Escrito em 06/09/2012
“Fui moço e já, agora, sou
velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o
pão.” (Salmos 37:25)
fonte: http://mdemulher.abril.com.br |
Este salmo foi composto por Davi
já na sua velhice. O contexto
geral é o contraste entre a vida do ímpio e a do justo, evidenciando que a
sorte material do ímpio sempre “parece” mais favorável do que a do justo, mas a
conclusão é que o Senhor atende às necessidades básicas do justo, exerce a
justiça e ao final, o justo receberá o melhor prêmio, enquanto o ímpio será
condenado.
O
versículo em pauta salienta que o Senhor não permite que o justo nem os seus
descendentes fiquem desamparados.
Venho de uma família grande (14 filhos), que
lutou com muita dificuldade para se manter; meus pais tinham um baixo nível de
escolaridade (estudaram somente até a 4ª série), mas eram trabalhadores e
honestos e nos educaram no temor do Senhor.
Lembro-me de muitas vezes minha mãe ter de
utilizar de criatividade para por o alimento na mesa; às vezes, a horta que ela
fazia no quintal não estava ainda em condições de colheita, bem como as árvores
frutíferas estavam fora da época; então, ela fazia um mamão verde refogadinho,
temperava com tomate verde também; cozinhava banana verde e assim por diante.
Quando tinha carne, era um bife pequeno para cada um.
Às vezes, quando ela ficava preocupada com a
falta de alimentos, aparecia a solução aparentemente do nada, mas hoje entendo
que a mão do Senhor provia o necessário. Ou era alguma cliente de costura ou
bordado (minha mãe costurava e bordava para fora) que devia há muito tempo e
aparecia para pagar ou alguém querendo comprar alguma peça em couro do meu pai
(ele era seleiro e artesão).
Mas o Senhor honrou os esforços dos meus pais,
e hoje todos os filhos estão bem encaminhados, os mais velhos não chegaram ao
curso superior, mas sobressaíram com sua inteligência e esforço, ajudaram os
mais novos a estudar, permitindo-nos concluir alguma(s) faculdades. Os
descendentes todos têm tido oportunidade
de avançar nos estudos. Meu pai faleceu com 76 anos, mas minha mãe está com 97
anos, ativa e produtiva, ainda orienta, aconselha, adverte sobre todos os
assuntos, a todos da família: filhos, netos bisnetos e respectivos cônjuges. O
aniversário dela, há muitos anos, é celebrado com muita alegria e fartura. Ela
é muito querida de todos os parentes e da vizinhança.
Então, posso afirmar com orgulho santo que Davi
tinha razão: o Senhor é justo e não deixa desamparados os seus filhos.
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