jesus nos estimule a buscar maior conhecimento
do Seu Plano de Redenção, elaborado e executado conforme o cronograma divino,
visando à nossa salvação.
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