Escrito em 25/10/2012
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco. (1 Tessalonicenses 5:18)
fonte: http://4.bp.blogspot.com |
A data de 25/10/2013 foi marcada com sangue para uma vizinha da chácara no Vale Verde (Ipaba-MG); perdeu dois entes da família no mesmo dia: marido e filho.
Cerca de um mês antes, o filho
mais velho, 45 anos de idade, teve um acidente na empresa em que trabalhava,
resultando em queimaduras com ácido por todo o corpo; ficou internado numa UTI,
num hospital especializado em Belo Horizonte-MG, sempre em coma induzido;
chegou até a fazer reposição de pele, com pele importada.
O marido, que estava em
Rondônia-RO, veio para visitar o filho em BH e depois veio para o Vale Verde. Na
manhã do dia 25/10/2013, com dificuldades respiratórias, estava em casa fazendo
nebulização, quando alguém da família o encontra caído e já morto no chão, com o
aparelho funcionando ao lado. Estava com 74 anos, embora sua aparência fosse de
uns quinze anos mais novo. Isto aconteceu às 5 h e, logo depois, chegou a
notícia que o filho falecera às 4 h. Este nem pôde ser velado, veio congelado
num caixão direto de BH para o cemitério de Ipatinga-MG, cidade vizinha do Vale
Verde, onde os dois foram enterrados.
Como adequar a compreensão do
versículo de hoje a uma situação como esta? Como dar graças numa hora dessas?
Sinto que é muito difícil dar
graças numa situação como esta; impossível até, de acordo com o entendimento usual
que temos por “dar graças”, que envolve o espírito de gratidão.
Há alguns dias li uma
meditação em que o autor esclarecia que o cristão numa situação dessas,
realmente não tem como dar graças pelo ocorrido; seria uma falsidade, uma dupla
mutilação do coração, já partido pela dor da perda. Ele diz que a pessoa deve “dar graças não pelo ocorrido, mas apesar
do ocorrido”.
Isto significa, a meu ver, uma
aceitação, uma conformação com a vontade de Deus, que não pode ser
responsabilizado pela perda, embora a tenha permitido.
Vários são os fatores
determinantes da perda de uma vida; uns devido a históricos de vida saudáveis
ou não, influências hereditárias, ambientais, hábitos errôneos praticados
durante anos a fio (por falta de conhecimento, de condições ou por opção), acidentes
motivados por situações variáveis, entre outros.
Entendo então que devemos
aceitar os desígnios de Deus, porque eles são verdadeiros; claro que a tristeza
pela perda faz parte dos sentimentos humanos; se assim não fosse, seríamos
robôs e não pessoas.
Deus nos criou com
sentimentos; Jesus demonstrou tristeza e até chorou por amigos como Lázaro e
suas irmãs; chorou por seus compatriotas, quando viu profeticamente a
destruição que recairia sobre Jerusalém, como de fato aconteceu no ano 70 d.C.
pelos Romanos.
Outro sentimento que deve nos
mover nessas horas de profunda tristeza é a esperança da vida eterna, quando
Deus nos “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não
haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”
(Apocalipse 21:4).
“Tudo posso naquele que me
fortalece”. Que possamos “em tudo dar graças”, apesar das coisas ruins que nos
acontecem nesta vida. Uma vida melhor nos espera.
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