Escrito em 12/09/2012
“Como suspira a corça pelas
correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” (Salmos
42:1)
Fonte: http://emc.viaeptv.com |
Este salmo retrata o
sentimento de uma pessoa que se acha abatida diante de alguma desagradável circunstância
da vida, por algo que deu errado ou diferente do esperado.
É claro que é mais saudável
manter um coração otimista, mesmo quando tudo ao redor parece conspirar contra nós.
Mas até Jesus, o Deus-Homem, demonstrou abatimento, quando estava no Getsemâni,
sorvendo o cálice da ira de Deus, cumprindo o propósito da Sua vinda ao mundo –
a salvação do homem: “Senhor, se possível, passe de mim este cálice, mas que
seja feita a tua vontade”. Depois na cruz: “Pai, por que me desamparaste?”
Jesus estava consciente de
tudo que passaria, estava preparado e disposto a enfrentar, todavia, se
achava num corpo humano e, como tal, suscetível de dor física e emocional; daí,
as expressões de lamento acima.
O verso de hoje inicia o salmo
42, e, em linguagem poética, nos remete a um ambiente campestre e nos permite
visualizar uma corça sedenta, procurando um regato de águas frescas. Assim
retrata o salmista a alma sedenta do refrigério espiritual que só Deus concede.
Às vezes, a nossa vida
prossegue num rumo tão satisfatório, que temos a tendência de nos esquecer de
Deus, de nossa dependência dEle, de que tudo provém de Suas mãos; aí, Ele
permite um descompasso, um aborrecimento, uma doença, um imprevisto, um dia de
sol escaldante, que nos deixe como a corça, sedentos de água, sedentos da água
da vida, do amor do Pai Celestial.
O ser humano foi criado à
imagem e semelhança de Deus e a sua vida só é plena de realização, se estiver em
perfeita harmonia e comunhão com Ele. Mas é comum nos envolvermos tanto com
atividades seculares de estudo, trabalho, família, nos absorvermos nos nossos
objetivos e metas materiais, que acabamos por nos esquecer de nossa natureza
espiritual, de que somos co-participantes da natureza divina. Às vezes,
precisamos chegar à exaustão, para sentir a carência da presença de Deus no
nosso viver.
Há casos de filhos de Deus que
precisam chegar ao fundo do poço, já quase se afogando, para sentir que precisam
de estender a mão para se segurar na mão de Deus, que é todo misericórdia e
graça, para suprir conforto à alma.
Permita que Deus satisfaça a
sua sede espiritual.
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