CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo
Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:15 e 16)
Na postagem anterior, começamos a conversar sobre a pessoa de Jesus,
quem era Ele, quem diziam ser Ele. Ele próprio Se preocupou com isto, porque
muitos O consideravam um impostor.
Iniciaremos nosso estudo pelo
livro do profeta Daniel, cap.9:24–27,
que contém informações relevantes sobre o Ungido de Deus que viria ao mundo,
para salvar o homem de seus pecados, localizando a execução da redenção num
tempo e espaço programados:
“24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e
sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, para dar fim aos pecados,
para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a
profecia e para ungir o Santo dos Santos.
25 – Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e
para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Princípe, sete semanas e sessenta e
duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos
angustiosos.
26 – Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido
e já não estará; e o povo de um princípe que há de vir destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações
estão determinadas.
27 – Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na
metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa
das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada,
se derrame sobre ele.”
Numa primeira leitura, não se
percebe a conexão deste texto profético com a pessoa de Jesus. Mas, para melhor
entendimento, faz-se necessário esclarecer antes o contexto histórico:
Eram os idos de 539/8 a.C.; Daniel
estava entre os cativos que Nabucodonosor levara para Babilônia, desde 605 a.C,
quando sitiou Jerusalém.
A situação de Jerusalém e do
cativeiro do povo judeu incomodava muito a Daniel, que, estudando as
Escrituras, descobrira pelas profecias de Jeremias
25:11-14, que o cativeiro seria de
setenta anos. O Império Babilônico, que, em 609 a.C, destruíra o Império
Assírio, caíra nas mãos do Império Medo-Persa.
Em Jeremias 29:10, vê-se a promessa de libertação e de retorno dos
cativos para Jerusalém, que ocorreria após a queda do Império Babilônico.
Fonte: http://www.bibleuniversity.com |
Assim, o período do cativeiro
judeu estava chegando ao fim, mas os judeus continuavam em Babilônia. Daniel
então jejuou e orou a Deus, com profunda humildade de coração, por si e pelo
seu povo. Deus enviou o anjo Gabriel para fazê-lo entender uma visão anterior,
registrada em Daniel 8:14, 26-27, na
qual aparece um período de 2.300 Tardes
e Manhãs, que, para Daniel, não era compreensível, face à iminente saída
dos judeus de Babilônia.
O anjo Gabriel transmite então a Daniel o texto do cap.9:24-27, acima transcrito, cujo
objetivo era esclarecer o período das 2.300 Tardes e Manhãs, do qual o período
das Setenta Semanas fazia parte e se destinava a eventos ligados ao povo judeu
e à Jerusalém.
Importante destacar que o estudo dessa profecia objetiva nos
conduzir ao conhecimento de quem era Jesus, se Ele era realmente o Messias
prometido e, consequentemente, dar sustentação racional à fé cristã.
Na próxima postagem, vamos adentrar de fato na profecia das
Setenta Semanas e procurar mostrar a conexão entre ela e a pessoa de Jesus.
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