quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PERDOANDO OS OFENSORES

Escrito em 07/07/2012

“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores.” (Mateus 6:12)

Fonte: 2.bp.blogspot.com 
Ontem vimos sobre a confissão e o perdão, sob a ótica do ofensor. Hoje vamos ver o outro lado da situação, isto é, do lado do ofendido.

O verso de hoje está no contexto da Oração do Senhor, que Jesus ensinou aos Seus discípulos.

É uma oração modelo, por sua simplicidade e objetividade; é curta, mas contém todos os elementos necessários à nossa aproximação do Pai Celestial, de forma respeitosa e amorosa.

O que queremos destacar hoje é a relação de reciprocidade do perdão entre devedores e credores, ou conforme outras traduções, entre ofensores e ofendidos, como condição para recebimento do perdão. Aliás, os versículos 14 e 15 colocam isto de forma transparente: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.

Para ilustrar esta situação, Jesus narrou a “Parábola do Credor Incompassivo”, onde determinado devedor, a despeito de ter sido perdoado por seu senhor (patrão) de uma dívida de dez mil talentos, em seguida, deixa de perdoar a um conservo, que lhe devia apenas cem denários. Então, o senhor do primeiro devedor, sendo informado deste fato, reverte a situação e o obriga a saldar toda sua dívida. (Sugiro a leitura de Mateus 18:23-35)

Desta forma, não tem nenhum efeito pedirmos perdão a Deus de um pecado, uma ofensa cometida, se nós não perdoamos aqueles que nos ofendem. Isto seria uma tremenda hipocrisia: pretender receber perdão de Deus e/ou de nosso semelhante, se nós não perdoamos aos que nos devem ou ofendem.

Então, precisamos constantemente colocar a nossa vida em dia com Deus e com nossos semelhantes; examinar nossos corações sobre os pecados cometidos contra nós ou por nós e como estamos na equação “perdoar e ser perdoado”.

Fonte: 1.bp.blogspot.com
Às vezes temos a tendência do credor incompassivo, queremos receber perdão, mas não queremos conceder perdão. Isto é ainda mais verdade nas relações familiares cotidianas, pois no ambiente familiar é onde nos sentimos mais à vontade, onde acontecem muitas ofensas gratuitas, onde geralmente ocorrem a intolerância, a impaciência, o desleixo e o desrespeito, enquanto justamente no lar deveríamos cuidar mais de manter relações harmoniosas, porque ali é onde o casal desenvolve sua afinidade e onde acontece a formação do caráter dos filhos. Aprendamos com Jesus a perdoar e seremos perdoados.

Então, antes de orar o Pai Nosso, vamos pensar na equação “perdoar e ser perdoado”, corrigir os desvios, para orarmos digna e confiantemente.

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