Escrito
em 16/08/2012
“A língua, porém, nenhum dos
homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com
ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens,
feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição.[...] (Tiago
3:8-10)
Fonte: apenas1.files.wordpress.com |
Em sua epístola, Tiago aborda de forma contundente a maioria
dos assuntos. No texto de hoje, ele dedica 12 versículos para falar sobre a
língua, com uma incisiva mensagem de advertência.
No contexto, Tiago compara positivamente
a língua com:
- o freio que se coloca na boca do cavalo, visando conduzí-lo na direção desejada pelo cavaleiro, e que, consequentemente, coordena todo o corpo do animal;
- o leme, uma pequena peça existente nos navios, que mesmo sendo grandes e batidos por rijos ventos, permite ao timoneiro conduzí-los na direção desejada.
Assim é também a nossa língua: se conseguirmos controlar a nossa fala,
seremos capazes de refrear todo o corpo.
A fala é a expressão do pensamento,
aquilo que nasce na mente e é exteriorizado através da linguagem e da língua.
Então, existe um tempo entre a produção da ideia na mente e sua concretização
em palavras audíveis; neste intervalo, temos condições de processar uma rápida
análise, também mental, da conveniência de externar a ideia, e/ou ainda, de
como externá-la: em que palavras, em que tom, em que medida.
Depois, Tiago compara negativamente a
língua com:
- uma fagulha, uma chama de fogo, que, apesar de mínima, pode por em brasas uma grande selva.
Segundo ele, a língua, este pequeno órgão do nosso corpo, é fogo; é mundo de iniquidade; é capaz de contaminar todo o corpo, de destruir toda a
carreira da existência humana, até de levá-la ao inferno.
Diz ainda que as
feras são domáveis, mas a língua é indomável, carregada de veneno mortífero, ou
seja, pode causar a morte e, considerando o que ele disse antes, presumo que
inclui aqui a morte eterna.
Bem, considerando os lados positivo e negativo da língua,
cabe salientar ainda a dicotomia decorrente, qual seja, bênção e maldição. Com
a língua, bendizemos a Deus e amaldiçoamos os homens.
Daí, eu penso o seguinte: é por isto que às vezes somos
julgados no nosso testemunho, que soa incoerente. Quantas vezes, já ouvi
expressões do tipo:
- “De que adianta cantar bonito para Deus na Igreja, 'louvando a Deus' e depois fofocar sobre a vida dos outros?
- De que adianta fazer uma linda pregação na Igreja e cá fora, falar palavrões, falar mal dos outros?”
Olha, poderia listar várias frases do gênero! Mas... é perigoso falar. É melhor
falar menos e com conteúdo edificante.
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