Escrito em 11/09/2012
“Não ameis o mundo nem as
coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.”
(1 João 2:15)
Como entender “o amor ao mundo e às coisas que nele há”
deste versículo? Porque se radicalizarmos, vamos ter que sair do mundo e viver
alienados. Por outro lado, se relativizarmos, corremos o risco de nos conformar
com o mundo.
Fonte: http://1.bp.blogspot.com |
Por que não se deve amar o
mundo, se o mundo é uma criação de Deus?
Temos de buscar a resposta em João
mesmo e daí fica fácil entender o que ele quer dizer. Nos versículos seguintes
ao de hoje, ele fala objetivamente sobre 3 itens que representam um desvio da
normalidade, no que concerne ao nosso relacionamento com as coisas do mundo:
·
a concupiscência da carne – a palavra “concupiscência”
significa um anseio, um desejo voraz de coisas proibidas; da “carne” aqui se
encontra em sentido figurado, se referindo ao nosso corpo físico. A concupiscência
da carne então significa dar vazão a todo e qualquer instinto físico, não se
limitando a sexo. Este talvez seja o mais carnal, mas poderia ser o exibicionismo,
o apetite desgovernado para algum tipo de alimento, bebida, droga etc. Em suma,
significa atender a tudo que o corpo pede.
·
a concupiscência dos olhos – neste caso, seria
satisfazer aos olhos, permitindo que a vista se demore em coisas que teriam o
poder de nos afastar de Deus e de Seus Mandamentos. Não se refere a um olhar
normal, natural, mas a um olhar permissivo, carregado de segundas intenções, de
desejo pecaminoso. Exemplo: a descontrolada atração masculina por mulheres ou
imagens de mulheres que exploram a sensualidade. Da mesma forma, o prazer
excessivo das mulheres por moda, calçados, jóias, maquiagem etc. Meu marido
tampa os meus olhos, quando eu passo junto com ele em frente a uma loja de
calçados e eu tampo os dele na praia, quando passam mulheres bonitas com trajes
muito reduzidos.
·
a soberba da vida – este desvio é altamente
subjetivo e complexo, porque, para cada pessoa, pode englobar uma série de
coisas, que nos conduzem para além e para fora da nossa realidade. Para um
homem, pode ser o “se achar o bom” por causa de um carro que os seus
companheiros gostariam, mas não podem ter ou ainda por um cargo importante na
empresa. Para uma mulher, pode ser “se achar a dona da cocada preta” por causa
de uma casa decorada em estilo moderno. Para o adolescente, pode ser “achar que
está por cima” por ter um celular smart fone, ou i-fone, ou i-pad, com acesso à
internet.
Enfim, o “amor ao mundo e às coisas que há no mundo” significa “colocarmos o
coração nas coisas”, de modo que elas nos absorvam de tal forma que nos desviem
do objetivo principal da vida, que deveria ser “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
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