quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O ANELO DA ALMA

Escrito em 12/09/2012

“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” (Salmos 42:1) 

Fonte: http://emc.viaeptv.com

Este salmo retrata o sentimento de uma pessoa que se acha abatida diante de alguma desagradável circunstância da vida, por algo que deu errado ou diferente do esperado.

É claro que é mais saudável manter um coração otimista, mesmo quando tudo ao redor parece conspirar contra nós. Mas até Jesus, o Deus-Homem, demonstrou abatimento, quando estava no Getsemâni, sorvendo o cálice da ira de Deus, cumprindo o propósito da Sua vinda ao mundo – a salvação do homem: “Senhor, se possível, passe de mim este cálice, mas que seja feita a tua vontade”. Depois na cruz: “Pai, por que me desamparaste?”

Jesus estava consciente de tudo que passaria, estava preparado e disposto a enfrentar, todavia, se achava num corpo humano e, como tal, suscetível de dor física e emocional; daí, as expressões de lamento acima.

O verso de hoje inicia o salmo 42, e, em linguagem poética, nos remete a um ambiente campestre e nos permite visualizar uma corça sedenta, procurando um regato de águas frescas. Assim retrata o salmista a alma sedenta do refrigério espiritual que só Deus concede.

Às vezes, a nossa vida prossegue num rumo tão satisfatório, que temos a tendência de nos esquecer de Deus, de nossa dependência dEle, de que tudo provém de Suas mãos; aí, Ele permite um descompasso, um aborrecimento, uma doença, um imprevisto, um dia de sol escaldante, que nos deixe como a corça, sedentos de água, sedentos da água da vida, do amor do Pai Celestial.

O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus e a sua vida só é plena de realização, se estiver em perfeita harmonia e comunhão com Ele. Mas é comum nos envolvermos tanto com atividades seculares de estudo, trabalho, família, nos absorvermos nos nossos objetivos e metas materiais, que acabamos por nos esquecer de nossa natureza espiritual, de que somos co-participantes da natureza divina. Às vezes, precisamos chegar à exaustão, para sentir a carência da presença de Deus no nosso viver.

Há casos de filhos de Deus que precisam chegar ao fundo do poço, já quase se afogando, para sentir que precisam de estender a mão para se segurar na mão de Deus, que é todo misericórdia e graça, para suprir conforto à alma.

Permita que Deus satisfaça a sua sede espiritual.

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