Escrito em 10/07/2012
“Quanto
a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e
tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo [...] E vós, senhores,
de igual modo, procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o
Senhor tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção
de pessoas.” (Efésios 6:5 e 9)
Refletindo ainda sobre
relacionamento, hoje vamos tomar duas classes sociais, que, historicamente, na
maior parte do mundo, vivem em conflitos de interesses.
Fonte: fsindical-rs.org.br |
Outra vez, a Palavra de Deus é revolucionária, porque externaliza a filosofia de vida de Jesus, evidenciando que também esta é uma relação biunívoca, recíproca diante de Deus; Deus não é parcial; apresenta sempre os dois lados da moeda. Novamente, sob a pena inspirada de Paulo.
O verso 5 enfatiza a
importância da obediência dos servos (hoje, empregados) a seus senhores (hoje,
patrões), orientando aos primeiros no sentido de servir aos últimos, com
respeito, com sinceridade, como se estivessem fazendo para Cristo. Isto envolve
tratamento atencioso, cuidado, cumprimento de horário, zelo pelos bens dos
senhores, discrição pelos assuntos particulares da família ou da empresa, para
dizer os mais evidentes.
Semelhantemente, e logo em
seguida, vem o conselho para os senhores, no mesmo sentido, de tratarem os seus
servos com respeito, com dignidade, com igualdade, porque diante de Deus todos
são iguais. Então, não é porque o servo, quase sempre, é mais pobre, menos
instruído, que pode ser tratado como rispidez, com grosseria e falta de
educação; antigamente, dizia-se “como cachorro”, porque agora os cachorros são
tratados com todo cuidado e carinho. Há pouco tempo, ouvi um apresentador de TV
dizendo: “cachorro hoje é ser humano”.
Ontem, uma vizinha, que é
empregada doméstica numa casa de uma família que também conheço, veio conversar
comigo, porque a patroa lhe dissera um monte de imprecações, porque ela pediu
para sair 15 minutos mais cedo, para aproveitar uma carona, lembrando que o
meio de transporte local é difícil e demorado, sendo que no mesmo dia, ela
entrara mais cedo no trabalho.
Existem patrões que jamais
valorizam o esforço dos empregados; consideram que estes não fazem mais do que
a obrigação; como também existem empregados que jamais valorizam o apoio dos
patrões, sempre achando pouco e ruim tudo o que recebem.
Se o pensamento filosófico
cristão predominasse nas Relações de Trabalho, não aconteceriam tantos
conflitos de classes, sindicatos de classes, ações trabalhistas, toda uma gigantesca
organização judiciária para dirimir conflitos, porque a prática da justiça
seria natural do comportamento humano, de ambos os lados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário