terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O AMOR AO MUNDO

Escrito em 11/09/2012

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15)

Como entender “o amor ao mundo e às coisas que nele há” deste versículo? Porque se radicalizarmos, vamos ter que sair do mundo e viver alienados. Por outro lado, se relativizarmos, corremos o risco de nos conformar com o mundo.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com

Por que não se deve amar o mundo, se o mundo é uma criação de Deus?

Temos de buscar a resposta em João mesmo e daí fica fácil entender o que ele quer dizer. Nos versículos seguintes ao de hoje, ele fala objetivamente sobre 3 itens que representam um desvio da normalidade, no que concerne ao nosso relacionamento com as coisas do mundo:

·        a concupiscência da carne – a palavra “concupiscência” significa um anseio, um desejo voraz de coisas proibidas; da “carne” aqui se encontra em sentido figurado, se referindo ao nosso corpo físico. A concupiscência da carne então significa dar vazão a todo e qualquer instinto físico, não se limitando a sexo. Este talvez seja o mais carnal, mas poderia ser o exibicionismo, o apetite desgovernado para algum tipo de alimento, bebida, droga etc. Em suma, significa atender a tudo que o corpo pede.

·        a concupiscência dos olhos – neste caso, seria satisfazer aos olhos, permitindo que a vista se demore em coisas que teriam o poder de nos afastar de Deus e de Seus Mandamentos. Não se refere a um olhar normal, natural, mas a um olhar permissivo, carregado de segundas intenções, de desejo pecaminoso. Exemplo: a descontrolada atração masculina por mulheres ou imagens de mulheres que exploram a sensualidade. Da mesma forma, o prazer excessivo das mulheres por moda, calçados, jóias, maquiagem etc. Meu marido tampa os meus olhos, quando eu passo junto com ele em frente a uma loja de calçados e eu tampo os dele na praia, quando passam mulheres bonitas com trajes muito reduzidos.

·        a soberba da vida – este desvio é altamente subjetivo e complexo, porque, para cada pessoa, pode englobar uma série de coisas, que nos conduzem para além e para fora da nossa realidade. Para um homem, pode ser o “se achar o bom” por causa de um carro que os seus companheiros gostariam, mas não podem ter ou ainda por um cargo importante na empresa. Para uma mulher, pode ser “se achar a dona da cocada preta” por causa de uma casa decorada em estilo moderno. Para o adolescente, pode ser “achar que está por cima” por ter um celular smart fone, ou i-fone, ou i-pad, com acesso à internet.

Enfim, o “amor ao mundo e às coisas que há no mundo” significa “colocarmos o coração nas coisas”, de modo que elas nos absorvam de tal forma que nos desviem do objetivo principal da vida, que deveria ser “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.




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