segunda-feira, 6 de maio de 2013

E VÓS: QUEM DIZEIS QUE EU SOU? - II

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”  (Mateus 16:15 e 16)

Na postagem anterior, começamos a conversar sobre a pessoa de Jesus, quem era Ele, quem diziam ser Ele. Ele próprio Se preocupou com isto, porque muitos O consideravam um impostor.

Iniciaremos nosso estudo pelo livro do profeta Daniel, cap.9:24–27, que contém informações relevantes sobre o Ungido de Deus que viria ao mundo, para salvar o homem de seus pecados, localizando a execução da redenção num tempo e espaço programados:

“24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.

25 – Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Princípe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

26 – Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um princípe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações estão determinadas.

27 – Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.”

Numa primeira leitura, não se percebe a conexão deste texto profético com a pessoa de Jesus. Mas, para melhor entendimento, faz-se necessário esclarecer antes o contexto histórico:

Eram os idos de 539/8 a.C.; Daniel estava entre os cativos que Nabucodonosor levara para Babilônia, desde 605 a.C, quando sitiou Jerusalém.
A situação de Jerusalém e do cativeiro do povo judeu incomodava muito a Daniel, que, estudando as Escrituras, descobrira pelas profecias de Jeremias 25:11-14, que o cativeiro seria de setenta anos. O Império Babilônico, que, em 609 a.C, destruíra o Império Assírio, caíra nas mãos do Império Medo-Persa.

Em Jeremias 29:10, vê-se a promessa de libertação e de retorno dos cativos para Jerusalém, que ocorreria após a queda do Império Babilônico.

Fonte: http://www.bibleuniversity.com

Assim, o período do cativeiro judeu estava chegando ao fim, mas os judeus continuavam em Babilônia. Daniel então jejuou e orou a Deus, com profunda humildade de coração, por si e pelo seu povo. Deus enviou o anjo Gabriel para fazê-lo entender uma visão anterior, registrada em Daniel 8:14, 26-27, na qual aparece um período de 2.300 Tardes e Manhãs, que, para Daniel, não era compreensível, face à iminente saída dos judeus de Babilônia.

O anjo Gabriel transmite então a Daniel o texto do cap.9:24-27, acima transcrito, cujo objetivo era esclarecer o período das 2.300 Tardes e Manhãs, do qual o período das Setenta Semanas fazia parte e se destinava a eventos ligados ao povo judeu e à Jerusalém.

Importante destacar que o estudo dessa profecia objetiva nos conduzir ao conhecimento de quem era Jesus, se Ele era realmente o Messias prometido e, consequentemente, dar sustentação racional à fé cristã.

Na próxima postagem, vamos adentrar de fato na profecia das Setenta Semanas e procurar mostrar a conexão entre ela e a pessoa de Jesus. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário