Escrito em 10/10/2012
“Ele, Jesus, nos dias de sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e
lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido
por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas
coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação
eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo
sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Hebreus 5:7-10)
Este texto é extremamente
expressivo no que concerne à missão de Jesus e ocuparemos alguns dias no seu
entendimento.
Inicialmente o contexto é o paralelo entre o sacerdócio celeste
e o terrestre, em que o autor da carta aos Hebreus evidencia a superioridade
do primeiro sobre o segundo, enfatizando porém algo em comum no que respeita ao
sumo sacerdócio: ambos, tanto o de Arão quanto o de Jesus foram segundo o
chamado de Deus.
Abordaremos hoje a parte
negritada do texto. Nele vemos Jesus com um homem de oração.
Fico imaginando: Jesus, um ser
divino, o Deus encarnado, enquanto em figura humana, se coloca em completa
dependência de Deus Pai, em perfeita submissão, elevando a Ele forte
clamor e lágrimas, orações e súplicas.
Fonte: http://3.bp.blogspot.com |
Temos de considerar que Jesus
veio ao mundo e nele estava (nos dias da
sua carne) com a missão de resgatar o homem dos seus pecados e
conquistar-lhe o direito à vida eterna, e, neste propósito, era necessário que
Ele abrisse mão do Seu poder divino, para ser um modelo de obediência a Deus e
à Sua Lei, enquanto homem, para fazer o que o primeiro homem - Adão - não foi
capaz.
Jesus, nos dias mais turvos de
Sua vida terrena, quando sentiu com mais profundidade a aproximação da morte,
quando pesava sobre ele os pecados de toda a humanidade, poderia ter dito ao
Pai o que o jovem de hoje gosta de dizer, quando não se agrada de alguma coisa:
“tô fora!”, voltar para o Seu trono no céu e deixar a raça humana sob o poder
de Satanás.
Satanás, que ambicionava o
domínio deste mundo, fez de tudo para frustrar o Plano da Redenção; submeteu
Jesus a duras provas, mas Ele Se amparava no “Está escrito”. Do início ao fim
de Sua vida aqui na Terra, sofreu perseguição ferrenha, diretamente do
“Príncipe das trevas” ou indiretamente, através de instrumentos humanos em suas
mãos, como Herodes, Anás e Caifás, judeus, escribas e fariseus, Judas e outros.
Nessas condições, toda a vida
de Jesus foi marcada pela busca constante do Pai, visando receber forças do
Alto para suportar as provações, com destaque para os momentos finais, quando
intensificou o clamor e as lágrimas,
orações e súplicas a Quem O podia livrar da morte.
O versículo diz que Jesus foi ouvido por causa da Sua piedade.
Mas como, se Ele foi humilhado, judiado de forma desumana, julgado e condenado
injustamente e finalmente morto na cruz?
Piedade é uma relação de crença, fé, obediência, submissão e honra entre
uma pessoa e seu Deus.
Sim; Ele foi ouvido por Deus,
não de forma a impedir que fosse sacrificado, mas de não permanecer na morte,
porque Ele foi ressuscitado.
Para cumprir o Plano da Redenção a favor do homem,
o Pai, que também sofria horrores vendo o sacrifício do Filho, não pôde
livrá-Lo; por isto, houve trevas na hora da morte de Jesus, como se os céus
inteiros estivessem de luto naquele momento de extrema dor.
Permita que Jesus seja de fato
um modelo de piedade em sua vida,
visando a uma melhor comunhão com Deus.
deus é o maior rei do céu e da terra
ResponderExcluirdeus é o maior rei do céu e da terra
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