terça-feira, 13 de agosto de 2013

EM TUDO DAI GRAÇAS

Escrito em 25/10/2012

“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. (1 Tessalonicenses 5:18)

fonte: http://4.bp.blogspot.com

A data de 25/10/2013 foi marcada com sangue para uma vizinha da chácara no Vale Verde (Ipaba-MG); perdeu dois entes da família no mesmo dia: marido e filho.

Cerca de um mês antes, o filho mais velho, 45 anos de idade, teve um acidente na empresa em que trabalhava, resultando em queimaduras com ácido por todo o corpo; ficou internado numa UTI, num hospital especializado em Belo Horizonte-MG, sempre em coma induzido; chegou até a fazer reposição de pele, com pele importada.

O marido, que estava em Rondônia-RO, veio para visitar o filho em BH e depois veio para o Vale Verde. Na manhã do dia 25/10/2013, com dificuldades respiratórias, estava em casa fazendo nebulização, quando alguém da família o encontra caído e já morto no chão, com o aparelho funcionando ao lado. Estava com 74 anos, embora sua aparência fosse de uns quinze anos mais novo. Isto aconteceu às 5 h e, logo depois, chegou a notícia que o filho falecera às 4 h. Este nem pôde ser velado, veio congelado num caixão direto de BH para o cemitério de Ipatinga-MG, cidade vizinha do Vale Verde, onde os dois foram enterrados.

Como adequar a compreensão do versículo de hoje a uma situação como esta? Como dar graças numa hora dessas?

Sinto que é muito difícil dar graças numa situação como esta; impossível até, de acordo com o entendimento usual que temos por “dar graças”, que envolve o espírito de gratidão.

Há alguns dias li uma meditação em que o autor esclarecia que o cristão numa situação dessas, realmente não tem como dar graças pelo ocorrido; seria uma falsidade, uma dupla mutilação do coração, já partido pela dor da perda. Ele diz que a pessoa deve “dar graças não pelo ocorrido, mas apesar do ocorrido”.

Isto significa, a meu ver, uma aceitação, uma conformação com a vontade de Deus, que não pode ser responsabilizado pela perda, embora a tenha permitido.

Vários são os fatores determinantes da perda de uma vida; uns devido a históricos de vida saudáveis ou não, influências hereditárias, ambientais, hábitos errôneos praticados durante anos a fio (por falta de conhecimento, de condições ou por opção), acidentes motivados por situações variáveis, entre outros.

Entendo então que devemos aceitar os desígnios de Deus, porque eles são verdadeiros; claro que a tristeza pela perda faz parte dos sentimentos humanos; se assim não fosse, seríamos robôs e não pessoas.

Deus nos criou com sentimentos; Jesus demonstrou tristeza e até chorou por amigos como Lázaro e suas irmãs; chorou por seus compatriotas, quando viu profeticamente a destruição que recairia sobre Jerusalém, como de fato aconteceu no ano 70 d.C. pelos Romanos.

Outro sentimento que deve nos mover nessas horas de profunda tristeza é a esperança da vida eterna, quando Deus nos “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).

“Tudo posso naquele que me fortalece”. Que possamos “em tudo dar graças”, apesar das coisas ruins que nos acontecem nesta vida. Uma vida melhor nos espera.






Nenhum comentário:

Postar um comentário